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Minas Gerais estuda contribuição sobre o agronegócio

4/12/2023
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Assessores do governador Romeu Zema quebram a cabeça em busca de medidas para aumentar a arrecadação fiscal. Uma das ideias é a cobrança de uma contribuição do agronegócio. Trata-se de uma iniciativa com uma boa dose de risco, a começar pelo desgaste político. No governo federal, por exemplo, a proposta de uma taxa sobre as exportações de commodities agrícolas vai e volta, volta e vai, sem nunca sair do papel. Há ainda uma enorme probabilidade de judicialização. Que o diga o governo de Goiás. Em 2022, o governador Ronaldo Caiado criou uma contribuição de 1,65% sobre produtos agrícolas – com isenção para alimentos da cesta básica e para a agricultura familiar. A CNI chegou a obter uma liminar do ministro do STF Dias Toffoli suspendendo a cobrança. No entanto, o plenário do Supremo derrubou a decisão, embora ainda não tenha julgado o mérito da questão. O próprio Zema tem um case similar a seu favor. No ano passado, o governo de Minas Gerais instituiu uma taxa de fiscalização sobre atividades de mineração. Contestada pela mesma CNI, a cobrança foi igualmente validada pelo STF.

#Agronegócio #Minas Gerais #Romeu Zema #STF

Destaque

Edital da BR-040 é um entulho bolsonarista que provoca reações em Minas Gerais e no Rio

7/06/2023
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Os prefeitos de Minas Gerais e do Rio de Janeiro estão em rota de colisão com o ministro dos Transportes, Renan Filho. O motivo é a sua virada de mesa no processo de relicitação da BR-040, impondo o leilão da rodovia como uma concessão única. Renan tem sido pressionado por Prefeituras das cidades no entorno da rodovia a jogar esse modelo no acostamento e manter o desenho atual, em vigor há mais de duas décadas, com a divisão da rodovia em dois trechos – do Rio a Juiz de Fora e de Juiz de Fora a Belo Horizonte. O ministro está colocando a mão em uma casa de marimbondos. Entre as lideranças políticas, há um consenso de que o açodamento de Renan em realizar o leilão ainda neste ano, juntando as duas operações em um único pacote, vai trazer sérios prejuízos aos municípios da região.    

A modelagem defendida por Renan Filho vai impor a um único grupo um pesado pacote de investimentos, que, mantida a estrutural atual, poderia ser compartilhado por dois concessionários. Resultado: desde já, sabe-se que obras fundamentais serão postergadas e, o que é mais incrível, com o beneplácito do próprio Poder Concedente. É o que mostra o edital preliminar do Ministério dos Transportes. Dois dos projetos mais importantes de toda a BR-040 – a Nova Subida da Serra, em Petrópolis (RJ), e a abertura das multivias em Minas Gerais, fundamental para a redução de acidentes graves com mortes -, serão adiados. As respectivas obras somente seriam executadas no sexto e no oitavo ano do novo contrato. As duplicações da via em cidades como Congonhas do Campo, Ewbank da Câmara, Nova Lima e Itabirito, por sua vez, seriam empurradas para o sexto e o sétimo ano após a relicitação. São obras que, na atual estrutura, podem ser iniciadas já no primeiro ano da nova concessão. No caso dos trechos da BR-040 em Barbacena, a situação é ainda pior: não há qualquer obra prevista no novo edital. É uma das regiões mais críticas da rodovia. A área registra um elevado índice de acidentes, com mais de 60 óbitos por ano.   

Não são apenas os prefeitos de Minas Gerais e do Rio que cobram de Renan Filho mudanças no edital. Dentro do próprio governo, há um desconforto de ordem política com a insistência de Renan.  Isso porque a modelagem da relicitação leva a assinatura do governo Bolsonaro e foi idealizada durante a gestão de Tarcísio Freitas à frente da Pasta. A decisão do ministro em seguir com uma só concessão para duas realidades tão díspares da BR-040 também enfrenta resistências entre o próprio corpo técnico da área de Transportes. O modelo de unificação das duas concessões é visto como um entulho do governo anterior. 

