Tag: Hypermarcas

Segundo ato

29/09/2016
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 A Coty voltou à carga para comprar a Jequiti, fabricante de cosméticos de Silvio Santos. Há cerca de um ano, o Homem do Baú recusou uma oferta dos franceses de R$ 1 bilhão. Pouco depois, a Coty fechou a aquisição da divisão de cosméticos da Hypermarcas. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Coty e Jequiti.

#Coty #Hypermarcas #Jequiti #Silvio Santos

Hypermarcas se enrosca em perigosas ligações

11/05/2015
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O que começou como uma investigação aparentemente circunscrita a um hotel desativado no Rio de Janeiro pode se transformar num escândalo protagonizado por uma das grandes companhias abertas do país. A CVM, a Polícia Federal e o Ministério Público estão mergulhando no buraco negro das relações cruzadas entre a Hypermarcas, o contraventor Carlinhos Cachoeira e o ex-senador Demóstenes Torres. As autoridades empenham-se em juntar uma série de pequenos cacos que, uma vez colados uns aos outros, poderão revelar um tenebroso mosaico composto por negociações empresariais pouco ortodoxas, tráfico de influência e má gestão corporativa com potenciais riscos a acionistas minoritários. Os estilhaços já colocados sobre a mesa apontam para supostas ligações da fabricante de medicamentos, cosméticos e produtos de higiene e de seus dois principais acionistas – João Alves de Queiroz Filho (mais conhecido como “Junior”) e Marcelo Limírio Gonçalves – com negócios vinculados a Cachoeira e ao ex-parlamentar goiano, cassado em junho de 2012 justamente por conta de suas pretensas relações com o contraventor. Não é de hoje que as relações de “Junior” e Marcelo Limírio com Carlinhos Cachoeira e Demóstenes Torres são vistas como controversas e despertam suspeições. Goianos, a exemplo do contraventor e do ex-senador, os dois empresários construíram parte de suas fortunas no estado, um dos maiores polos farmacêuticos do país. No entanto, a questão recrudesceu ainda com mais força a partir de um negócio a léguas de distância da farmacologia. As autoridades passaram a investigar uma eventual ligação da Hypermarcas com a HN Empreendimento e Participações – sociedade criada por “Junior” e Limírio para administrar o prédio do antigo Hotel Nacional, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Há suspeitas de que Cachoeira seria sócio oculto da HN. Candidato único no leilão, Limírio arrematou o imóvel em condições bastante favoráveis: ofereceu um preço quase 30% inferior ao lance mínimo (R$ 118 milhões) e parcelou o valor em 60 vezes. A partir de então, as pontas puxadas nas investigações parecem ter um laço entre si. Todos os personagens envolvidos se encontram em algum ponto. Denúncias que chegam a  PF, ao MP e a  própria CVM – encaminhadas por acionistas minoritários da Hypermarcas – dão conta de que a empresa teria conexões com laboratórios farmacêuticos pertencentes a Cachoeira, entre eles o Vitapan. Limírio, por sua vez, seria sócio do contraventor em uma fabricante de testes para laboratórios, chamada ICF, e de Demóstenes em uma universidade em Minas Gerais. Na Hypermarcas, o assunto causa calafrios. Entre a alta direção, a percepção é que a companhia está a s portas de uma série crise institucional. Todos sabem onde a história começou – na porta do velho Hotel Nacional – mas é absolutamente impossível dizer onde pode terminar, sobretudo nestes tempos de denuncismo e busca obcecada por um novo escândalo a cada esquina. Não por acaso, os negócios paralelos de Limírio e “Junior” sempre foram um ponto de fricção entre a dupla e outros acionistas do grupo, sobretudo a Maiorem, dona de 14% do capital – a holding reúne as participações de quatro grandes investidores mexicanos, entre eles Alfredo Harp Helú, primo de Carlos Slim. Procurada pelo RR, a Hypermarcas não quis se pronunciar.

