Arquivos Indústria Automobilística - Relatório Reservado

Tag: Indústria Automobilística

Empresa

Nova marca, novos planos: montadora chinesa quer “voltar” ao Brasil

25/06/2025
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Há um zunzunzum no mercado automotivo de que a chinesa Livan tem planos de entrar no Brasil. A montadora já estaria conversando com potenciais parceiros, mais precisamente dois grandes grupos da área de revenda, para a comercialização de seus veículos no país. A empresa é especializada na fabricação de automóveis elétricos com troca de bateria. Ou seja: o equipamento não é recarregado, mas substituído em estações de troca. A chegada da Livan não seria exatamente uma estreia e, sim, uma espécie de reencarnação no mercado brasileiro. A companhia já esteve no país quando ainda atendia pelo nome de Lifan. Deixou o Brasil em 2019 amargando um fracasso comercial – à época sobravam críticas à qualidade de seus carros. No ano seguinte, entrou em falência na China, foi à lona e acabou ressurgindo com a nova denominação, a partir de uma associação entre a Chongqing Qianli Technology e a Zhejiang Geely Holding. Gradativamente, a Livan vem expandindo sua operação internacional. Já entrou na Rússia, Espanha, Emirados Árabes e Indonésia. O “retorno” ao Brasil pode vir a ser o principal movimento no plano de internacionalização da marca.

#Indústria Automobilística #Lifan #Montadora

Empresa

Brasil é a aposta da GM Argentina para reduzir seus estoques

25/03/2025
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A fábrica da General Motors em Alvear, na Argentina, responsável por abastecer o mercado brasileiro com o Chevrolet Tracker, vai paralisar a produção nesta semana. A informação já circula em revendas da GM no Brasil. A decisão da montadora se deve ao excesso de estoques do SUV na unidade argentina, por conta da queda das vendas locais e das exportações para outros países da América do Sul. No frigir dos ovos, a operação brasileira deverá sair ganhando. A tendência é que a GM da Argentina aumente as exportações para o Brasil, no embalo do aumento da demanda pelo veículo. O Tracker foi o segundo SUV mais vendido no país em 2024 e, nos dois primeiros meses do ano, já assumiu a dianteira no segmento.

#Argentina #General Motors #Indústria Automobilística

Indústria

Há muito monóxido de carbono nos investimentos soprados pelas montadoras

28/10/2024
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Talvez seja o caso de se criar uma “taxa real” para quantificar com precisão os investimentos da indústria automobilística no Brasil. Sobram artificialismos e falta transparência nas cifras anunciadas, com estardalhaço, pelas montadoras. Para todos os efeitos, o total de aportes previsto para o ciclo 2021-2032 gira em torno de R$ 116 bilhões. Essa, no entanto, é a “taxa nominal”. O que a indústria automobilística omite é que uma parte expressiva desse valor retorna ao caixa das empresas mediante incentivos fiscais. O montante não leva em consideração, por exemplo, os R$ 19,3 bilhões que as montadoras receberão em créditos financeiros entre 2024 e 2028, no âmbito do Programa Mover. Tampouco contabiliza os incentivos fiscais que certamente serão embolsados entre 2029 e 2032 – em um mero exercício matemático, mantida a média do Mover de 2024 a 2028 (R$ 3,86 bilhões/ano), esse valor seria da ordem de R$ 15,4 bilhões. E muito menos inclui o total de R$ 5,1 bilhões em benefícios tributários amealhados pelo setor entre 2021 e 2023, quando ainda vigorava o Rota 2030, programa que antecedeu o Mover. Ou seja: em uma conta simples, sem qualquer cálculo de deflação, no intervalo entre 2021 e 2032, a indústria automotiva deverá ser agraciada com R$ 39,8 bilhões em incentivos. Ou seja: mais de um terço dos R$ 116 bilhões em investimentos propalados pelo setor para o mesmo período sairá dos cofres públicos, por meio de renúncia fiscal. E a conta, ressalte-se, contempla apenas recursos do governo federal. Se computados estímulos concedidos por estados e municípios, o estoque de agrados é muito maior.
Tudo levar a crer que a curva de incentivos ao setor terá uma trajetória ascendente nos próximos anos. A crescente sofisticação tecnológica da indústria automotiva, na esteira da produção de veículos eletrificados, exigirá um volume maior de investimentos por parte das montadoras, o que, no Brasil, é quase que obrigatoriamente sinônimo de renúncia fiscal. Desde o segundo governo Vargas, ainda nos primórdios dos primórdios da indústria automotiva, as montadoras são abastecidas com recursos públicos. A última grande fornada de benefícios tributários, entre 2000 e 2021, somou R$ 69 bilhões. É um dinheiro que as empresas celebram, quando anunciado, mas escondem no porta-malas sempre que vêm a público propagandear seus projetos de expansão. A ausência de disclosure das montadoras vai além. Não se tem qualquer clareza do volume de investimentos que, uma vez anunciados, são efetivamente executados. Pode ser 100%. Mas também pode ser 80%, 50%, 40%. Vai saber…
Há outros pontos sensíveis, a começar pela ausência de métricas quer permitam calcular o retorno econômico e social dos incentivos concedidos à indústria automotiva. O governo é um credor camarada, que dá dinheiro sem grandes exigências vinculadas. Por exemplo, não há associação direta entre os estímulos fiscais e o ritmo do nível de emprego na indústria automotiva. Em outubro de 2013, o setor atingiu o pico de postos de trabalho neste século – 137 mil empregados. Hoje, esse número é de 106 mil. É bem verdade que, desde janeiro, quando do início do programa Mover, as montadoras criaram oito mil vagas. Mas a história mostra que esse é um número com alta dose de volatilidade. Ao mínimo sinal de freada na economia, as empresas do setor logo começam a deixar desempregados no acostamento. Ainda que os incentivos fiscais nunca parem de entrar no seu tanque de combustível.