Além do adiamento de importantes obras, pesa contra a proposta a disparada no preço do pedágio. Hoje, o valor cobrado no trecho entre Juiz de Fora e Belo Horizonte é de R$ 6,30. No caso da Rio-Juiz de Fora, a cifra é de R$ 12,60. O novo contrato prevê que o valor único para toda a rodovia, logo na largada da nova concessão, chegue a R$ 15 (em valores correntes), atingindo R$ 22 após o oitavo ano de concessão. Ou seja: um aumento, respectivamente, de 230% e de 60% em comparação aos preços atuais.  

Por ora, as prefeituras de Minas Gerais são as mais insatisfeitas com a modelagem da BR-040. O estado possui a maior malha viária do país e lidera o ranking nacional de custos de acidentes em rodovias federais registrado em 2022, com participação de R$ 1,69 bilhão, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Foram 8.272 acidentes ocorridos em 2022 nas rodovias federais que cortam Minas Gerais, com 7.095 com vítimas (mortos ou feridos). No período acumulado de 2007 a 2022, Minas registrou 283.896 acidentes, com 143.475 com vítimas, acrescenta o “Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários”. Essa é uma das razões para a insatisfação dos prefeitos mineiros. Com a relicitação unificada da BR-040, os recursos arrecadados em Minas não seriam integralmente utilizados no estado. Seriam usados também para financiar obras no trecho da rodovia no Rio de Janeiro. Com indicadores tão trágicos de acidentes, quem vai dizer aos mineiros que seu pedágio vai pagar obras em outro estado?  

#BR-040 #Minas Gerais #Renan Filho #Tarcísio Freitas

Empresa

A segunda crise de Josué Gomes da Silva

17/02/2023
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Depois de conter um movimento golpista para tirá-lo da presidência da Fiesp, Josué Gomes da Silva enfrenta um período turbulento na Coteminas. O RR apurou que a empresa vem atrasando o pagamento de salários, notadamente em Minas Gerais. Denúncias já foram encaminhadas ao Ministério Público do Trabalho e ao Tribunal Superior do Trabalho. A Coteminas deve e não nega. Em contato com o RR, o diretor de Relações com Investidores João Bomfim, informou que “a situação será imediatamente normalizada e agradecemos compreensão dos dedicados colaboradores da empresa.”. O grupo fundado pelo ex-vice-presidente da República José Alencar vive tempos difíceis. No último balanço publicado até o momento, a Coteminas reportou um prejuízo de R$ 151 milhões no primeiro semestre de 2022, mais do que o triplo das perdas registradas entre janeiro e junho de 2021.

#Coteminas #Fiesp #João Bomfim #José Alencar #Josué Gomes da Silva #Minas Gerais #Ministério Público do Trabalho #movimento golpista #Tribunal Superior do Trabalho

Política

Depois dos helicópteros, governo de Minas vende seus imóveis

24/01/2023
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Após vender a participação do estado na fabricante de helicópteros Helibrás, o governo mineiro pretende se desfazer de uma série de ativos imobiliários pertencentes à Codemge (Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais). O portfólio inclui terrenos, salas e prédios comerciais e até o histórico casarão onde funcionou o cassino de Lambari. Espremendo tudo, o governo Zema estima que poderá arrecadar algo em torno de R$ 200 milhões com a venda dos principais imóveis. Some-se a isso o corte de despesas que a medida trará. Um exemplo: o estado teve de desembolsar cerca de R$ 60 milhões na reforma da antiga sede do Bemge, em Belo Horizonte, dinheiro que não conseguirá recuperar mesmo com uma eventual alienação. O imóvel está avaliado em apenas R$ 40 milhões.