#Hypermarcas

Bionovis renega seus próprios princípios ativos

30/09/2014
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 Nem superlaboratório e muito menos nacional. Os dois princípios ativos da Bionovis, empresa de biotecnologia gerada nos tubos de ensaio do BNDES, estão se dispersando. Dois anos e meio após sua criação, a companhia controlada pelo quarteto Hypermarcas, EMS, Aché e União Química está longe de uma performance que justifique o prefixo “super”. Os testes e estudos clínicos de seus dois primeiros medicamentos, o Etanercept e o Rituxamabe, estão atrasados. O mesmo se aplica a  construção do laboratório de pesquisa e desenvolvimento e da primeira fábrica. Somente em julho deste ano, o Bionovis anunciou o local dos dois empreendimentos, que ficarão no Rio Janeiro. Pôs na prateleira duas embalagens com data de validade vencida: pelo cronograma original, esta definição deveria ter ocorrido até o fim de 2012. Diante das circunstâncias, os acionistas da companhia já não fazem qualquer questão de que a farmacêutica mantenha o selo “100% nacional”. Hypermarcas, EMS, Aché e União Química entendem que a entrada de um sócio estrangeiro é fundamental para capitalizar a empresa, agregar tecnologia e acelerar o desenvolvimento de produtos. Neste caso, todas as bulas apontam para um remédio praticamente caseiro: a Merck. Oficialmente, a Bionovis nega a operação. Mas não custa lembrar que os dois laboratórios já mantêm uma parceria voltada a  produção e comercialização de medicamentos biológicos para câncer, esclerose múltipla e artrite reumatoide. Mais do que o aporte necessário para a construção da fábrica, a associação com o Merck permitiria ao Bionovis um salto na área de pesquisa e desenvolvimento. Certamente, Hypermarcas, EMS, Aché e União Química já estão tratando de buscar as bênçãos do BNDES para a operação, se é que já não o fizeram. Embora não tenha ficado com uma participação direta no capital, o banco está indissociavelmente ligado ao Bionovis. Além de “pai da criança”, é potencial financiador dos projetos da empresa, a começar pela construção da fábrica no Rio, orçada em R$ 250 milhões. A área técnica do BNDES está dividida diante da proposta de entrada de um forasteiro na Bionovis. Natural, uma vez que a presença de um sócio estrangeiro contraria a premissa do controle nacional, que pautou a criação da empresa. Ainda assim, segundo o RR apurou, dentro do banco a corrente pró-associação com a Merck leva ligeira vantagem. Os sócios da Bionovis agradecem. O temor do quarteto é que a empresa repita a saga do outro “superlaboratório” criado sob os auspícios do BNDES, o Oyrgin. Dos quatro sócios originais, apenas dois permanecem no projeto: Biolab e Eurofarma.

#Aché #BioNovis #BNDES #EMS #Hypermarcas #Merck

Hypermarcas e EMS disputam cada comprimido do BioNovis

4/07/2013
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 É cada vez maior a preocupação do BNDES com os rumos do BioNovis – o “superlaboratório” nacional criado a partir da associação entre EMS, União Química, Hypermarcas e Aché. Ainda em fase pré-operacional, a empresa parece um país em guerra civil. Além das desavenças entre as famílias acionistas do Aché, por conta do tumultuado processo de venda da empresa, e do contencioso entre Fernando Castro Marques, dono da União Química, e seus irmãos Paulo e Cleiton, do Biolab, há um novo embate, envolvendo diretamente os outros sócios do BioNovis. Hypermarcas e EMS vêm duelando em busca de maior poder na companhia – não obstante a divisão isonômica do capital entre os quatro acionistas. Um dos alvos seria o presidente do “superlaboratório”, Odnir Finotti, que, apesar do aval proforma de todos os acionistas, só assumiu o posto por causa do empurrão do BNDES. Aproveitando-se do momento de fragilidade da União Química e do Aché, a s voltas com conflagrações dentro de suas fronteiras, Hypermarcas e EMS estariam se digladiando para indicar um nome de sua confiança para o comando do BioNovis. No BNDES, há quem enxergue, por trás desta disputa corporativa, um confronto estritamente pessoal. O “superlaboratório” seria pequeno demais para abrigar os supergos do empresário Carlos Sanchez, todo-poderoso do EMS, e de Claudio Bergamo, presidente da Hypermarcas e braço-direito do acionista controlador da companhia, João Alves de Queiroz Filho, o “Junior”. Pode até ser. O fato é que, seja na física, seja na jurídica, Hypermarcas e EMS teriam outro forte motivo para guerrear, este ainda mais decisivo para determinar o jogo de forças do BioNovis do que apenas uma troca de presidente. Bergamo estaria se movimentando junto ao BNDES na tentativa de derrubar uma cláusula do acordo de acionistas que prevê a redistribuição do capital em caso de venda de uma das empresas sócias do “superlaboratório”. Legisla em causa própria. Após uma primeira investida, no fim do ano passado, a Hypermarcas teria retomado no início de junho as conversações para a compra do Aché. Caso consiga derrubar a “pílula de veneno” do BioNovis com a eventual aquisição, a Hypermarcas passaria a ter 50% do capital do “superlaboratório”, empurrando EMS e União Química para os fundos da farmácia. Não é uma manobra simples. A mudança precisaria da aprovação dos demais acionistas. Antes disso, o mais provável é que o BNDES entre em campo para colocar cada um no seu devido lugar. Não é para fomentar um grupo de guerrilheiros que o banco está financiando os mais de R$ 600 milhões necessários a  implantação do novo laboratório. Procurado pelo RR, o BioNovis não quis se pronunciar.

