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Fragilidade de tradings abre espaço para agronegócio avançar na comercialização

30/01/2024
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O escândalo contábil da ADM, nos Estados Unidos, traz a reboque um risco e uma oportunidade para o agronegócio brasileiro. No curto prazo, a investigação sobre supostas irregularidades na gigante norte-americana acende um sinal de alerta entre os grandes bancos internacionais. Até que o receio de uma crise sistêmica no segmento se dissipe, as instituições financeiras deverão adotar critérios mais rígidos na liberação de recursos, com impacto sobre a oferta global de crédito para as trading companies.

Trata-se de um efeito cascata preocupante para o setor agrícola no Brasil, devido ao possível impacto sobre o financiamento dos contratos de exportação. Esse é o copo meio vazio. Em contrapartida, de acordo com especialistas ouvidos pelo RR, dentro da má notícia há uma boa nova. O abalo da ADM deve acelerar um processo de fragilização das tradings que já se anunciava, até então em ritmo mais lento.

Esses potentados globais seguirão tendo um peso expressivo no financiamento de exportações e na circulação mundial de commodities agrícolas, mas com uma participação relativa menor. Nesse jogo de ocupação de espaços, nada mais natural que o Brasil, quarto maior produtor de grãos do mundo e responsável por mais de metade do mercado internacional de soja, seja um dos potenciais beneficiados. Esse fenômeno abre caminho para o agronegócio brasileiro avançar algumas casas e conquistar um terreno maior na cadeia comercial, apropriando-se de um negócio que hoje está majoritariamente nas mãos da própria ADM, Bunge, Louis Dreyfus, Cargill, entre outros. Ou seja: há uma oportunidade da “lavoura”, leia-se os próprios originadores, assumir ao menos uma parcela do processo de frete e colocação do produto no mercado internacional, absorvendo margens que hoje são contabilizadas pelas tradings.

Essa metamorfose, ressalte-se, não vai ocorrer de um dia para a noite. Trata-se de um rearrumação gradativa de participações entre os elos da cadeia global do agronegócio. Mas, de um lado ou de outro, há uma interseção de fatos e circunstâncias que empurram o setor nessa direção. Por parte das tradings, as supostas irregularidades contábeis da ADM, que já levaram o grupo a perder mais de 20% do seu valor de mercado, não são um ponto isolado de vulnerabilidade do setor.

Outro exemplo impactante é a Mercon Coffee Group, sediada na Holanda. A empresa, uma das maiores comercializadoras de café do mundo, entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, com uma dívida de quase US$ 400 milhões. No passado recente, a Louis Dreyfus vendeu 45% de suas ações para a ADQ, companhia de investimentos de Abu Dhabi – operação interpretada no mercado menos como uma oportunidade de negócio e mais como uma busca forçada de capital.

Na mão contrária, já é possível verificar avanços de originadores de grãos sobre outras casas do tabuleiro. No Brasil, por exemplo, o empresário Antônio Francischini, um dos maiores produtores de café do mundo, comprou recentemente 63% da Ipanema Coffees, grande exportadora de grãos. Não é de hoje que os grandes bancos vêm apertando as linhas de financiamento para tradings.

Na média, estas empresas operam hoje com uma alavancagem de 18 a 30 – ou seja, US$ 18 a US$ 30 em crédito para cada dólar de capital das tradings companies. Há cerca de 30 anos, notadamente no segmento de café, esse índice chegou a ser de 120 para um. Para que os produtores possam ocupar esse espaço, uma nova estrutura de crédito terá de ser construída no tempo. Ressalte-se que, no agronegócio, não é tão simples financiar a origem.

Pelas regras do BIS, o “Banco Central dos Bancos Centrais”, o crédito para o setor agrícola exige um nível de provisionamento maior, dados os riscos do negócio. O mesmo não ocorre nas linhas de empréstimo para tradings, considerado um crédito comercial. No caso específico do Brasil, a falta de grau de investimento também é um entrave.

