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Destaque

Recuperação judicial da OEC vai muito além das fronteiras da empresa

7/02/2025
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Hoje é o Dia D não apenas para a Odebrecht Engenharia e Construção (OEC), mas para a própria indústria da construção pesada no Brasil. Os credores da companhia vão se reunir em São Paulo para deliberar sobre o novo plano de recuperação judicial, protocolado em 21 de janeiro. A reestruturação da dívida da OEC, de US$ 4,6 bilhões, desponta como um movimento simbólico e pragmático.

O simbolismo vem do fato de que a Odebrecht, na condição de maior empresa de engenharia do país, foi a mais prejudicada pelo lavajatismo que dizimou aproximadamente um milhão de empregos no setor somente no período entre 2014 e 2017. O pragmatismo, por sua vez, diz respeito à reinserção do Brasil na geopolítica da construção pesada. Seja pelo seu capital humano, seja pelo conhecimento acumulado, a OEC continua sendo a companhia do setor mais apta a liderar a retomada das exportações de serviços de engenharia.

Antes que a China ocupe todos os espaços. Em 2015, a participação brasileira no mercado global era de 3,2%. Hoje, é de apenas 0,5%. Os chineses já detêm mais de 30%. O tamanho desse jogo? No ano passado, o setor somou US$ 1,6 trilhão em todo o mundo.

A projeção é que chegue a US$ 2 trilhões até 2029. Ressalte-se que, no ano passado, a OEC apresentou um primeiro plano de recuperação judicial, que foi aprovado pelos credores. No entanto, a Justiça determinou a elaboração de uma segunda versão.

Entre mais de três mil credores, basicamente há apenas duas vozes dissonantes: os fundos Fidera, da Inglaterra, e Pala, da Suíça. Ambos beiram a litigância de má fé. Em novembro de 2024, o primeiro plano de recuperação foi aprovado por 91,6% dos credores listados na mesma classe dos fundos.

No entanto, Fidera e Pala votaram contra e têm jogado permanentemente para brecar a recuperação judicial da OEC, como se quisessem arrancar alguma vantagem maior em relação aos demais credores. Em documento encaminhado à própria Justiça, os dois fundos chegaram a dizer que ganhariam mais com a falência da companhia.

A importância do processo da OEC se estende ao próprio ambiente para futuras recuperações judiciais no Brasil. A aprovação do plano da companhia é relevante para endossar o modelo de RJs lastreadas por “DIP Financing”, leia-se o “debtor-in-possession”, que permite a empresas em dificuldades obter capital novo (o chamado “fresh money”) para continuar operando enquanto reorganizam suas finanças.

Trata-se de um instrumento popular nos Estados Unidos, que começou a ganhar musculatura no Brasil com a entrada em vigor da Lei 14.112/20. Em situações similares, já funcionou como fator de estabilização de grandes empresas, caso da Gol.

A Odebrecht Engenharia e Construção e todo o setor estão longe de seus melhores dias. Ainda assim, mesmo antes da aprovação do plano de recuperação judicial, a OEC tem números que apontam para uma recuperação consistente dos seus negócios. A empresa reúne cerca de 30 contratos em carteira, um backlog superior a US$ 3,5 bilhões. E monitora 112 projetos que somam US$ 23,6 bilhões.

#OEC

Destaque

Governo vai “convocar” grandes empreiteiras para a reconstrução do Rio Grande do Sul

