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Política
Traumas do 1º de maio: centrais sindicais querem acabar com ato unificado
7/05/2024O rotundo fracasso do 1º de maio, quando Lula discursou para 1,6 mil gatos pingados no Itaquerão, deflagrou uma caça às bruxas pelos mais diversos lados. Se o Palácio do Planalto culpa o ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo, as centrais sindicais se atacam entre si. Nos bastidores, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, atira na direção da CUT, a quem caberia arregimentar um número maior de afiliados. Os dirigentes desta última, por sua vez, apontam o dedo para UGT e CTB. Um dos líderes da CUT teria disparado: “Isso é que dá se juntar a sindicato sem sindicalista”. Acusação de lá, acusação de cá, há quem defenda o fim do ato unificado do 1º de maio. Já a partir do ano que vem, cada central sindical organizaria seu próprio evento, sendo responsável pelo seu sucesso ou por sua derrocada.
Política
Centrais sindicais vão a Lula para blindar o caixa do FAT
16/02/2024A cúpula do sindicalismo brasileiro, leia-se a direção da CUT, da CTB (Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e da Força Sindical, quer uma audiência com o presidente Lula. Entre outros assuntos, vai levar o pleito de que o governo pare de usar os recursos do FAT para cobrir o déficit da Previdência – prática que começou na gestão Bolsonaro e tem sido mantida. Os sindicalistas já trataram do assunto com Luiz Marinho, ministro do Trabalho, Simone Tebet, do Planejamento, e o próprio Fernando Haddad. Mas nada aconteceu. Resta ir direto ao Olimpo.
Destaque
Centrais sindicais disputam cadeira por cadeira no governo Lula
12/12/2023As grandes centrais sindicais do país, base histórica do PT, estão travando entre si uma queda de braço por maior espaço de influência e poder junto ao governo Lula. O objeto de disputa são os assentos nos principais órgãos de governo com representação de trabalhadores, a começar pelo Conselho Deliberativo do FAT (Codefat) e pelo Conselho Curador do FGTS. Um momento importante desse duelo, por ora ainda restrito aos bastidores, se dará na próxima quinta-feira, a partir das 10 horas, em Brasília, na última reunião do ano do Conselho Nacional do Trabalho (CNT), vinculado ao Ministério do Trabalho. Segundo o RR apurou, com base na Lei 11.648/2008 e no artigo 8º do Regimento Interno do colegiado, a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), vai propor uma ampla aferição do total de sindicatos e trabalhadores representados pelas maiores centrais brasileiras. Uma espécie de “censo” do sindicalismo. A CTB alega já ser a segunda maior entidade do setor no país em número de filiados, atrás apenas da CUT. No entanto, para efeito de indicação em conselhos federais, é apenas a quarta com mais representantes, atrás ainda de Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores). O mais provável é que estas duas últimas se unam na reunião do CNT para brecar a proposta da contagem. A incógnita fica por conta da posição do próprio Ministério do Trabalho, a quem caberia a coordenação do “censo”, se aprovado pelo colegiado.
Por mais alguns possam enxergar dessa forma, não se trata de uma disputa paroquial. O que está em jogo é poder político, a força de influenciar em decisões sobre o destino de bilhões de reais. O Codefat e o Conselho Curador do FGTS vão dispor em 2024 de um orçamento somado de aproximadamente R$ 230 bilhões. A CTB, por exemplo, não tem assento no colegiado gestor do Fundo de Garantia.
PT trabalha pela “pax” no novimento sindical
14/09/2022O PT, notadamente Gleisi Hoffmann, trabalha para aparar arestas entre lideranças do movimento sindical. Um personagem central nesse enredo é o presidente da CUT, Sergio Nobre. Sua postura tem provocado rusgas no relacionamento com outros líderes sindicais, como o deputado Paulinho da Força, Miguel Torres, atual presidente da Força Sindical, e Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).
A interpretação é que Nobre tem feito movimentos com o objetivo de descolar a CUT das demais centrais e dar a ela protagonismo político na campanha. Consultadas, CUT, Força Sindical e CTB não se pronunciaram. A questão já rendeu puxões de orelha da presidente do PT. Em eventos de campanha, Gleisi se referiu mais de uma vez à necessidade de unificar as representações dos trabalhadores.
Os desentendimentos não vêm de hoje. Em abril, Nobre causou mal-estar junto a seus pares ao entregar a Lula propostas em prol da classe trabalhadora. Empacotou como uma iniciativa da CUT um documento elaborado em parceria com outras centrais. No mês passado, mais uma ação do “partido do eu sozinho”. Nobre reuniu-se com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas. Foi agradecer o envio de oxigênio para hospitais de Manaus. A doação foi resultado de uma articulação conjunta com outras entidades sindicais, que não teriam sido chamadas para o encontro.
Coalizão sindical
21/03/2022CUT, CTB, Força Sindical e UGT querem fazer encontros conjuntos com os candidatos à Presidência.