Por essas razões, no melhor dos mundos, caberia ao governo dar um empurrão, via subsídios, para que o produtor possa avançar sobre o latifúndio das trading companies na colocação de commodities no mercado internacional. Um exemplo: o Funcafé tem cerca de R$ 4 bilhões para financiar a cafeicultura no campo. O descolamento de algo como 20% desse funding para financiar contratos de exportação já representaria um fôlego da ordem de R$ 800 milhões. Ou seja: no futuro, para que o agronegócio brasileiro possa ampliar seu raio de ação e incorporar margens das tradings, além do “Plano Safra”, um “Plano Entrega” viria muito a calhar.

#ADM #Bunge #Cargill #Louis Dreyfus

Moedor de dinheiro

10/08/2020
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Vai ser difícil a Louis Dreyfus escapar de um aporte de recursos na Biosev, seu braço sucroalcooleiro. A controlada está abaixo da linha d ´água, com aproximadamente R$ 1 bilhão em patrimônio negativo. Somente nas duas últimas safras de cana, a Biosev moeu cerca de R$ 2,8 bilhões em prejuízos.

#Biosev #Louis Dreyfus

Biosev sem açúcar e sem afeto

17/06/2019
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A iminente venda da usina Estiva, no Rio Grande do Norte, deverá ser um dos últimos atos de Juan José Blanchard como presidente da Biosev. Informações que circulam na própria companhia apontam para a saída de Blanchard do comando do braço sucroalcooleiro da Louis Dreyfus. Os franceses perderam a paciência com um dos negócios mais deficitários do grupo em todo o mundo. A Biosev opera no vermelho há oito anos seguidos. Somente na safra 2018/19, encerrada em março, as perdas chegaram a R$ 1,2 bilhão. A crescente alavancagem contribui para a corrosão das suas finanças. Em um ano, a relação dívida líquida/ Ebitda subiu de duas para três vezes.

#Biosev #Louis Dreyfus

Louis Dreyfus cansou de perder

25/01/2019
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Acabou-se o que quase nunca foi doce: a Louis Dreyfus Commodities (LDC) prepara sua saída do mercado sucroalcooleiro no Brasil. Os franceses teriam colocado à venda todas as dez usinas da subsidiária Biosev localizadas nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Norte, com capacidade total de moagem da ordem de 35 milhões de toneladas. A operação inclui ainda um terminal no Porto de Santos.

Segundo o RR apurou, o pacote já teria sido oferecido à Raízen, a joint venture entre Cosan e Shell. No ano passado, a LDC negociou uma planta sucroalcooleira no Rio Grande Norte e chegou a colocar à venda outra usina, na Paraíba. O intuito do grupo, àquela altura, era se livrar do bagaço e permanecer apenas com as unidades mais rentáveis. Mas cadê que elas existem? Nos últimos meses, as perdas da Biosev se agravaram.

Com isso, cresceu também a pressão dos acionistas da LDC em Paris pela saída definitiva do negócio, após uma série de aportes que viraram pó. A empresa fechou o primeiro semestre da atual safra com um prejuízo de aproximadamente R$ 660 milhões, um déficit 20% maior do que o registrado em igual período no exercício passado. Anualizado, o rombo passa de R$ 1,3 bilhão. Nas últimas duas safras, os franceses perderam mais de R$ 1,8 bilhão com a sua operação sucroalcooleira. É uma rotina que, no ano passado, custou a cabeça do então CEO da Biosev, Rui Chammas.

#Louis Dreyfus

Tem passageiro novo na Ferrogrão

4/12/2018
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Louis Dreyfus, Amaggi, ADM e Cargill abriram um canal de interlocução com a equipe de Jair Bolsonaro. As discussões envolvem o estudo de viabilidade para a Ferrogrão. O fato novo é a possibilidade de grandes agricultores do Centro-Oeste entrarem no comboio, financiando a construção da ferrovia. O projeto começou nos R$ 8 bilhões. No cálculo mais recente, a contagem já estava em quase R$ 13 bilhões.

Por falar em ferrovias, o futuro ministro dos Transportes, Tarcísio Gomes de Freitas, está com uma pulga atrás da orelha devido à inconsistência das informações que tem recebido sobre a Valec. Parece até que tem gente no atual governo trabalhando deliberadamente para evitar que a equipe de transição veja o que esse trem carrega. Ressalte-se que o futuro governo já revelou a disposição de extinguir a estatal.

