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Futebol
Ronaldo encontra na XP um parceiro de ataque ideal
3/05/2024Ronaldo Nazário não fez toda a jogada sozinho. O fenomenal lucro obtido com a venda da SAF do Cruzeiro foi resultado de uma combinação de fintas desconcertantes e passes curtos trocados entre o ex-jogador e a XP Investimentos. Em 2022, o banco foi o adviser da criação da SAF e da posterior venda de 90% das ações para Ronaldo. A XP tem por estilo de comunicação não comentar ou mesmo confirmar o que corre no mercado. Mas, o RR apurou que o modelo da operação parece ter sido feito sob encomenda para deixar o craque na cara do gol. Os termos do contrato, que atrelavam os aportes ao aumento progressivo das receitas do Cruzeiro, permitiram a Ronaldo desembolsar pelo negócio apenas R$ 50 milhões. Dois anos depois, o ex-jogador receberá R$ 500 milhões pela venda da SAF ao empresário Pedro Lourenço, dono dos Supermercados BH. De tão frutífera que foi, é bem capaz de Ronaldo querer repetir a tabelinha com a XP na venda do Valladolid, da Espanha, já anunciada por ele.
Futebol
Cruzeiro prepara emissão de dívida para reverter o placar
9/11/2023A direção da SAF do Cruzeiro conversa com bancos de investimento com o objetivo de realizar uma emissão de dívidas. A operação se daria com o lançamento das chamadas debêntures-fut, mecanismo de captação previsto na Lei das Sociedades Anônimas do Futebol. O objetivo principal é o pagamento de dívidas de curto prazo, dentro do plano de recuperação judicial, homologado pela Justiça em agosto. Controlada por Ronaldo Fenômeno, a SAF do Cruzeiro entrou em RJ com um passivou superior a R$ 530 milhões. A empresa se compromete a pagar quase R$ 100 milhões até dezembro de 2025.
Esportes
Ronaldo busca um sócio para o Cruzeiro
4/01/2023Ronaldo Fenômeno aproveitou sua recente passagem pelo Catar para manter conversações com investidores do Oriente Médio. O agora empresário busca um sócio para o Cruzeiro. Ronaldo é dono de 90% da SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Estaria disposto a vender até 20% do capital. A “brincadeira” é cara. A SAF assumiu mais de R$ 1 bilhão em dívidas do clube mineiro. Executivos da empresa estão no meio de um complexo processo de negociação com os credores, na tentativa de reduzir esses débitos à metade.
Ronaldo busca um parceiro de ataque
26/09/2022Ronaldo vai intensificar a busca de um novo sócio para a SAF do Cruzeiro. O “Fenômeno” tem conversas em andamento com investidores do Oriente Médio. Em pauta, a venda de até 20% da sociedade – o ex-jogador detém 90% das ações. Em um exercício meramente hipotético, com base no valuation utilizado para a venda da SAF a Ronaldo, essa fatia estaria avaliada em aproximadamente R$ 90 milhões. A busca por capital novo parte da premissa de que o Cruzeiro terá de aumentar seus investimentos em 2023, com a volta à Série A. O ano de 2022 foi marcado por um “ajuste fiscal” de dar gosto a Paulo Guedes. Em sua primeira temporada como controlador, Ronaldo cortou investimentos, reduziu salários e deu prioridade ao pagamento de dívidas.
Tabelinha
23/08/2022Corre no mundo da bola a informação de que Ronaldo Fenômeno busca no Oriente Médio e na Ásia um comprador para até 20% da SAF do Cruzeiro. O ex-atleta detém 90% do capital.
Casa própria
29/07/2022Ronaldo Fenômeno, dono da SAF do Cruzeiro, saiu a campo em busca de investidores para a construção de um novo estádio para o clube mineiro. Seria uma resposta ao rival, Atlético, que está erguendo uma arena com o apoio da MRV, de Rubem Menin.