#Helibras #Minas Gerais #Romeu Zema

Negócios

Mater Dei quer um hospital para se “internar” no Rio

21/11/2022
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O RR apurou que o grupo hospitalar Mater Dei, de Minas Gerais, planeja entrar no Rio de Janeiro. Trata-se de um movimento importante no setor, leia-se o ingresso de um “forasteiro” em uma região dominada pela Rede D´Or. O Mater Dei já está vasculhando oportunidades de aquisição na cidade. Talvez nem precise procurar muito. Na semana passada, o grupo anunciou um acordo de “cooperação técnica” com a Americas Serviços Médicos, dona de seis hospitais no Rio – entre os quais o Samaritano. As duas empresas garantem que a parceria não envolve “investimentos conjuntos”. Mas vai saber…

#Mater Dei #Minas Gerais #Rede D'Or

Negócios

Privatização à vista

3/11/2022
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A equipe de Romeu Zema já trabalha na modelagem da privatização da Copasa, a empresa de saneamento de Minas Gerais. Segundo o RR apurou, a meta, razoavelmente ousada, é concluir a operação no primeiro semestre de 2023.

#Copasa #Minas Gerais #Romeu Zema

Acervo RR

Sangue quente

7/10/2022
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Segundo o RR apurou, o Fleury planeja entrar no Ceará e no Mato Grosso do Sul, com a aquisição de empresas de medicina diagnóstica locais. É a mesma fórmula utilizada para o ingresso em Minas Gerais – na semana passada, o grupo comprou o laboratório Méthodos. Diante de tanto apetite, parece até que o Fleury está fazendo hedge para o caso da fusão com o Hermes Pardini ser barrada pelo Cade.

#Ceará #Fleury #Mato Grosso do Sul #Minas Gerais

Dor no bolso

26/08/2022
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Romeu Zema tem feito articulações junto à equipe econômica para liberar uma nova tranche de recursos do Banco do Nordeste para Minas Gerais. Os desembolsos para o estado no primeiro semestre caíram 41% em comparação a igual período de 2021. Em plena campanha eleitoral, o peso do corte é ainda maior.

#Banco do Nordeste #Minas Gerais #Romeu Zema

Acervo RR

Portas abertas

25/08/2022
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Assessores do governador e candidato à reeleição Romeu Zema estão elaborando um projeto com objetivo de atrair startups de tecnologia para Minas Gerais.

#Minas Gerais #Romeu Zema

Bolsonaro precisa de Minas

24/08/2022
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A campanha de Jair Bolsonaro vai colocar foco em Minas Gerais. A ideia é organizar dois comícios no estado na primeira quinzena de setembro – um em BH e outro no interior, provavelmente em Governador Valadares. Tirar a diferença para Lula em terras mineiras é fundamental. O desafio é trazer para perto Romeu Zema, o “aliado” cada vez mais distante de Bolsonaro.

#Jair Bolsonaro #Minas Gerais #Romeu Zema

Rumo à Minas

30/05/2022
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A Panvel, maior rede de drogarias da Região Sul, planeja entrar em Minas Gerais. Trata-se de um passo estratégico para atingir a ousada meta de dobrar a receita até 2025. No ano passado, a Panvel faturou R$ 3,5 bilhões.

#Minas Gerais #Panvel

As costuras de Lula

4/05/2022
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Lula deverá viajar a Minas Gerais na próxima semana. No núcleo duro de campanha, é grande a expectativa de que o petista  volte de lá com uma aliança selada e sacramentada com o PSD de Alexandre Kalil, prefeito de BH e candidato ao governo de Minas.

#Lula #Minas Gerais #PSD

Última esperança

19/04/2022
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Romeu Zema tem feito gestões junto ao ministro Luis Roberto Barroso na tentativa de obter uma nova liminar suspendendo o pagamento da dívida de Minas Gerais junto à União. A situação do estado é bastante delicada. A decisão do ministro Barroso, em vigor deste outubro, expira no fim do mês. Ou seja: a partir de maio, Minas Gerais pode ser obrigada a ter de pagar R$ 40 bilhões ao Tesouro. Isso porque, até o momento, a Assembleia Legislativa não votou a adesão do estado ao regime de recuperação fiscal.