#Amaggi #Cargill #Ferrogrão #Louis Dreyfus

Rota das crateras

10/09/2018
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Grandes tradings agrícolas, como Louis Dreyfus, Cargill, ADM, vão levar aos candidatos à Presidência um projeto para a licitação e consequente asfaltamento de toda a BR-163, por onde passa mais de metade de produção de soja do Centro-Oeste. A situação da rodovia é mais do que dramática.

#ADM #Cargill #Louis Dreyfus

Tegram à espera de 2019

5/04/2018
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Os acionistas do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) – uma miríade de tradings, como Glencore, Nova Agri e Louis Dreyfus – discutem o projeto de ampliação do complexo, no Porto de Itaqui. O investimento está orçado em torno dos US$ 50 milhões e deverá sair do papel no primeiro trimestre de 2019.

#Louis Dreyfus #Terminal de Grãos do Maranhão

Negócios

Sem açúcar e sem afeto

22/03/2018
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As denúncias contra o ex-ministro Delfim Netto na Lava Jato põe em risco a sua permanência no board da Biosev, braço sucroalcooleiro da Louis Dreyfus. As normas de compliance do grupo francês são extremamente severas para casos dessa natureza.

#Biosev #Delfim Netto #Louis Dreyfus

Produtores de laranja se espremem contra Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus

19/03/2018
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Os produtores de laranja, notadamente de São Paulo, estão se mobilizando em mais uma tentativa de criar uma entidade que congregue agricultores e os grandes exportadores de suco. O objetivo é fazer um contraponto ao notório poder da trinca Citrosuco (Votorantim e Fischer), Cutrale e Louis Dreyfus. As conversas, sobretudo no âmbito da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, vêm se intensificando desde o fim do ano passado. O que está em jogo, neste caso, é uma tentativa do lado mais fraco da cadeia – os citricultores – em ganhar maior poder de barganha na negociação de preços com os produtores de suco de laranja. Os primeiros rabiscos do projeto surgiram em 2014, no que seria o Conselho dos Produtores e Exportadores de Suco de Laranja (Consecitrus). Mas, três anos depois, após muito bagaço e pouco caldo, o Cade reprovou a criação da entidade por causa dos conflitos entre suas metades. Os produtores acusam a CitrusBR de ter feito uma série de manobras e imposto várias condições para inviabilizar a criação do Consecitrus. Procurada, a CitrusBR afirmou que “a representação dos produtores é um assunto privado dos citricultores, e não cabe à representação das indústrias interferência”. Garantiu ainda lamentar o “arquivamento do Consecitrus e que em nenhum momento colocou qualquer tipo de condição” para o surgimento da entidade.

#Citrosuco #Cutrale #Louis Dreyfus

Maquinista russo

19/02/2018
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O comboio montado para o leilão da Ferrogrão está prestes a ganhar um passageiro estratégico. A russa RZD mantém conversações com Louis Dreyfus e Cargill para embarcar no consórcio de tradings que disputará a licitação, prevista para este ano. Ocuparia, assim, o assento, ainda vago, destinado a um operador ferroviário.

#Cargill #Ferrogrão #Louis Dreyfus

Redução de custo

24/01/2018
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Tradings candidatas ao leilão da Ferrogrão – entre elas Louis Dreyfus, Cargill, ADM e Amaggi – pressionam o governo por mudanças no traçado para reduzir o custo da aventura, hoje de R$ 13 bilhões.

#Cargill #Ferrogrão #Grupo Amaggi #Louis Dreyfus

Ferrogrão

24/10/2017
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O governo vai divulgar até o fim desta semana a minuta do modelo de licitação da Ferrogrão, projeto de quase R$ 13 bilhões. A tendência é que o Ministério dos Transportes confirme o prazo de concessão por 65 anos, atendendo à exigência das tradings agrícolas interessadas no projeto – de ADM à Louis Dreyfus.