#Indústria Automobilística #taxa

Indústria

Os carros elétricos da Tata Motors vão estacionar no Brasil?

28/06/2024
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Informação que corre a cem por hora entre executivos da indústria automotiva: a gigante indiana Tata Motors teria planos de produzir carros elétricos no Brasil. A companhia é conhecida por fabricar modelos populares. No início deste ano, lançou um SUV movido à energia elétrica comercializado na Índia ao preço equivalente a R$ 65 mil. Em maio, vale lembrar, Natarajan Chandrasekaran, presidente do conselho da Tata Sons -holding de investimentos do conglomerado – visitou o Brasil e se reuniu com o presidente Lula e o ministro Fernando Haddad. Em 2011, o setor automotivo também conviveu com a expectativa da Tata Motors desembarcar no Brasil. O empresário Sergio Habib, que trouxe a JAC Motors para o país, também negociou com os indianos para representar a marca no mercado brasileiro. Ao que tudo indica, no entanto, era um desejo mais de Habib do que da Tata.

#Carros elétricos #Indústria Automobilística #Tata Motors

Destaque

Acordo com Argentina mobiliza montadoras brasileiras

7/12/2023
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Daniel Scioli, embaixador da Argentina em Brasília, tem sido procurado, nos últimos dias, por dirigentes da indústria automobilística. A pergunta é uma só: se o futuro presidente Javier Milei vai manter ou não o acordo automotivo com o Brasil. Scioli, que permanecerá no cargo no próximo governo, vem sinalizando que a resposta é sim. Como abrir mão de um tratado comercial com o país que, neste ano, comprou mais de um terço de toda a produção automobilística argentina, como é o caso do Brasil? Do lado de cá da fronteira, a continuidade do acordo também interessa. É bem verdade que as vendas de veículos para o país vizinho engataram uma preocupante marcha a ré. Entre janeiro e novembro, caíram 15% na comparação com igual período no ano passado. A participação argentina nas exportações brasileiras de automóveis desceu ao menor nível em 30 anos. Ainda assim, no meio de uma crise sem tamanho e com uma brutal escassez de dólares, é um destino que responde por 27% das vendas das montadoras brasileiras no exterior. Ah, e mais: de uma forma sinuosa, Scioli tem feito o lobby pela moeda comercial do Brasil e Argentina. Isso resolveria o problema da falta de dólares. Mas a medida não é um “alakabum, mexicabum”. Ela tem outras implicações, que passam pelo Banco Central.

