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Governo
Conselho Nacional de Educação já vive ambiente eleitoral
15/07/2024Política
Guedes e Mantega fazem do BID a rinha dos seu despautérios
14/11/2022O ex-presidente do BC, Ilan Goldfajn, foi sabatinado ontem para a presidência do BID. Deverá ser eleito no próximo domingo. Goldfajn é um quadro altamente qualificado. Esse é o novelo da história. O Valor Econômico de hoje praticamente bate o martelo do assunto. Mas o fio desencapado está no processo de indicação e no comportamento dos atores envolvidos. A história é tão non sense que vale a pena explorar suas nuances e despautérios. Guardadas as devidas ressalvas, Ilan Goldfajn e Elizabeth Guedes estão no mesmo balaio – o RR noticiou as vergonhosas minisagas de ambos em primeira mão – ver.
Assim como no caso da nomeação da própria irmã para o Conselho Nacional de Educação, nos estertores do governo, a mesma corrida para indicação e a insistência no nome de Goldfajn para a presidência do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) só demonstra a gula do ministro Paulo Guedes para a ocupação de cargos ao apagar das luzes da sua gestão. Ressalte-se que essa sofreguidão começou duas semanas antes das eleições. Nesse afã aparelhista, Guedes está atropelando praxes que deveriam ser respeitadas nesse processo, sobretudo tratando-se de um governo já com prazo de validade estabelecido. Primeiramente, o ministro e o presidente Jair Bolsonaro registraram oficialmente a candidatura de Goldfajn sem qualquer consulta à oposição. Há exemplos muito mais civilizados vindos do exterior, em que governantes, em períodos eleitorais, aguardaram o resultado do pleito, combinando devidamente com a agência multilateral, ou consultaram seus oponentes antes de uma indicação dessa natureza. Foi o caso do então presidente Nicolas Sarkozy, de direita, que indicou Dominique Strauss-Kahn, um socialista, para a presidência do FMI.
Em mais um procedimento fora dos padrões, o governo brasileiro indicou Ilan Goldfajn sem consultar outros países da região. Historicamente, candidaturas como essa são construídas em consenso, por meio de costuras diplomáticas. Segundo o RR apurou, o Brasil sequer analisou nomes indicados por outras nações latino-americanas, dentro do critério de analisar a melhor opção para a região como um todo.
Ressalte-se ainda que a pressa e a teimosia de Paulo Guedes jogam contra o próprio potencial de representatividade do Brasil em grandes organismos multilaterais. Ilan Goldfajn dirige atualmente o departamento do FMI responsável pelos programas do Fundo para todas as Américas. Trata-se de um posto estratégico. Seria mais proveitoso ter indicado ou trabalhado a candidatura de outro nome para o BID, sem abrir mão da presença de Goldfajn no FMI. Diante da oportunidade de fazer o próximo presidente do Banco Interamericano, o país passaria a ter dois representantes em altos postos internacionais. Por outro lado, é inacreditável a participação bizarra e deselegante do ex-ministro Guido Mantega, que sem ter nenhuma representatividade ou função definida no futuro governo – oremos que faça parte só do grupo de transição – escreveu uma carta de punho próprio à secretaria do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, condenando o nome de Goldfajn, como se tivesse autoridade para tal. Quem é Mantega para proceder dessa maneira?. Como pode isso? O resultado é que a tacanha iniciativa fortaleceu o nome de Ilan Goldfajn junto aos Estados Unidos e demais grandes sócios do BID.
De qualquer forma, Inês é morta. A eleição será na próxima semana, e, independentemente de trololó ou patati patatá na imprensa, o ex-presidente do BC e atual diretor do FMI, Ilan Goldfajn, já está eleito. Agora é permanecer atento e forte, como cantava Gal Costa, vigiando se Paulo Guedes seguirá loteando os cargos do governo em causa própria e torcendo para que Mantega seja interditado em alguma embaixada distante, no governo do PT.
Evangélicos também perseguem captura ideológica da Educação
23/03/2022O take over do Ministério da Educação pelo “Gabinete da Fé” não se limita à possível obtenção de verbas – negada ontem em nota pelo ministro Milton Ribeiro. Segundo o RR apurou, o grupo de líderes evangélicos que assessora informalmente Ribeiro está empenhado em uma nova missão: influenciar na escolha dos futuros 12 integrantes do Conselho Nacional de Educação. As tratativas sobre o assunto estariam sendo conduzidas, sobretudo, pelo pastor Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil.
Nomes de candidatos vinculados a congregações neopentecostais já circulam nos gabinetes da Pasta. Um dos cotados é Benedito Guimarães, ligado à Universidade Presbiteriana Mackenzie, assim como o próprio Ribeiro. Na gestão do atual ministro, Guimarães já ocupou a presidência do Capes. Procurado, o Ministério da Educação não se pronunciou.
A sucessão no Conselho Nacional de Educação se dará apenas em outubro, mas os líderes evangélicos trabalham, desde já, para emplacar o maior número de indicações no colegiado. Tentam ocupar um espaço na Educação que já pertenceu a seguidores de Olavo de Carvalho. Entre outros interesses, caberá à Câmara de Educação Básica, um dos dois órgãos que formam o Conselho Nacional, a revisão da Base Nacional Comum Curricular. Em linhas gerais, o documento indica o conteúdo escolar que será levado aos estudantes, notadamente da rede pública. O objetivo dos líderes evangélicos é garantir que a Base Curricular tenha um viés conversador.
Sala de aula dividida
16/10/2020A recomendação do Conselho Nacional de Educação para que os alunos sejam automaticamente aprovados por conta da pandemia encontra resistência no Ministério da Educação. Segundo fonte da própria Pasta, o ministro Milton Ribeiro deve anunciar uma decisão em relação às escolas federais até o início de dezembro.
Acervo RR
Quadro negro
28/08/2020Segundo informações filtradas do Conselho Nacional de Educação, o colegiado projeta que o segmento de ensino superior vai fechar o ano com um terço a menos de postos de trabalho em relação a dezembro de 2019.
Quadro negro
28/08/2020Segundo informações filtradas do Conselho Nacional de Educação, o colegiado projeta que o segmento de ensino superior vai fechar o ano com um terço a menos de postos de trabalho em relação a dezembro de 2019.
Avanço para o passado
14/07/2020A recondução de Luiz Roberto Curi para a presidência do CNE (Conselho Nacional de Educação) é mais uma prova de que a promessa de Jair Bolsonaro de romper com a “velha política” ficou lá na campanha. Curi se notabiliza pelo bom trânsito entre antigos próceres do Congresso. Sua mulher, a advogada Emília Ribeiro, já foi chefe de gabinete de José Sarney e de Renan Calheiros no Senado. Também foi secretaria executiva do Ministério da Ciência e Tecnologia na gestão de Celso Pansera, indicado para o cargo por Eduardo Cunha.
Waiver na educação
29/06/2020O Conselho Nacional de Educação vai dar mais um ano de carência para as instituições de ensino superior implantarem novos cursos já aprovados pelo colegiado e homologados pelo MEC. Pela regra em vigor, as universidades teriam 24 meses para contratar professores, montar laboratórios, equipar salas de aula etc, sob pena de perder as licenças. A decisão é uma lufada de bom senso no Ministério da Educação, algo raro na gestão de Abraham Weintraub. Com a pandemia, a demanda por esses cursos desabou. Obrigar as universidades a cumprir o prazo original seria empurrá-las para um prejuízo líquido e certo.