Na conta do Fenômeno
15/06/2022Sinal de alerta para os investidores da bola: a SAF do Cruzeiro, leia-se Ronaldo Fenômeno, já soma mais de 50 ações trabalhistas de antigos funcionários do clube mineiro. São processos que, em tese, deveriam permanecer contra o clube associativo. A questão é que a Lei da SAF tem se revelado uma zona cinzenta em relação às dívidas trabalhistas.
Banco de reservas
1/04/2022O fundo norte-americano DaGrosa Capital Partners está aquecendo à beira do gramado: tem interesse na compra da SAF do Cruzeiro caso o acordo com Ronaldo Fenômeno vá para o vinagre.
XP vira-casaca?
23/03/2022A diretoria do Cruzeiro ameaça romper o contrato com a XP, adviser da venda do futebol do clube para Ronaldo Fenômeno. Para os cartolas, a instituição financeira parece que trabalha para o ex-jogador e não para o clube. De acordo com a mesma fonte, a XP estaria assinando embaixo de todas as exigências de Ronaldo para seguir com a compra da SAF do Cruzeiro.
Marca do pênalti
22/02/2022Aos poucos Ronaldo Fenômeno está descobrindo onde se meteu: desde que anunciou a compra de 90% do futebol do Cruzeiro, o ex-atacante já pagou do próprio bolso mais de R$ 40 milhões em dívidas do clube para evitar execuções judiciais.
Passivo tributário é uma bola dividida entre SAF e investidores
24/01/2022Quem vai pagar a dívida dos clubes brasileiros junto à União – uma cifra total da ordem de R$ 5 bilhões? Segundo o RR apurou, esta é uma bola dividida que tem provocado tensão e gerado atrasos nas negociações para a compra tanto do Botafogo quanto do Cruzeiro. Isso porque a Lei das SAF (Sociedade Anônima do Futebol) criou um perigoso ponto cego em relação ao passivo tributário dos clubes. A princípio, em caso de venda do de apartamento de futebol, esses débitos permaneceriam nas mãos do devedor original, isto é, os clubes associativos.
No entanto, de acordo com a mesma fonte, bancos e investidores envolvidos nas duas negociações já estão de posse de pareceres jurídicos que apontam na direção contrária. Ou seja: existe, sim, o risco de os acionistas da SAF serem futuramente responsabilizados pelas dívidas tributárias caso a agremiação não honre os pagamentos junto à União. Significa dizer que, no fim das contas, a parte “boa” e a parte “podre” da laranja continuariam sendo uma fruta só. Esse entendimento se baseia, sobretudo, no Código Tributário Nacional, mais precisamente em seus Artigo 131, 132 e 133, que tratam da responsabilidade dos sucessores sobre débitos.
O Art. 133, em seu parágrafo I, por exemplo, diz que a pessoa jurídica que adquirir “estabelecimento comercial” assume as dívidas tributárias “integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade”. É exatamente o caso em questão: ao criar e vender o controle da SAF, o clube associativo “cessa” a atividade, ou seja, o futebol. Diante dessa ameaça, os assessores do norte-americano John Textor e do ex-Ronaldo Fenômeno, candidatos, respectivamente, à compra do Botafogo e do Cruzeiro, estão quebrando a cabeça.
Buscam um modelo de negócio que afaste ou ao menos reduza esse risco fiscal e encaixe essas dívidas no valuation dos ativos. Não é uma conta simples de ser feita. O clube carioca tem cerca de R$ 175 milhões em débitos fiscais. O Cruzeiro, R$ 300 milhões. Recentemente, ressalte-se, ambos fecharam acordos com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para reduzir esses valores. No entanto, a renegociação cai por terra se os pagamentos deixarem de ser honrados. Em tempo: no limite, a conta pode cair no colo de sempre, o da Viúva, se os clubes associativos e os donos das respectivas SAFs mergulharem em uma disputa judicial empurrando um para o outro o pagamento de dívidas tributárias. Não é um cenário que deva ser desprezado.