Dentro da Anfavea, o tema ganha ainda mais importância e premência pela perda de competitividade da indústria automobilística brasileira na América Latina como um todo. No ano passado, o Brasil perdeu para a China a liderança nas exportações de veículos na região. Em dez anos, o share dos asiáticos subiu de 4,6% para 21,2%, enquanto o das montadoras brasileiras caiu de 22,5% para 19,4%. De antemão, já se sabe que a diferença vai crescer neste ano: estimativas da própria Anfavea apontam para uma queda nas exportações de 12% em relação a 2022.

#América Latina #Argentina #Brasília #Daniel Scioli #embaixador #Indústria Automobilística

Pressão para as montadoras

31/03/2021
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Mais um fator de pressão sobre a indústria automobilística: a próxima rodada de reajuste dos preços do aço deve ficar acima dos 40%, o patamar médio da última renegociação, em janeiro. As siderúrgicas jogam a culpa no aumento dos preços do minério de ferro: a alta acumulada nos últimos 12 meses gira em torno dos 90%.

#Indústria Automobilística

A sustentabilidade é cara

6/02/2017
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A Tesla, fabricante de carros elétricos do bilionário Elon Musk, deverá trazer neste ano seu segundo modelo para o Brasil. Custará cerca de R$ 250 mil, uma bagatela frente aos R$ 780 mil do único veículo comercializado no Brasil até o momento, o 70D.

#Indústria Automobilística #Tesla

Nova rota

18/08/2016
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 A Renault está mexendo suas peças no tabuleiro da América do Sul. Na Argentina, acaba de anunciar o aumento de seus investimentos de US$ 600 milhões para US$ 800 milhões; no Brasil, está revendo o plano estratégico para o biênio 2016/2017. O desembolso deverá ser reduzido de R$ 1,8 bilhão para R$ 1,5 bilhão. Nos últimos três anos, a Renault contabilizou mais de R$ 3 bilhões em prejuízos no Brasil.

#Indústria Automobilística #Renault

Folga indesejável

7/07/2016
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 A montadora Chery está prestes a fechar um acordo de layoff na fábrica em Jacareí (SP). Os trabalhadores deverão ficar em casa até fevereiro do ano que vem, quando, então, os chineses esperam iniciar a produção de um novo modelo. A empresa não comenta.

#Chery #Indústria Automobilística

Sem crise na alemã Porsche

7/07/2016
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 Não tem crise para a Porsche no Brasil. O crescimento de 2% nas vendas da marca de luxo neste ano impediu que o grupo Volkswagen ultrapassasse a histórica marca de 40% de queda na comercialização de carros no mercado brasileiro. No embalo, a Porsche vai abrir suas primeiras revendas em Florianópolis, Campinas e Recife. Já tem lojas em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre.

#Indústria Automobilística #Porsche #Volkswagen

Quinta marcha

28/06/2016
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 O novo presidente da Anfavea, Antonio Megale, já tem sua primeira grande missão: usar a ainda potente máquina de lobby da entidade para convencer o governo a aumentar as alíquotas para a importação de veículos. A medida seria uma pancada para as empresas do setor sem produção no Brasil, a começar pela Kia Motors.

#Anfavea #Indústria Automobilística #Kia Motors

Pneu careca

24/06/2016
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 Encerrado o período de adesão ao programa de proteção ao emprego, a Yamaha parte para cortes radicais de custos, com demissões e encerramento de linha de produção. A crise é geral, mas é a empresa quem está acusando maiores perdas. A líder do setor Honda segue aumentando sua participação de mercado. As seguintes empresas não se pronunciaram: Yamaha

