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Contencioso à vista
21/06/2022A Ipiranga, leia-se Ultra, estuda entrar na Justiça contra a venda da Reman, refinaria da Petrobras em Manaus, para o Grupo Atem. A alegação é de que o negócio criará um monopólio privado na venda de derivados na região. Ressalte-se que, assim como a Raízen, a Ipiranga foi incluída pelo Cade como parte interessada no processo que aprovou a operação.
Ipiranga busca a sua “Americanas”
4/05/2021A Ipiranga procura um parceiro para a sua rede de lojas de conveniência, a AM/PM, nos moldes do acordo operacional entre a BR e a Americanas. Não é de hoje que o Grupo Ultra está insatisfeito com a performance do negócio: no último ano, fechou mais de 500 lojas da rede. Além da concorrência com a BR, a Ipiranga enfrenta a entrada da mexicana Femsa no mercado brasileiro, em associação com os postos da Raízen.
O óleo derramado da Ipiranga
15/02/2019Guardadas as devidas proporções entre os respectivos casos, um exemplo de como ainda há muita lama para passar nas tragédias de Mariana e Brumadinho. Quase 15 anos depois, o derramamento de mais de 70 mil litros de óleo em uma reserva ambiental de Guapimirim (RJ) ainda se arrasta na Justiça. A Ipiranga/Grupo Ultra, dona da carga que tombou após um acidente ferroviário, recorreu ao STJ para embargar uma multa ambiental de R$ 5 milhões. O processo está no gabinete do ministro Herman Benjamin e, segundo o RR apurou, deve ter um veredito ainda neste semestre. Procurada, a Ipiranga esclarece que, “por não ter sido identificada qualquer conduta ilegal da Ipiranga, não há qualquer procedimento criminal ou mesmo cível.” A empresa destaca ainda que “existe posicionamento formal de Ministros do STJ e da Procuradoria Geral da República favorável à Ipiranga, acompanhando o entendimento desta de que não é aplicável a multa administrativa à empresa dona da carga quando o transporte é realizado por uma terceirizada.”
Combustível aditivado
3/12/2018Nem a ANP consegue entender a razão pela qual o preço médio da gasolina nas refinarias da Petrobras caiu quase 20% em novembro, ao passo que nos postos a redução foi de apenas 3,3%. BR, Raízen e Ipiranga, que controlam 70% do mercado, já foram cobradas pela agência a dar uma explicação. No entanto, andam a passos de cágado, como se não tivessem como justificar a discrepância entre os índices. Procurada, a BR “confirma que recebeu o pedido de informações da ANP e responderá no prazo”. Raízen e Ipiranga não quiseram se pronunciar.
Fósforo aceso
1/08/2018A Operação Margem Controlada, deflagrada ontem com a prisão de funcionários da Petrobras, Ipiranga e Raízen, reacendeu a chama da criação de uma CPI para investigar possíveis fraudes na formação dos preços de combustíveis no país. O pedido da senadora Vanessa Grazziotin já conta com as 27 assinaturas necessárias.
Grupo Ultra aumenta a octanagem da Ipiranga
19/01/2018Dono, historicamente, de um dos caixas mais abastecidos do Brasil, o Grupo Ultra prepara-se para deslanchar a maior expansão da Ipiranga desde que adquiriu a bandeira, há 11 anos. Segundo o RR apurou, o plano estratégico prevê a abertura de 400 postos ao longo de 2018, aproximadamente 50 a mais do que no ano passado. A se confirmar, serão 750 unidades no biênio. Para se ter uma ideia do que estes números significam, entre 2013 e 2016 a Ipiranga adicionou “apenas” 300 novos postos. A aposta no greenfield, é bem verdade, vem menos por opção e mais por imposição: o caminho seria outro se o Cade tivesse aprovado a compra da rede Ale. De toda a forma, trata-se de um vistoso cartão de visitas para Frederico Curado, que assumiu recentemente o comando do Ultra e terá a missão de administrar um plano de investimentos de R$ 2,7 bilhões.
Ipiranga vs. Ministério Público
14/08/2017Na semana passada, a Ipiranga rejeitou a proposta de multa apresentada pelo Ministério Público do Rio como compensação de danos causados pela adição indevida de metanol em etanol em postos da empresa – a irregularidade foi flagrada pela ANP no fim de 2016. Ao recusar o acordo e o pagamento de aproximadamente R$ 300 milhões, a companhia apostou na tese de que é grande demais para ser cassada. Em suas alegações, afirmou que a suspensão do seu cadastro estadual, solicitado pelo MP-RJ, provocaria o desabastecimento de combustíveis no Rio. O Ministério Público, no entanto, não deve engolir a argumentação. A Ipiranga responde por aproximadamente 20% do fornecimento do estado, algo que, numa situação extrema, poderia ser suprido pelas oito distribuidoras que operam no Rio.