O verdadeiro “fenômeno” ainda está por chegar no Cruzeiro
22/12/2021O prometido aporte de R$ 400 milhões no Cruzeiro não será uma jogada individual de Ronaldo Nazário. Segundo uma fonte que participa das negociações, o “Fenômeno” estaria buscando sócios para consumar a compra de 90% da SAF (Sociedade Anônima de Futebol) do clube mineiro. Um dos possíveis parceiros seria o empresário iraniano Kia Joorabchian. Caberia a ele carrear recursos entre investidores internacionais, notadamente ingleses e russos. O risco da operação é alto, seja por se tratar do primeiro negócio firmado com base na nova legislação, seja pelo rombo financeiro dos mineiros. Até o momento, por exemplo, Ronaldo não detalhou o plano de equacionamento do passivo do clube, da ordem de R$ 1 bilhão. Kia Joorabchian já conta uma passagem, controversa, pelo futebol brasileiro: ele era o homem forte da MSI no país. A empresa, com sede em Londres, foi parceira do Corinthians entre 2004 e 2007. Logo depois, o Ministério Público acusou a MSI de participar de um esquema de lavagem de dinheiro. À época, a Justiça chegou a pedir a prisão do iraniano. Kia foi apontado como testa de ferro do magnata Boris Berezovski, encontrado morto em seu apartamento em Londres, em 2013.
O dia em que a XP chutou a própria canela
15/12/2021Ou a XP controla as parlapatices de seu sócio Pedro Mesquita ou as portas do futebol brasileiro gradativamente vão se fechar à instituição. Um tweet postado ontem, às 8h11, por Mesquita foi recebido no Cruzeiro e em outros clubes como uma espécie de chantagem ou algo que o valha. Na postagem, o executivo disse textualmente que, se a agremiação mineira não aprovar a venda do seu controle na sexta-feira, “nós da XP deixaremos o comando do processo, pois será inviável realizar uma transação que seja interessante para o futuro do clube”. Talvez nunca tenha se visto uma empresa colocar a faca no pescoço de um cliente dessa maneira e publicamente. O tweet escancarou a má impressão que Mesquita tem deixado no business do futebol. Segundo o RR apurou, em reuniões com profissionais do mercado, o sócio da XP costuma chamar a atenção pelo desconhecimento em relação à dinâmica financeira dos clubes e aos critérios de valuation dos ativos. Em um desses encontros, causou espanto ao sugerir que a precificação de uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF) poderia se dar com base no número de seguidores de um time nas redes sociais.
O Cruzeiro tem dono
10/12/2021Na prática, antes mesmo de virar SAF (Sociedade Anônima do Futebol), o Cruzeiro já se transformou em “clube-empresa”. No caso, “empresa” de Pedro Lourenço Junior, dono do Supermercado BH, principal patrocinador do time. Hoje, Lourenço manda e desmanda na gestão do clube mineiro. As divididas com a XP, consultora do Cruzeiro, têm sido constantes.
Jogo duro
9/11/2021Nos bastidores do Cruzeiro, XP Investimentos e Alvarez Marsal travam uma disputa de poder. Duelam pelo comando da transformação do clube em SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e na busca de investidores.
À beira do gramado
19/10/2021O Cruzeiro avança nas discussões internas para a sua transformação em clube-empresa: a ideia é vender até 49% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), criada a partir do spinoff dos ativos do futebol.
Take over F.C.
7/10/2021O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, é tratado dentro do próprio clube como o “regra três”. O consenso é que quem manda mesmo é Pedro Lourenço, dono do Supermercado BH, mecenas e principal patrocinador do time mineiro.
Vem aí o “Brasileirão” da recuperação dos clubes
17/08/2021O futebol brasileiro vai disputar sua partida mais importante. A lei 5.516/2019, que autoriza o surgimento de clubes-empresa no país por meio da criação das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), abre uma bifurcação sem precedentes para o saneamento dessas agremiações. De um lado, a possibilidade de captação de funding por meio do mercado de capitais; do outro, as condições para reduzir um passivo bilionário a patamares confortáveis. Entre os próprios dirigentes, há um entendimento, inclusive, de que este deverá ser o primeiro grande efeito positivo da lei: antes até mesmo de estimular uma tão aguardada onda de investimentos no futebol, a nova legislação resultará em uma temporada de pedidos de recuperação judicial, algo até então vedado a clubes de futebol.