#ADM #Ferrogrão #Louis Dreyfus

Macri volta ao Brasil entre as brumas do passado

2/10/2017
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O Grupo Macri – conglomerado de empresas da família do presidente argentino Mauricio Macri – prepara seu retorno ao Brasil. Executivos da companhia têm circulado pelo Centro-Oeste em busca de terras para a produção de soja. Os planos passam também pela área de logística. Segundo o RR apurou, o Macri sondou a ADM e a Louis Dreyfus, tradings agrícolas interessadas na privatização da Ferrogrão, prevista para 2018. O grupo tem negócios em logística ferroviária na Argentina. Caso o retorno ao Brasil se confirme, um dos desafios do Grupo Macri será apagar a péssima imagem que deixou em sua primeira encarnação no país. O episódio mais notório foi o da Chapecó – os argentinos abandonaram a empresa, largando para trás cinco mil desempregados e uma dívida de R$ 600 milhões com o BNDES. Houve outros casos menos badalados, como o da Qualix Serviços Ambientais, de coleta de lixo. A Qualix entrou em recuperação judicial e mudou seu nome para Sustentare Serviços Ambientais. O rolo é tão grande que, no setor, há quem diga que até hoje a família Macri tem um pedacinho da empresa – a Sustentare nega.

#ADM #Ferrogrão #Grupo Macri #Louis Dreyfus

O bonde da Ferrogrão

26/09/2017
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O comboio de tradings agrícolas montado para disputar a concessão da Ferrogrão – à frente ADM, Cargill, Louis Dreyfus e Amaggi – abriu as portas do trem para fabricantes de equipamentos ferroviários. Estaria em conversações com GE, Alstom e ABB. Apesar de pilotar o consórcio, a turma do agribusiness quer ter, no máximo, 40% do capital.

#ADM #Cargill #Ferrogrão #Louis Dreyfus

Biosev e seus dois caminhos

21/06/2017
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Oferta de ações em Bolsa ou uma emissão internacional de bonds? Até o fim de julho, a Biosev, braço sucroalcooleiro da Louis Dreyfus, decidirá o caminho que vai tomar. É longa a estrada que leva à redução do passivo.

#Biosev #Louis Dreyfus

Bênção ministerial

6/06/2017
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A Louis Dreyfus, a japonesa Zen-Noh Grain e a Amaggi, da família do ministro Blairo Maggi, costuram um megaconsórcio para disputar concessões ferroviárias. O trio já tem negócios conjuntos no Brasil na originação de grãos e no setor portuário. A Louis Dreyfus e a Zen-Noh entram com a grana. A Amaggi, prioritariamente com o sobrenome. Consultadas, as três empresas não comentaram o assunto.

#Amaggi #Blairo Maggi #Louis Dreyfus

Tapa-buraco

21/03/2017
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Cargill, Bunge, Louis Dreyfus e Maggi discutem a criação de um consórcio para disputar a concessão da BR-163, prevista para o segundo semestre. As tradings já não suportam mais perder um caminhão de dinheiro a cada safra devido às péssimas condições da rodovia. Só no ano passado, o prejuízo foi de R$ 350 milhões.

#Bunge #Cargill #Louis Dreyfus #Maggi

Açúcar na Bolsa

20/03/2017
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A Biosev, braço sucroalcooleiro da Louis Dreyfus, prepara uma oferta de ações. Espera captar cerca de R$ 1,5 bilhão.

#Biosev #Louis Dreyfus

Com açúcar e afeto

20/12/2016
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A Louis Dreyfus prepara uma oferta pública de ações da Biosev para o raiar de 2017.

#Biosev #Louis Dreyfus

“PPP agrícola”

8/11/2016
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 O ministro Blairo Maggi está decidido a criar um novo modelo para o seguro rural, com a participação da iniciativa privada. Maggi está convocando os dirigentes de grandes tradings que atuam no país, como Cargill, Bunge e Louis Dreyfus, para discutir uma proposta.

#Blairo Maggi #Bunge #Cargill #Louis Dreyfus

Terminal da Algar

6/09/2016
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 A Algar Agro, braço agrícola do grupo Algar, decidiu ser uma das sócias do Tegram, terminal de grãos controlado pela CGC, Louis Dreyfus, Amaggi e Nova Agri. A negociação ainda é mantida a sete chaves, mas sua participação deverá ser de 20%, semelhante à de cada integrante do quarteto. Consultada, a Tegram nega a operação. • Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não se pronunciaram: Algar Agro.