#Aché #BioNovis #EMS #Hypermarcas

Aché 1

30/04/2013
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 Surgiu uma nova possibilidade de desfecho para o conturbado processo de venda do Aché. Hypermarcas, EMS e União Química – sócias da empresa no BioNovis, um dos “superlaboratórios” criados sob os auspícios do BNDES – estariam costurando uma oferta conjunta a s famílias Sialyus, Baptista e Depieri, controladoras da companhia.

#Aché #BioNovis #EMS #Hypermarcas

Acervo RR

JBS e Amparo lideram corrida por ativos da Hypermarcas

7/07/2011
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 Acostumada a comprar ativos na velocidade da luz, desta vez a Hypermarcas está causando rebuliço do outro lado do balcão. Há uma intensa disputa pelas marcas Assim (linha de sabões) e Assolan (palha de aço), colocadas a  venda pelo empresário João Alves de Queiroz Filho, o ?Junior?. O que está em jogo é um duelo por duas unidades de negócio que, somadas, faturam quase R$ 1 bilhão por ano. A JBS e a Química Amparo puxaram o gatilho primeiro. Já teriam apresentado uma oferta pelas marcas. A Amparo, controlada pela família Beira, é fabricante dos sabões e detergentes Ypê. Por sua vez, a JBS, mais conhecida pela sua atuação no mercado de carnes e pela ligação umbilical com o BNDES, tem feito pesados investimentos nas áreas de higiene e limpeza. Há dois meses, desembolsou R$ 350 milhões na aquisição dos ativos do Grupo Bertin nestes dois segmentos. O páreo não se resume a  JBS e a  Química Amparo. Correm por fora a Unilever e o fundo inglês Actis. A multinacional enxerga na operação a oportunidade de aumentar seu portfólio nos segmentos de alvejantes e de detergentes em pó, caso da Assim. A aquisição da Assolan, por sua vez, seria o bilhete para a entrada do grupo anglo-holandês no mercado brasileiro de palha de aço. Já o Actis, que administra mais de US$ 8 bilhões em ativos, entrou no duelo pelas duas marcas em nome da fabricante de produtos de limpeza Gtex. No ano passado, o private equity inglês investiu quase R$ 100 milhões na compra de uma participação na companhia paulista. A intenção do fundo é usar a Gtex como ponto de partida para a criação de uma holding no setor de higiene e limpeza, transformando-a, guardadas as devidas proporções, em uma espécie de Hypermarcas de bolso. O setor de consumo é justamente a menina dos olhos do Actis no Brasil. Também no ano passado, o fundo investiu cerca de R$ 105 milhões na compra de uma participação na rede de supermercados CDS, que atua no Paraná e em Mato Grosso do Sul. A Hypermarcas espera amealhar algo em torno de R$ 700 milhões com a venda da Assim e da Assolan. A negociação faz parte da estratégia do grupo de se concentrar nas áreas de saúde e bem-estar, desfazendo- se de ativos nos segmentos de higiene e limpeza. A Hypermarcas também vai reduzir seu portfólio no setor de alimentos. No momento, procura um comprador para a marca de atomatados Etti.

#BNDES #Hypermarcas #JBS

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