#Assembleia Legislativa #Minas Gerais #Romeu Zema

A cem por hora

14/04/2022
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A startup mexicana Kavak, plataforma de compra e venda de carros usados, vai avançar mais alguns quilômetros no Brasil. Segundo o RR apurou, a empresa pretende iniciar suas operações em Minas Gerais ainda neste ano. Os planos de expansão preveem também a entrada no Nordeste – Salvador está na pole position. Já presente em São Paulo e no Rio, o unicórnio mexicano vai investir R$ 2,5 bilhões no Brasil. Consultada, a Kavak confirmou que “planeja expandir as suas operações para vários outros mercados e capitais brasileiras”.

#Kavak #Minas Gerais

Cartão vermelho

14/03/2022
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O governo de Minas Gerais deverá entrar na Justiça contra a Luarenas, que administrava o estádio Independência, em Belo Horizonte. O estado alega ter a receber R$ 36 milhões da empresa em pagamentos atrasados. O contrato de cessão da arena foi rescindido na semana passada, após seguidas tentativas de negociação com a Luarenas, segundo fonte ligada ao governo.

#Luarenas #Minas Gerais

Depois da casa arrombada

21/01/2020
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O caso da contaminação da Belorizontina, que já deixou quatro mortos, vai chegar ao Congresso Nacional. Na reabertura da Câmara, em fevereiro, a bancada mineira vai apresentar um projeto de lei com normas mais rígidas para a produção de cervejas artesanais.

#Congresso Nacional #Minas Gerais

“Menos Belo Horizonte e mais Minas Gerais”

9/12/2019
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O governo de Minas Gerais está promovendo uma espécie de “black friday fiscal”. Até o momento, 846 prefeituras mineiras já aderiram ao programa que autorizou municípios a realizarem empréstimos dando como garantia créditos a receber do próprio estado. A meta da Secretaria de Fazenda é fechar acordo com todas as 853 cidades até o fim da semana. O valor total da dívida do estado com os municípios gira em torno dos R$ 6 bilhões – valor referente a atrasos no repasse de ICMS, IPVA e de recursos do Fundeb. Consultado pelo RR, o governo de Minas Gerais confirmou que 788 adesões já foram homologadas e outras 58 estão em processo final de habilitação. O programa parece feito sob medida para um ano eleitoral. As prefeituras terão um volume de recursos que não estava no script. Não se sabe exatamente a que custo. Uma das críticas feitas pelos opositores do governo Zema é falta de clareza quanto ao responsável pelo pagamento dos empréstimos bancários em um cenário radical, leia-se um eventual duplo calote, da Prefeitura e do Estado.

#Minas Gerais #Romeu Zema

“Bolsa Nióbio”

14/11/2019
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O 13º salário do funcionalismo público de Minas Gerais está indexado ao nióbio. O pagamento só deverá sair se o governo do Estado conseguir fechar a captação de aproximadamente R$ 5 bilhões que negocia com um pool de bancos estrangeiros. O lastro para a operação são os royalties da venda de nióbio da CBMM, na qual a estatal Codemig é sócia dos Moreira Salles.

#CBMM #Codemig #Minas Gerais #Nióbio

Monitoramento às cegas

22/08/2019
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Minas Gerais está onde sempre esteve, assim como o seu ecossistema, mas a gestão pública conseguiu perder o meio ambiente de vista. Literalmente. Há cerca de cinco anos, o governo mineiro contratou os serviços de um satélite alemão para produzir um mapeamento agrícola e florestal do estado. Gastou R$ 12 milhões só pelas imagens. Em nome da “soberania mineira”, o levantamento de dados de campo, fundamental para a correta interpretação das fotografias, ficou a cargo do poder público. Resultado: até hoje, o trabalho não foi concluído. É mais um episódio da perda de conhecimento sobre o meio ambiente no Brasil, que tem provocado a reação de outros países – vide a edição de ontem do RR.

#Minas Gerais

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