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Atrasos do INSS causam prejuízos a bancos responsáveis pelo pagamento de aposentados
11/04/2023Como se não bastasse a polêmica redução dos juros do consignado para aposentados e pensionistas, há um novo ponto de fricção entre o governo e a banca privada relacionado ao INSS. Instituições financeiras responsáveis pelo pagamento dos benefícios da Previdência Social têm cobrado uma solução para o enorme volume de pedidos de aposentadoria represados na autarquia. São mais de cinco milhões de solicitações que estão paradas à espera da análise do INSS. Trata-se de um expressivo contingente de potenciais clientes que escapam entre os dedos dos bancos em razão da morosidade da máquina pública. Em 2019, Santander, Crefisa, Agibank. Itaú, BMG e Mercantil do Brasil venceram o leilão e assumiram o pagamento de todos os novos benefícios concedidos entre 2020 e 2024. No total, 23 bancos disputaram a licitação, realizada estado por estado. O sexteto vencedor ofereceu, em média, um ágio de 612%, número que dá a dimensão do interesse da banca pelo negócio.
As seis instituições financeiras se comprometeram a pagar ao INSS cerca de R$ 24 bilhões ao longo de cinco anos. O valor do dote foi calculado com base na estimativa de que cinco milhões de novos aposentados e pensionistas entrariam na base de dados dos bancos a cada ano. Bulhufas. Entre 2020 e 2022, dos mais de 15 milhões de beneficiários projetados, apenas a metade ingressou no sistema, ou seja, uma média de 2,5 milhões por ano. Tudo em razão da letargia do Instituto em analisar os pedidos de benefício, uma bola de neve que cresceu durante o governo Bolsonaro – e, até agora, ainda não deu qualquer sinal de que derreterá na gestão Lula. Ou seja: os seis bancos que ganharam a licitação estão pagando por algo que não vêm recebendo. Com isso, a conta não fecha. O grande apelo para administrar a folha do INSS é justamente a possibilidade de oferecer produtos financeiros a aposentados e pensionistas. Consultado pelo RR sobre as perdas causadas pela lentidão da Previdência Social, o Mercantil do Brasil disse que “essas informações são de uso e controle interno e que não divulga esse tipo de dado. Por essa razão, a instituição não irá se manifestar sobre o assunto.” Também procurados, os demais bancos responsáveis pelo pagamento dos benefícios do INSS não se manifestaram.
Mais uma na praça
22/12/2021A financeira Crefisa, de José Roberto Lamacchia e Leila Pereira, planeja criar sua própria fintech. Além da abertura de contas, o grupo mira no disputado segmento de meios de pagamento.
Linha de crédito para Abel Ferreira
30/11/2021A Crefisa vai aumentar o valor do patrocínio ao Palmeiras. Com isso, o clube colocará sobre a mesa a maior proposta já feita a um técnico no Brasil na tentativa de manter o português Abel Ferreira, bicampeão da Taça Libertadores. Em tempo: Crefisa e Palmeiras são praticamente uma coisa só. Leila Pereira, presidente da financeira, assumirá o comando do clube em 15 de dezembro.
A governança foi chutada para longe
29/10/2021O Palmeiras vai disputar a final da Libertadores com um olho na sala de troféus e outro no balanço. A premiação pelo título será fundamental para o clube abater a dívida com os seus maiores credores. O caso mais inusitado é o da Crefisa, patrocinadora master da equipe. O Palmeiras deve R$ 160 milhões à financeira e pretende reduzir esse passivo em R$ 50 milhões ao fim deste ano. Mas, será que diante das relações cada vez mais incestuosas com a empresa, isso será mesmo necessário? Leila Pereira, presidente da Crefisa, é candidata única ao comando do Palmeiras nas eleições de 20 de novembro. Ou seja: a partir de janeiro de 2022, usará o duplo chapéu de credora e devedora.
Duplo chapéu
14/08/2020Além de patrocinadora, a Crefisa é hoje um dos maiores credores do Palmeiras. A dívida do clube com a financeira de José Roberto Lammachia já estaria na casa dos R$ 180 milhões. Parcerias como essa no futebol não costumam acabar bem, vide Fluminense e Unimed.
O “dono” do Palmeiras
31/01/2017O empresário José Roberto Lamacchia – dono da Crefisa e da Faculdade das Américas, ambas patrocinadoras do Palmeiras – já revelou a pessoas próximas a disposição de também assumir a gestão da Allianz Arena. É praticamente um projeto de “take over” do clube paulista, que passa pelo caixa e pelo poder político. Além do patrocínio, de R$ 78 milhões/ano, a esposa de Lamacchia, Leila Pereira, já anunciou publicamente que vai se candidatar à presidência do Palmeiras em 2019. Em tempo: hoje a gestão da Allianz Arena está nas mãos do empresário Walter Torre, citado na Lava Jato. Lamacchia tem, digamos assim, um currículo mais modesto: é acusado de ter fraudado uma assembleia de acionistas para assumir o controle da Faculdade das Américas.
Será que a Crefisa marcou um gol contra?
19/02/2015As paredes da Crefisa sabem o quanto os executivos da financeira alertaram o empresário José Roberto Lamacchia sobre os riscos de pisar em novos gramados. Se, por um lado, o milionário e recém-fechado patrocínio ao Palmeiras deverá garantir uma exposição na mídia que a companhia jamais teve, por outro, traz a reboque um efeito colateral: a ameaça de lançar luz sobre o telhado de vidro de Lamacchia. Nos últimos anos, o empresário vem protagonizando alguns episódios rumorosos. Em 2012, foi citado na Operação Pouso Forçado, deflagrada pela Polícia Federal e pela Receita para apurar sonegação de impostos na compra de jatinhos. Agora, o dono da Crefisa tem nos seus calcanhares o Ministério da Educação (MEC). A Faculdade das Américas (FAM), controlada por Lamacchia, é acusada de tentar jogar uma bola entre as pernas do MEC e oferecer curso de Medicina na unidade de São Bernardo do Campo sem autorização da Pasta – apenas o campus de São Paulo estaria licenciado para tal. Lamacchia, aliás, não faz por menos: a FAM também deverá patrocinar o Palmeiras. Parafraseando o saudoso Vicente Matheus, lendário presidente do arquirrival Corinthians, exposição é uma faca de “dois legumes”. O temor dos executivos da Crefisa é que o tiro saia pela culatra e o patrocínio ao Palmeiras acabe custando a empresa bem mais do que os R$ 23 milhões previstos em contrato. Ressalte- se que a financeira vive um momento de extrema prosperidade. Nos últimos anos, sua carteira de crédito tem crescido, em média, 20%. Como empresta para clientes negativados, enxotados por bancos e congêneres, a empresa tira proveito dos momentos de repique da taxa de inadimplência. Ou seja: para a Crefisa, quanto pior, melhor. A assertiva, no entanto, não se aplica a sua reputação, nem a de seu acionista controlador.