Ipiranga, Ale e o risco de uma pane seca
2/08/2017Nos últimos dois dias, postos bandeira branca abasteceram os conselheiros do Cade com uma saraivada de pareceres técnicos no intuito de comprovar os efeitos nocivos da associação entre Ipiranga e Ale. Estudos mostram que o preço dos combustíveis podem subir até 10%. Não é exagero dizer que estes estabelecimentos vivem hoje o seu Dia D. Ao abrir o julgamento da fusão Ipiranga/Ale, em certa medida o órgão antitruste estará decidindo o futuro dos postos sem bandeira fixa. A Ale abastece mais da metade destas unidades em todo o país – no Nordeste, este índice passa dos 70%. Só que a Ipiranga não distribui combustível para os revendedores bandeira branca. E, ao que tudo indica, o mesmo passará a ocorrer com a Ale em caso de incorporação, o que obrigaria estes postos (mais de 16 mil) a se amarrarem à marca de um dos grandes grupos do setor.
Ipiranga de tanque cheio
1/08/2017O aumento do PIS/Cofins poderá funcionar como um combustível extra para os resultados da Ipiranga no terceiro trimestre. Segundo o RR apurou, a empresa do Grupo Ultra tem fôlego para segurar seus preços até outubro, sem o repasse do reajuste tributário ao consumidor. A folga se deve aos elevados estoques acumulados pela Ipiranga nos últimos três meses por meio de uma intensa política de importações. Má notícia especialmente para a BR Distribuidora, que trabalha com estoques baixos e, nos últimos meses, perdeu mercado para a bandeira do Ultra.
Margens da Ipiranga
3/07/2017A disposição da Petrobras de reajustar os preços dos combustíveis diariamente para conter as importações tem endereço certo. Em abril e maio, a Ipiranga mais do que duplicou a compra de derivados no mercado externo. Foram 216 milhões de litros, uma média de 108 milhões por mês. No primeiro trimestre, essa média foi de 57 milhões.
Ipiranga vive um momento de alta combustão
7/04/2017Onde tem uma distribuidora de combustíveis que vem perdendo market share, enfrenta percalços com seus revendedores e, ainda por cima, corre o risco de ver seu maior investimento barrado pelo Cade? Pergunta lá no posto Ipiranga. Por trás do bordão publicitário mais conhecido do Brasil, encontra-se uma companhia fora da sua zona de conforto. Enquanto o órgão antitruste não dá seu veredito em relação à compra da Ale, a Ipiranga está no meio de uma dura rodada de negociações com os postos que usam sua bandeira – estima-se que um quinto dos contratos vença neste ano.
A companhia controlada pelo Grupo Ultra tem sido inflexível na negociação dos preços dos combustíveis e dos prazos de pagamento. A postura pode ter um efeito colateral: não são poucos os postos assediados por concorrentes, notadamente a Raízen, que tem colocado sobre a mesa luvas razoavelmente generosas para convencê-los a trocar de bandeira. Este, aliás, é um ponto nevrálgico que a Ipiranga terá de distensionar caso a compra da Ale seja aprovada pelo Cade.
Há uma considerável diferença na composição das duas redes de revenda. Cerca de 30% da base de distribuição da Ale são postos de bandeira branca, para os quais o preço fala muito mais alto do que qualquer acordo de fidelidade. No caso da Ipiranga, esse índice é de apenas 5%. A empresa terá dificuldade de segurar os “infiéis”, uma vez que os seus preços, hoje, são mais altos do que os praticados pela Ale.
A rígida posição da Ipiranga na negociação com os revendedores tem uma premissa: preservar as margens de lucro a qualquer custo, nem que para isso o preço seja deixar alguns postos menos rentáveis pelo acostamento. A companhia tem uma perfomance a zelar: em 2016, seu Ebitda cresceu 11%. Só os executivos da Ipiranga sabem o quanto tiveram de suar para entregar este resultado em um ambiente econômico tão desfavorável.