#Honda #Indústria Automobilística #Yamaha

Brasil e Argentina dão a partida em novo acordo automotivo

21/01/2016
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  Vem da Argentina uma rara notícia positiva para a indústria automobilística brasileira, setor que paralisou metade de suas linhas de produção e fechou quase 15 mil vagas de emprego em 2015. O presidente Mauricio Macri já sinalizou ao governo brasileiro que é favorável à elaboração de um novo acordo automotivo entre os dois países – o atual vence em junho. Mais importante ainda: Macri tem se mostrado disposto a rever as pesadas barreiras comerciais aos veículos brasileiros impostas por sua antecessora, Cristina Kirchner. Segundo o RR apurou, os primeiros encontros oficiais entre autoridades brasileiras e argentinas para discutir a questão devem ocorrer em fevereiro, inclusive com a provável vinda a Brasília do ministro da Fazenda de Macri, Alfonso Prat-Gay. Antes disso, há a expectativa de que Nelson Barbosa e Prat-Gay tenham uma conversa preliminar sobre o assunto ainda nesta semana em Davos, onde ambos se encontram para participar do Fórum Econômico Mundial. A renovação do acordo automotivo depende de uma série de negociações intrincadas que passam por três pontos fundamentais: adoção de cambio único, a eliminação da exigência de pré-autorização para exportação e a flexibilização dos limites de importação de automóveis brasileiros.  Do lado da iniciativa privada, o primeiro passo para a discussão do novo acordo automotivo entre os dois países foi dado na última segunda-feira. Dirigentes da Anfavea e da Adefa – associação que reúne as montadoras argentinas – se reuniram em Buenos Aires. Uma nova rodada de conversações está programada para o início de fevereiro. O presidente da Anfavea, Luiz Moan, confirmou ao RR que as duas entidades já começaram a alinhavar um documento com propostas conjuntas que será encaminhado aos governos do Brasil e da Argentina.  Nas estimativas da indústria automobilística brasileira, o novo acordo automotivo abriria caminho para um aumento da ordem de 20% nas exportações de veículos para a Argentina. No total das vendas de automóveis brasileiros para o exterior, o impacto positivo ficaria próximo dos 15%. Ressalte-se que a Argentina é o destino de quase dois terços de todos os carros exportados do Brasil. Com o mercado interno em queda livre – as vendas de veículos no país recuaram 26% no ano passado – , a revisão do acordo bilateral torna-se fundamental para evitar novos cortes de produção nas montadoras e mais uma onda de demissões no setor.

#Indústria Automobilística

Ponto morto

30/11/2015
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  Há fortes evidências de que a sul-coreana Ssangyong está deixando o Brasil. A montadora suspendeu a construção de uma fábrica e fechou dez de suas 50 revendas. A Districar, que representa a marca, confirma o cancelamento da fábrica, mas nega a saída do país.

#Districar #Indústria Automobilística

Você sabia?

26/11/2015
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 A Honda vende veículos ao Ministério Público com 10% de desconto.

#Indústria Automobilística

Iveco é um caminhão de pneus arriados

18/11/2015
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 Em 2016, Vilmar Fistarol completará 25 anos de Grupo Fiat, mas, ao que tudo indica, terá pouco ou nenhum motivo para celebrar a data. Uma dura combinação entre queda de receita, rentabilidade quase zero e decisões estratégicas vistas por seus superiores como equivocadas ameaça empurrar o executivo para longe do volante da CNH Industrial na América Latina, empresa que ele preside há pouco mais de dois anos. Os maiores problemas dizem respeito à performance da subsidiária Iveco, a fabricante de caminhões do conglomerado italiano. A situação chegou a tal ponto que a Fiat já teria interrompido o programa de investimentos da empresa: do R$ 1 bilhão que estava previsto, cerca de R$ 300 milhões teriam sido retidos pelos italianos em razão da piora do mercado brasileiro e do fraco desempenho da companhia.  Entre os grandes fabricantes de caminhões do Brasil, proporcionalmente a Iveco é quem mais tem sofrido os efeitos negativos da conjuntura econômica. A empresa perdeu o quinto lugar do ranking para a Scania. A queda acumulada das vendas no ano passa dos 50%, contra 44% do mercado como um todo. A montadora caminha para fechar 2015 com 5% de market share, contra 6,5% no ano passado, portanto, longe, muito longe da meta dos italianos de atingir 20% até 2018. Que o airbag proteja Vilmar Fistarol!

#CNH Industrial #Fiat #Indústria Automobilística #Iveco #Scania

Será mesmo?

13/05/2015
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A concorrência duvida, mas os chineses da Lifan garantem que pretendem construir uma fábrica no Brasil, mesmo com a crise na indústria automobilística.

#Indústria Automobilística

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