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Empresa

Álya e NG GDK também buscam o waiver da Petrobras

27/03/2024
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Mais duas empresas linchadas pela Lava Jato estão na “fila do perdão” da Petrobras. Álya (como foi rebatizada a antiga Queiroz Galvão Construtora) e NG GDK (Nova Geração GDK) buscam retomar a prestação de serviços para a estatal, juntando-se a outros grandes grupos da construção pesada que voltaram a firmar contratos com a companhia – como Novonor (ex-Odebrecht) e Andrade Gutierrez, conforme informou o Estado de S. Paulo. No caso da Álya, o Grupo Queiroz Galvão, seu controlador, já percorreu algumas casas desse longo tabuleiro. Em 2016, a subsidiária Queiroz Galvão Óleo e Gás, que atua no fornecimento de sondas e embarcações, foi retirada da lista da empresas impedidas de fazer negócio com a Petrobras. Em 2021, o grupo deu um passo ainda mais efetivo: à época, ainda chamada de Queiroz Galvão, a construtora voltou a vencer uma licitação do governo federal após um hiato de sete anos, assumindo as obras de 115 quilômetros de transposição do São Francisco, um contrato de R$ 938 milhões. A NG GDK, por sua vez, ainda se encontra em um processo de rearrumação da própria casa. O RR apurou que a empresa pretende sair da recuperação judicial até outubro. Ressalte-se que, mesmo após o tufão da Lava Jato, a empreiteira manteve todo o seu maquinário, sem vender nenhum equipamento – alguns estão alugados a terceiros.

Quase uma década depois, o setor de construção pesada ainda tenta deixar para trás os escombros da Lava Jato. A Operação dizimou a mais preparada indústria nacional, seja pelo seu capital humano de excelência, seja pelo maquinário de ponta e pela notória competitividade no exterior. Até hoje não há explicação para o fato de a Lava Jato ter punido não apenas os acionistas controladores por práticas de corrupção, mas também os profissionais e o setor como um todo. O caminho de volta é longo e íngreme. Além do retorno ao círculo de fornecedores da Petrobras, a ressurreição da indústria da construção pesada passa também pela retomada do crédito público à exportação dos serviços de engenharia, outro anátema deixado pela “República de Curitiba”. Da Lava Jato para cá, as empreiteiras mudaram suas práticas e, sobretudo, suas marcas. Praticamente todas as grandes construtoras passaram por um rebranding como forma de purgar os pecados do passado. Uma rara exceção foi a Andrade Gutierrez, cujo dono, Sergio Andrade, acompanha a ressurreição da empresa da sua quinta em Portugal.

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