24/05/2024
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A tragédia do Rio Grande do Sul deverá trazer novamente para uma posição de relativo protagonismo as maiores empresas de construção pesada do país, que foram praticamente alijadas das obras públicas pela Lava Jato. O governo Lula já dá como certa a contratação das grandes empreiteiras para o enorme esforço de recuperação do Rio Grande do Sul, notadamente as big five do setor – OEC (ex-Odebrecht), Álya (ex-Queiroz Galvão), Metha (ex-OAS), Camargo Corrêa (Mover Participações) e Andrade Gutierrez. O entendimento é que, nos casos mais graves, não haverá tempo sequer para a realização de concorrência.
O governo terá de recorrer a prerrogativas previstas na Lei nº 8.666/1993, que permite a dispensa de licitação em casos de emergência ou de calamidade pública. Há um estado a ser refundado, com um volume de obras colossal, ainda sequer quantificado. No Palácio do Planalto, não existe qualquer óbice à convocação das grandes empreiteiras para a reconstrução das cidades gaúchas, o que poderá marcar o retorno dessas empresas, em larga escala, a obras públicas. Até porque no entorno do presidente é notória a rejeição aos métodos da Lava Jato.
O próprio Judiciário, mais precisamente o STF, tem legitimado a volta ao game das maiores construtoras nacionais. Em fevereiro, o ministro André Mendonça autorizou todas as empresas que fecharam acordo de leniência no âmbito da Lava Jato a renegociar os termos. No mesmo mês, o ministro Dias Toffoli suspendeu o pagamento das multas da Odebrecht. Esse processo de revisionismo da Lava Jato contempla também pessoas físicas, vide a decisão do próprio Dias Toffoli de anular todos os atos da 13ª Vara Federal de Curitiba contra Marcelo Odebrecht, anunciada na última terça-feira.
Nos últimos dez meses, OEC e Andrade Gutierrez foram reabilitadas a prestar serviços para a Petrobras, após uma foram década no índex da estatal. Em 2021, a Álya, ainda com o nome de Queiroz Galvão, venceu a licitação do governo federal para realizar obras de transposição do São Francisco, um contrato de R$ 938 milhões. Foi o primeiro contrato público da empresa em sete anos. É uma retomada ainda lenta, vis-à-vis os efeitos negativos da Lava Jato sobre a indústria da construção pesada. A Operação custou aproximadamente 4,5 milhões de empregos. Os contratos escassearam; o crédito público secou; a exportação de serviços foi praticamente exterminada.
O impacto negativo sobre o PIB é estimado em 3,5%. Em 2013, ano que antecedeu o início da Lava Jato, a receita total do segmento foi de R$ 138 bilhões. Uma década depois, esse número era de R$ 56 bilhões. Ainda em 2013, o quinteto Odebrecht/Andrade Gutierrez/Camargo Corrêa/Queiroz Galvão e OAS faturou R$ 29,8 bilhões. No ano passado, a receita somada não chegou a R$ 10 bilhões.

#Álya #Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #Metha #OEC #Rio Grande do Sul


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OEC vira a página da velha Odebrecht no Peru

19/04/2022
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A OEC, braço de construção pesada da Novonor (ex-Odebrecht), está perto de encerrar um contencioso com o governo do Peru, que remonta ao período mais turbulento da história recente do grupo. Segundo o RR apurou, há um acordo encaminhado entre a empreiteira brasileira e autoridades peruanas para a retomada do projeto de irrigação Chavimochic III, um dos grandes investimentos em infraestrutura do país, no valor total de US$ 700 milhões. O armistício passa pela retirada do processo de arbitragem movido pela OEC contra o governo peruano na Comissão das Nações Unidas para o Direito do Comércio Internacional (Uncitral).

Desde 2017, a construtora cobra do Ministério da Agricultura local cerca de US$ 100 milhões por  supostos custos adicionais não previstos no projeto original. Consultada pelo RR, a construtora brasileira confirmou que a “concessionária da qual a OEC é acionista comunicou que estaria disposta a aceitar a exigência do Governo e desistir da arbitragem, num cenário de acordo com o estado peruano”. Disse ainda que “a possibilidade em análise é a reativação do contrato existente e, através dele, concluir a obra.”

O projeto está a cargo de um consórcio capitaneado pela OEC, que tem ao seu lado a construtora peruana Graña y Montero, por sua vez, comprada pela gestora IG4 Capital no ano passado. As obras  foram interrompidas em 2016. Desde então, Chavimochic só irrigou o noticiário político e policial no Peru, com denúncias e suspeições. Se, de um lado, o consórcio alega ter direito a receber pagamentos adicionais, do outro as autoridades peruanas acusaram a OEC de ter inflado os custos da obra artificialmente. Há suspeitas ainda de que a antiga Odebrecht teria pagado propina a políticos da província de La Libertad para ganhar o contrato. Foi apenas um dos escândalos em que a empreiteira esteve citada no país andino. Não custa lembrar que o então presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, renunciou ao cargo em 2018 acusado de receber recursos ilegais da construtora brasileira. São páginas que a “nova Odebrecht” têm se empenhado para deixar no passado.

#Novonor #Odebrecht #OEC #Peru

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