Não fosse o notório padrão Ultra de gestão, dificilmente esse número teria sido atingido. Até porque a empresa passa por um raro momento de estiagem, com perda de participação em alguns segmentos. Nas vendas da gasolina, seu market share caiu de 20,7% para 20% ao longo do último ano – a BR Distribuidora, mesmo com o seu “vende, não vende”, recuperou dois pontos percentuais. Na comercialização de etanol, a fatia da Ipiranga caiu de 19% para 17%.
BR, Raízen e Ipiranga deixam Fazenda paulista de tanque seco
15/02/2017Com as devidas ressalvas, as grandes distribuidoras de combustíveis talvez sejam o que existe de mais próximo do setor de construção pesada no Brasil. Operam em oligopólio, massacram concorrentes menores, passam por cima dos órgãos antitruste e atropelam até mesmo o Fisco. É o caso da BR Distribuidora, Raízen e Ipiranga, ases do volante na arte de desviar da Secretaria de Fazenda de São Paulo.
O trio acumula cerca de R$ 570 milhões em autuações pelo não recolhimento de impostos estaduais, segundo dados disponibilizados no site (http://www.dividaativa.pge.sp.gov.br/ da-ic-web/inicio.do). Dever ao Fisco, como bem se sabe, não é crime. Muito menos contestar a cobrança de tributos, seja na esfera administrativa ou judicial. No entanto, aos olhos da Fazenda de São Paulo, BR, Raízen e Ipiranga têm se utilizado de uma série de chicanas não só para não recolher os impostos, mas também para não serem inscritas no Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados (CADIN) – quem está na lista não pode fazer negócios com governos, por exemplo.
Consultada, a Secretaria de Fazenda preferiu não se pronunciar, alegando que “informações relativas a autuações são protegidas por sigilo fiscal”. BR, Raízen e Ipiranga não quiseram comentar o assunto. O RR também entrou em contato com o Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes), que representa as distribuidoras. A entidade declarou que “só responde sobre temas comuns a todas as associadas”. Curiosamente, em novembro do ano passado o próprio Sindicom lançou, nas mídias impressa e digital e nas redes sociais, uma alentada campanha publicitária contra fraudes e sonegação de impostos. Casa de ferreiro, espeto de pau. Alguns dias depois, a ANP multou postos da BR Distribuidora, Raízen e Ipiranga no Rio de Janeiro ao encontrar combustível adulterado.
Um inimigo íntimo no caminho da Ale e da Ipiranga
8/02/2017Antes mesmo da pressão de concorrentes diretos, como a Raízen, a cruzada contra a venda da Ale para a Ipiranga começa “dentro de casa”. Um bloco com mais de uma centena de proprietários de postos da própria Ale foi ao Cade reivindicar a suspensão do negócio. Com uma razoável estrutura jurídica por trás, os insurretos têm municiado o Conselho com informações e documentos para comprovar a concentração de mercado.
Pesos e medidas
21/12/2016O Sindicom tem feito marcação cerrada sobre a ANP tentando sensibilizá-la a não multar a BR, a Raízen e a Ipiranga. Valendo-se da placa do sindicato, o trio fez uma campanha multimilionária na mídia para atacar fraudes provocadas por concorrentes de menor peso. Casa de ferreiro, espeto de pau. A ANP encontrou 16 milhões de litros de álcool com percentual maior do que o permitido de metanol em postos da BR, da Ipiranga e da Raízen no Rio de Janeiro.
Nas entrelinhas do Cade
16/12/2016Os seguidos empecilhos lançados pelo Cade para aprovar a venda dos postos Ale à Ipiranga começam a ser vistos no mercado de combustíveis como uma “jurisprudência” para a futura negociação da BR Distribuidora. A interpretação é que o órgão antitruste está sinalizando, desde já, que dificilmente autorizará a transferência do controle da estatal para um grupo do setor. Menos mal que a alardeada lista de candidatos à compra da BR está repleta de private equities.
Combustível
29/11/2016O Grupo Ultra trabalha em um projeto guardado a sete chaves: uma turbinada na operação de e-commerce da rede Ipiranga.
• Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Grupo Ultra.