#Algar #Amaggi #CGC #Louis Dreyfus #Nova Agri #Tegram

Ferrovia do grão

9/06/2016
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 O Planalto está particularmente empenhado em deslanchar a construção da chamada Ferrogrão. Tratase de um raro projeto de infraestrutura ferroviária que atrai o interesse de grandes grupos, notadamente tradings agrícolas, como Louis Dreyfus e Cargill .

#Cargill #Ferrogrão #Louis Dreyfus

Trem da soja

15/03/2016
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 Um pool de tradings chinesas poderá se unir à Cargill e Louis Dreyfus para viabilizar a construção da “Ferrogrão”, ligação ferroviária entre o Centro-Oeste e portos da Região Norte, orçada em R$ 11 bi.

#Cargill #Ferrogrão #Louis Dreyfus

Acervo RR

Louis Dreyfus

26/02/2016
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 A Louis Dreyfus deverá fazer um aporte de R$ 300 milhões na Biosev. Com uma dívida de curto prazo de R$ 3 bilhões, a sucroalcooleira precisa de glicose na veia. Procurada pelo RR, a Louis Dreyfus não comentou o assunto.

#Biosev #Louis Dreyfus

Louis Dreyfus

26/02/2016
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 A Louis Dreyfus deverá fazer um aporte de R$ 300 milhões na Biosev. Com uma dívida de curto prazo de R$ 3 bilhões, a sucroalcooleira precisa de glicose na veia. Procurada pelo RR, a Louis Dreyfus não comentou o assunto.

#Biosev #Louis Dreyfus

Cargill e Louis Dreyfus navegam na mesma direção

15/02/2016
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  Cargill e Louis Dreyfus costuram uma associação na área de logística portuária no Brasil. O objetivo é montar uma grande operação conjunta de escoamento de grãos. A negociação envolveria a criação de uma joint venture englobando todas as participações da dupla em terminais portuários no Brasil. Com o capital dividido meio a meio, a nova empresa nasceria com presença nos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR), Santarém (PA) e Porto Velho (RO), além de futuras parcerias nos próximos leilões do setor. A negociação avançou depois da recente aquisição de um terminal no porto santista, por um consórcio entre as duas empresas. Consultada, a Cargill nega a operação. Já a Louis Dreyfus não quis comentar o assunto.  Segundo o RR apurou, a primeira investida da joint venture seria o leilão de construção e operação da linha ferroviária entre Sinop (MT) e Miritituba, na cidade de Itaituba, no Pará, um projeto de R$ 12 bilhões. A Cargill e a Louis Dreyfus Commodities estariam tentando atrair o Grupo Amaggi para o consórcio. Se forem bem sucedidas na tratativa com a companhia do senador Blairo Maggi, entre as grandes tradings agrícolas deverão ter apenas a Bunge como uma grande concorrente no leilão. A intenção do governo é realizar a licitação da ferrovia no fim deste ano ou no início de 2017. O empreendimento está em análise no Tribunal de Contas da União (TCU) e ainda vai passar por uma série de audiências públicas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Cargill, Louis Dreyfus, Amaggi e Bunge foram responsáveis conjuntamente pelos estudos de viabilidade econômica, ambiental e técnica do empreendimento, que vão servir de base para a concessão do trecho ferroviário.  Caso seja consumada, a sociedade com a Louis Dreyfus preencherá uma lacuna importante nos planos da Cargill para o Brasil. Já há algum tempo os norte-americanos flertam com a ideia de buscar sócios não apenas para seus empreendimentos na área portuária, mas também para outros negócios no país. A cautela da companhia se deve aos recentes prejuízos acumulados no Brasil, notadamente no mercado sucroalcooleiro e na área de citricultura.

#Bunge #Cargill #Louis Dreyfus

Aos pedaços

12/01/2016
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 Após transferir 5% da Biosev para o IFC, a Louis Dreyfus estaria negociando com fundos de investimento europeus a venda de mais uma fatia do grupo sucroalcooleiro. Os franceses negam a operação.