Segundo o RR apurou, Botafogo e Cruzeiro – ambos em grave crise financeira, com dívidas próximas a R$ 1 bilhão – são os principais candidatos a puxar a fila da recuperação judicial. O clube mineiro, inclusive, já contratou a Alvarez & Marsal, consultoria especializada em RJs. Procurados, Botafogo e Cruzeiro não se manifestaram. Ressalte-se que o carry over é pesado: os 15 clubes de maior faturamento do país, por exemplo, somam uma dívida superior a R$ 14 bilhões. A lei prevê duas formas de adesão ao novo regime jurídico. A agremiação poderá se transformar integralmente em SAF. Ou, então, optar por uma separação de suas atividades: de um lado, permaneceria apenas o clube social exatamente como é hoje, ou seja, uma entidade sem fins lucrativos; do outro, surgiria a sociedade anônima, com o departamento de futebol e seus ativos (direitos econômicos de atletas, patrocínios, contratos de transmissão etc).
No segundo caso, ele terá, na partida, 100% do capital da SAF. Tanto em um cenário quanto no outro, a capitalização virá por meio da emissão de ações ou de debêntures dessa nova sociedade. Ressalte-se que não há limites ou mesmo obrigação de oferta. Se quiser, o clube pode manter 100% da SAF sob sua propriedade como também pode ofertar todas as ações em mercado. Nesse caso extremo, por exemplo, o “Flamengo social” não teria mais qualquer vínculo societário com o “Flamengo futebol”. Não deve ser este o cenário mais provável. Difícil imaginar que os cartolas aceitem abrir mão por completo do futebol. A tendência é que a maior parte dos clubes ofereça em mercado apenas um pedaço da SAF.
Simples não é. O RR conversou com alguns dirigentes. No próprio meio do futebol ainda há muita “bateção” de cabeça em relação à nova legislação. A lei 5.516/2019 carrega pontos cegos, ainda pendentes de regulação. Uma das questões mais controversas diz respeito à hipótese de cisão entre o clube social e a SAF. Nesse caso, ressalte-se, todo o passivo permanecerá com a agremiação; a SAF não herda um centavo das dívidas. Pela lei, 20% de todos os ganhos do clube provenientes da Sociedade Anônima (venda de ações ou dividendos) terão de ser obrigatoriamente revertidos para o pagamento de dívidas.
Será necessária uma fiscalização rigorosa para que um clube social eventualmente não desvie esse dinheiro para outra finalidade. Tradicionalmente dirigentes de futebol no Brasil não costumam ser tão retos na aplicação de recursos. Os agentes financeiros estão cansados de conhecer a maior ameaça desse modelo de cisão: os ativos vão para uma nova companhia e a banda podre fica dentro de uma empresa-casca, sem qualquer garantia de pagamento dessas dívidas. Outra zona cinzenta da nova lei diz respeito às regras de governança.
Pela legislação, nos casos de cisão dos ativos do futebol, a gestão da SAF será independente e desvinculada da diretoria do clube social. Será? Mais uma vez, o risco é a natureza dos cartolas e os vícios quase atávicos do futebol brasileiro. Como estabelecer essa chinese wall enquanto o clube mantiver alguma participação relevante na Sociedade Anônima? Quem garante que os investidores, mesmo detendo 51% do controle ou até mais, terão autonomia, por exemplo, para trocar um treinador ou vender um atleta sem ingerência do clube e de seus dirigentes?
Raposa
26/11/2020No meio da mais grave crise da sua história, o Cruzeiro tem feito estudos para se transformar em clube empresa.
Os tostões do Cruzeiro
29/10/2019A agenda criminal que cerca o Cruzeiro, com investigação policial e afastamento de dirigentes, já começa a ter graves consequências para o caixa do clube. O Digi+ não renovará o acordo de patrocínio master com os mineiros. No máximo, ocupará um espaço menos nobre na camisa, a valores mais modestos. O Cruzeiro já busca um substituto. A missão está a cargo do cartola e ex-senador Zezé Perrela, que assumiu a gestão com o enfraquecimento do presidente Wagner Sá.