Ultra encontra um pedágio pelo caminho
1/11/2016No Grupo Ultra, há poucas dúvidas quanto às intenções de Ricardo Andrade Magro, dono da Refinaria de Manguinhos. Investigado pela Lava Jato, o antigo parceiro de Eduardo Cunha está diante de uma grande oportunidade de “negócio”. E esta oportunidade surgiu à sua frente graças ao Cade, que declarou Manguinhos como parte interessada na venda da rede de postos Ale para a Ipiranga. Ou seja: Magro conseguiu colocar o bode na sala e agora, ao que tudo indica, vai cobrar caro para tirá-lo de lá. O Ultra, dono da Ipiranga, já trata como inevitável uma dura negociação com Manguinhos para que a refinaria não se interponha – tanto na esfera administrativa, caso do Cade, quanto, sobretudo, no âmbito jurídico – à venda dos postos Ale. Em sua decisão, o Cade considerou que a aquisição da Ale pela Ipiranga poderá causar um grau de concentração na compra de combustível capaz de afetar os interesses da Refinaria de Manguinhos. Curioso: ao que consta, Manguinhos não refina uma gotícula de petróleo há anos. Seu core business é brigar com o governo do estado para não pagar o ICMS sobre o pouco combustível que comercializa, todo ele importado. • As seguintes empresa não retornaram ou não comentaram o assunto: Manguinhos.
Cosan e Petronas misturam seus lubrificantes
19/09/2016A Cosan, de Rubens Ometto, vem mantendo tratativas com a malaia Petronas para uma associação no mercado brasileiro de lubrificantes – a exemplo do que fizeram recentemente Ultra/Ipiranga e Chevron. O enlace daria origem a uma distribuidora com faturamento perto de R$ 2,5 bilhões e algo em torno de 24% das vendas de lubrificantes no Brasil. A nova empresa ultrapassaria a recém-criada dobradinha Ipiranga e Chevron (22,5%) e encostaria na própria BR (25%). Cosan Lubrificantes e Petronas têm duas fábricas no Brasil – respectivamente, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais – com capacidade somada de aproximadamente 500 milhões de litros por ano. O grupo de Rubens Ometto mantém ainda uma unidade de produção de lubrificantes na cidade inglesa de Kent, herdada com a compra da Comma Oil & Chemicals Limited, em 2012. A princípio, este ativo não deverá entrar na associação com a Petronas. Mesmo com a queda nas vendas de lubrificantes em todo o país (6% em 2015), esta ainda é uma das operações mais rentáveis da Cosan. No ano passado, o Ebitda da Cosan Lubrificantes somou R$ 125 milhões, 21% superior ao apurado em 2014. Um parceiro como a Petronas é tudo o que Ometto quer para aditivar ainda mais o negócio. Com faturamento anual de US$ 70 bilhões, o grupo malaio tem feito seguidos investimentos no mercado brasileiro de lubrificantes. Os asiáticos estão instalando um centro de tecnologia e desenvolvimento de produtos para uso industrial em Contagem (MG), onde já têm uma fábrica. • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Cosan, Petronas.
Prato para um
25/08/2016A Sapore perdeu um sócio e deverá ganhar um concorrente. O Grupo Ultra, que desfez sociedade com a empresa de refeições coletivas para a abertura de centenas de restaurantes na rede de postos Ipiranga, estuda partir para um voo solo.
Aditivo
12/08/2016O acordo entre a Ipiranga e a Chevron, que uniram suas operações de lubrificantes no Brasil, prevê um segundo ato: a abertura de capital da empresa.
BR Distribuidora dá a ignição no programa de privatizações
16/06/2016A volta do governo Michel Temer ao passado já tem endereço certo: a BR Distribuidora. A venda da companhia marcará a retomada do processo de privatização encerrado junto com a gestão FHC. Das três propostas recebidas pela Petrobras no início desta semana, a preferência da diretoria da estatal recai sobre as ofertas apresentadas pela GP Investimentos e pela Advent. Nos dois casos, segundo o RR apurou, a negociação envolve a transferência do controle da BR. A exceção é a Vitol, uma das maiores tradings de petróleo e derivados do mundo, com sede na Suíça, O grupo teria formalizado seu interesse em ficar com uma participação inferior a 49% da distribuidora. Ressalte-se que dentro da Petrobras ainda não há um consenso em relação ao desfecho da operação. Representantes dos trabalhadores no Conselho ainda consideram a distribuição de combustíveis um negócio estratégico para a companhia e discordam da venda do controle da BR. No entanto, a vontade de Pedro Parente e, portanto, do governo deverá prevalecer. Até prova em contrário, o executivo chegou à estatal com carta branca para tudo. Dói à alta direção da Petrobras que, no atual cenário, a companhia seja forçada a engolir a venda da BR a um preço subavaliado. Em outro momento, a operação representaria um reforço de caixa substancial para a empresa. Mas, em outro momento, talvez nem fosse necessário se desfazer da distribuidora. Engessada pelas limitações financeiras da sua nave-mãe, a BR tem visto a concorrência encostar nos seus calcanhares, algo que parecia inimaginável há alguns anos. A pressão ficou ainda maior com o anúncio da venda da Ale para o Grupo Ultra. Com a operação, a bandeira Ipiranga ultrapassará a estatal em número de postos: 9,2 mil contra 8,1 mil. Na venda de gasolina, a disputa irá para o photochart: o Ultra atingirá uma participação de mercado de 25,3%, milímetros atrás da BR (25,8%). No segmento de etanol, a ultrapassagem já está consumada. Com a Ale, a rede Ipiranga passará a ter quase 21% das vendas de álcool no país, contra 20% da BR. Procurada pelo RR, a Petrobras não comentou o assunto.