#Biosev #IFC #Louis Dreyfus

Quinto elemento

27/11/2015
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 Cargill, Louis Dreyfus , Bunge e Amaggi buscam mais um sócio para a construção da ferrovia entre Sinop (MT) e Miritituba (PA), orçada em R$ 11,5 bilhões.

#Amaggi #Bunge #Cargill #Indústria ferroviária #Louis Dreyfus

Louis Dreyfus tritura suas usinas no Brasil

22/09/2015
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O clima na Louis Dreyfus Commodities (LDC) é de vai ou racha. Os franceses estão embalando um pacote de medidas no que deverá ser a última tentativa de debelar os seguidos prejuízos da Biosev, sua operação sucroalcooleira no Brasil. Nas próximas semanas, a companhia deverá desativar duas usinas de açúcar e álcool nas cidades de Pedra de Fogo (PB) e Arez (RN), encerrando de vez as atividades no Nordeste. Também estaria em pauta o fechamento de mais duas das cinco unidades ainda em funcionamento em São Paulo – no ano passado, os franceses paralisaram a produção nas cidades de Jardinópolis e São Carlos. Formalmente, a Biosev nega o fechamento das refinarias. Há muito que a LDC já gostaria de estar longe desses canaviais. Nos últimos três anos, o grupo fez duas tentativas de vender seus ativos de açúcar e álcool no Brasil, mas as propostas apresentadas não chegaram nem perto do valor pedido. Os franceses já investiram R$ 2 bilhões na operação, mas só colhem prejuízos: mais de R$ 3 bilhões nos últimos seis anos. A maior praga no balanço é a dívida de curto prazo de R$ 3 bilhões, para um patrimônio líquido inferior a R$ 500 milhões. E assim a LDC segue na rotina de triturar cana e esmagar o social: a cada usina fechada, lá se vão 300 ou 400 postos de trabalho.

#Biosev #Louis Dreyfus

Cutrale e Votorantim se espremem na CitrusBR

7/07/2015
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As relações entre dois dos mais importantes sobrenomes empresariais do país andam mais amargas do que um limão verde recém- tirado do pé. De um lado, José Luis Cutrale, maior exportador de suco de laranja do mundo; do outro, os Ermírio de Moraes, tendo como coadjuvantes a família Fischer, sua sócia na Citrosuco, e a Louis Dreyfus Commodities (LDC). O motivo para o azedume é a desoneração tributária do suco de laranja no varejo ou, mais precisamente, a forma como a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) vem conduzindo o assunto junto ao governo. Cutrale está irritado com o que considera uma postura extremamente passiva e conformista da Citrosuco e da LDC – ao lado da Cutrale, os únicos associados da CitrusBR. O empresário defende que a CitrusBR adote uma atitude mais agressiva na defesa da desoneração, seja na interlocução direta com o governo, seja nas manifestações públicas de seus dirigentes. Cutrale está intransigente e sua posição coloca em risco a própria integridade da instituição. O empresário não faz ameaças formais, mas vai além da guerra fria. Deixa antever que uma entidade com tão poucos associados não suportará o dissenso. Oficialmente, a Citrus- BR nega as divergências e garante que o projeto de desoneração tem o apoio irrestrito das três associadas. Segundo a entidade, “devido ao ajuste fiscal em andamento, é preciso ter cautela e serenidade diante do pleito em questão”. Faz um certo sentido. No momento em que a Fazenda quebra a cabeça para conter a queda de arrecadação, não é simples reivindicar isenção de PIS e Cofins nas vendas de laranjada no varejo. Mas, cada cabeça uma sentença. Talvez o que Citrosuco e Louis Dreyfus entendam como cautela e serenidade José Luis Cutrale enxergue como ausência de ousadia, firmeza e até mesmo de representatividade junto ao governo.

#Citrosuco #CitrusBR #Louis Dreyfus

Louis Dreyfus

24/06/2015
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As feridas nas finanças da Louis Dreyfus Commodities terão cada vez menos algodão para ajudar na cicatrização. O grupo francês estuda desativar uma de suas três unidades destinadas a  produção da fibra no Brasil. Formalmente, a Louis Dreyfus nega a medida.

#Louis Dreyfus

Louis Dreyfus com um pé fora dos canaviais

7/05/2015
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A Louis Dreyfus cansou de plantar investimentos e só colher bagaço. O grupo francês colocou a  venda o controle da Biosev, seu braço sucroalcooleiro no Brasil. O pacote reúne 12 usinas, com capacidade para moer cerca de 36 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Um forte candidato a  operação é a Brookfield Asset Management, que também negocia a compra dos ativos da indiana Shree Renuka no Brasil. A gestora de recursos canadense já sinalizou ter cerca de US$ 800 milhões para a aquisição de empresas em dificuldades financeiras na área de bioenergia. A Biosev se encaixa neste figurino. Nas últimas duas safras, acumulou perdas de R$ 2 milhões. Proporcionalmente, a dívida da empresa disparou nos últimos 12 meses. Hoje, o caixa de R$ 200 milhões cobre apenas um décimo do passivo de curto prazo. Há pouco mais de um ano, essa relação estava em 85%. Desde 2009, quando comprou a antiga Santelisa Vale, a Louis Dreyfus nunca soube o que é ganhar dinheiro com açúcar e álcool no Brasil. Os franceses investiram mais de R$ 2 bilhões na Biosev e, em troca, amargam sucessivas safras de prejuízo. Nesse período, as perdas da companhia somaram mais de R$ 3 bilhões. Curiosamente, apesar de todos os pesares, talvez este seja mesmo o melhor momento, aliás, o menos pior para a venda da empresa, graças a uma combinação de fatores exógenos e endógenos. Recentemente, o governo aumentou o índice de mistura de etanol a gasolina de 25% para 27%, o que permitirá ao setor aumentar suas vendas em aproximadamente um bilhão de litros ao ano. No front interno, a boa nova veio pela voz da Fitch. No mês passado, a agência decidiu manter a nota de crédito e remover a observação negativa do rating da Biosev. Há meses, a empresa convivia com o fantasma do rebaixamento da classificação de risco.

#Brookfield #Louis Dreyfus

Chineses invadem as terras da Bayer no Brasil

13/03/2014
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 Há uma nuvem de gafanhotos chineses sobrevoando as lavouras da Bayer no Brasil. Os asiáticos têm se revelado uma praga para os planos de expansão do grupo no mercado brasileiro de defensivos agrícolas. A Chongqing Huapont Pharm atravessou o caminho da Bayer e está perto de fechar a compra da Biagro, fabricante de inoculantes líquidos para uso em lavouras. Os alemães vinham mantendo negociações com a empresa desde meados do ano passado. No entanto, a Chongqing teria entrado em cena com uma oferta arrasa-quarteirão. Caso a operação se confirme, será a segunda vez em um curto espaço de tempo que a Bayer perderá um ativo no Brasil para um concorrente asiático. No início deste ano, as também chinesas Langfeng e Tide Group, acompanhadas da italiana Agroventure, fecharam a aquisição da Prentiss, fabricante de defensivos sediada no Paraná. O enredo foi similar: os alemães correram, correram, mas, nos últimos metros, acabaram superados. A iminente perda da Biagro para a Chongqing Huapont vai doer fundo na Bayer. Neste caso, o que está em jogo não é apenas a operação em si, mas o que ela representa na disputa por cada hectare do mercado brasileiro de defensivos agrícolas – setor que movimenta mais de US$ 10 bilhões e cresce, na média, 14% por ano. A investida sobre a Biagro é apenas a ponta do iceberg de um projeto maior. A Chongqing promete deslanchar uma agressiva estratégia de aquisições no Brasil. Embora dominado por grandes players internacionais, como Basf, Dupont Syngenta e a própria Bayer, o setor é povoado de fabricantes de médio porte com razoável presença regional. Ressalte-se que os chineses já têm sua raiz fincada no Brasil. São sócios da Nutrichem e da CCAB Agro, neste caso em parceria com a francesa Louis Dreyfus e com um consórcio de produtores agrícolas do Centro-Oeste, de Minas Gerais e da Bahia.

#Agronegócio #Basf #Bayer #Louis Dreyfus

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