Total acelera no mercado de combustíveis
25/04/2016A Total vai fincar bandeira no mercado brasileiro de distribuição de combustíveis. Segundo o RR apurou, o grupo francês contratou a consultoria Estáter para vasculhar o setor em busca de ativos. Na mira, redes com forte atuação regional e, no mínimo, 100 postos. Vestem esse figurino, por exemplo, a Petrobahia e a paranaense CiaPetro, que, juntas, somam aproximadamente 330 pontos de atendimento. De acordo com informações filtradas junto à própria Total, a meta da empresa é chegar ao patamar de 600 postos até o próximo ano, o que a transformaria na quinta maior distribuidora do país, atrás de BR, Ipiranga, Raízen e Ale. Em outro front, a Total surge também como um potencial candidato a fisgar postos da própria BR Distribuidora. Diversos revendedores da estatal têm virado a casaca insatisfeitos com a política de royalties da companhia. Quem mais tem cooptado distribuidores da BR é a Ipiranga/Grupo Ultra – ver RR de 10 de julho de 2015. Há cerca de três anos, não custa lembrar, a Total ensaiou sua entrada no setor. Eram outros tempos: com o barril acima dos US$ 100, toda a aposta dos franceses estava concentrada na exploração e produção de petróleo e gás – o grupo é sócio da Petrobras no megacampo de Libra e de outros 15 blocos de exploração e produção no país. Na ocasião, a Total chegou a assinar um contrato de exclusividade para negociar a compra do controle da rede de postos Ale, mas não houve acordo em relação ao preço. Se, por um lado, o fracasso nas tratativas com a Ale impediu que a Total comprasse a quarta maior distribuidora de combustíveis do país, por outro os franceses voltam ao jogo em condições bastante favoráveis, por conta do câmbio e da depreciação dos ativos. Procurada pelo RR, a Total não comentou o assunto.
Itaú e Ultra avançam no pedágio eletrônico
15/04/2016Os Setúbal e o Grupo Ultra estão dispostos a pagar o pedágio que for necessário para a montagem de uma grande operação de cobrança eletrônica em rodovias. Por pedágio leia-se a compra da Move Mais, pertencente ao grupo paulista Dux. A aquisição daria um novo gás à ConectCar, controlada pelo Banco Itaú e pela Ipiranga. A empresa saltaria de 20% para perto de 30% de market share no segmento de cobrança eletrônica de pedágios, reduzindo consideravelmente a distância para a líder do setor, a norte-americana FleetCor. O negócio de cobrança eletrônica é estratégico tanto para o Itaú quanto para a Ipiranga, por conta da sinergia com o varejo bancário e a atividade de distribuição de combustíveis. Além das agências bancárias, os 7,2 mil postos da rede funcionam como pontos de venda dos serviços da ConectCar. O objetivo da ConectCar é dar uma rápida resposta à sua maior concorrente. A FleetCor, que já era dona da DBTrans, comprou recentemente o controle da STP, até então pertencente ao trio CCR, Raízen e Arteris. Passou a ter mais de 40% de participação no mercado. Com isso, a aquisição da Move Mais tornou-se fundamental para os planos do Itaú e da Ipiranga. Mesmo porque trata-se de uma das últimas empresas do setor capazes de fazer diferença no ranking nacional. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: ConectCar e Move Mais.
Corte na bomba
20/08/2015Pela primeira vez em quatro anos, o Grupo Ultra vai reduzir seus investimentos na área de distribuição de combustíveis. Corta daqui, ajusta dali e o aporte na rede de postos Ipiranga ao longo de 2015 será de aproximadamente R$ 250 milhões, contra R$ 360 milhões no ano passado. * O Grupo Ultra preferiu não comentar sobre seus cortes em investimentos.