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Empresa

A reestruturação da Natura ainda não acabou

5/02/2024
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A firme disposição de Fabio Barbosa, CEO da Natura, de manter a Avon International já não é tão firme assim. A decisão de trazer o centro de P&D da Avon dos Estados Unidos para o Brasil é interpretada dentro da própria companhia como um forte indício de que Barbosa voltou atrás e já considera se desfazer da subsidiária. Ao menos das operações pouco rentáveis, em países do Oriente Médio e da África.

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Destaque

Natura corta operações da Avon International

8/05/2023
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Após se desfazer da australiana Aesop, vendida para a L´Oréal, a Natura parte agora para a reestruturação da Avon International, braço que reúne os negócios da marca em 38 países na Europa, África e Ásia. O corte na carne vai ser profundo. Segundo o RR apurou, a Avon International vai ser retalhada, com o encerramento das atividades em diversos mercados deficitários, notadamente na África e no Leste Europeu. Rússia e Ucrânia vão puxar a fila. Na esteira da guerra, o faturamento da Avon nos dois países caiu mais de 30% no ano passado. As operações na Romênia, Bulgária e Moldávia também estão na linha de tiro. A tendência é que, ao fim da reorganização, a Avon International esteja reduzida a menos da metade dos países em que atua hoje. E, em alguns casos, sem operação própria, mas somente por meio de franquias. Consultada, a Natura não se manifestou. 

Ao contrário dos negócios da marca na América Latina, a Avon International tem sido sinônimo de perdas recorrentes. Em 2022, a receita combinada caiu 23% em relação ao ano anterior. O negócio tem queimado o caixa da Natura seguidamente. A divisão fechou o ano passado com Ebitda negativo de R$ 74 milhões. No entanto, quando se olha especificamente para o quarto trimestre, o estrago foi bem maior: um Ebitda de R$ 223 milhões negativos. Segundo o RR apurou, a direção da Natura, à frente o CEO, Fabio Barbosa, chegou a avaliar a venda integral da operação. A proposta, no entanto, teria sido engavetada em razão da resistência do Conselho de Administração, onde estão aninhados os três controladores da empresa – Pedro Passos, Guilherme Leal e Antonio Luiz Seabra.   

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Negócios

Natura avança na cisão e IPO da Aesop

24/11/2022
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Segundo o RR apurou há pouco, a proposta de spinoff da Aesop com a posterior abertura de capital da empresa começa a ganhar força na Natura. De acordo com a mesma fonte, a emissão de ações seria feita na Bolsa de Nova York, com uma oferta de até 30% do capital. Estudos iniciais apontam que a companhia poderia captar algo entre R$ 3 bilhões e R$ 3,5 bilhões com o IPO da marca de cosméticos de origem australiana, comprada em 2013. Ou seja: para efeito de valuation, 100% da Aesop estariam precificados em uma faixa entre R$ 9,9 bilhões e R$ 11,5 bilhões. Significa dizer que a subsidiária responde por mais de metade do atual valor de mercado da Natura (R$ 17 bilhões), depreciado pelos fracos resultados dos últimos meses – no intervalo de um ano, a queda acumulada do papel chega a 57%. Consultada pelo RR, a Natura não se manifestou. 

A cisão e o IPO da Aesop seriam o ponto de partida para uma reestruturação ainda mais profunda da Natura. Fabio Barbosa, que assumiu a presidência do grupo, em junho, em um momento delicado, e sua equipe estudam também soluções para a Avon. As hipóteses sobre a mesa incluem o encerramento das atividades em países como Rússia, Ucrânia e África do Sul, operações vinculadas à Avon International, conforme o RR antecipou

#Aesop #Avon International #Natura

Natura busca a beleza perdida na operação da Avon

22/08/2022
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A Natura cansou de maquiar a realidade. Fabio Barbosa assumiu a presidência da companhia com carta branca para fazer uma profunda reestruturação na Avon International, considerada a operação mais problemática do grupo. Por reestruturação entenda-se cortar na própria carne. Segundo o RR apurou, Barbosa estuda encerrar as atividades da Avon na Rússia e na Ucrânia. O conflito entre os dois países piorou o que já era ruim, achatando ainda mais os resultados obtidos nesses mercados. Mas a “guerra” da Natura é mais ampla e abrange outros países.

A companhia avalia também deixar a África do Sul e as Filipinas. São regiões onde a operação da Avon não cumpriu seus dois maiores objetivos: aumentar suas próprias vendas e abrir espaço para o avanço da marca Natura. Consultada, a companhia não se pronunciou. A Avon – maior investimento da história da Natura – é um negócio bipolar. O desempenho na América Latina, uma divisão à parte, é positivo.

Já a Avon International, um “condomínio” de 38 países, é uma peça que até agora não se encaixou nos demais negócios do grupo. No Leste Europeu, África e Ásia, a operação é sinônimo de dificuldades logísticas, perda de espaço para marcas concorrentes e resultados declinantes. A chegada de Fabio Barbosa, de certa forma, é produto dessa crise. A má performance da Avon International foi determinante para o afastamento de Roberto Marques, seu antecessor. Na companhia, sobram críticas de que Marques concentrou poder, centralizou decisões que deveriam ser tomadas por executivos nos respectivos países e não conseguiu estancar a perda de rentabilidade da divisão. No ano passado, a Avon International teve um aumento de receita de apenas 2,5%, o menor entre todas as áreas da Natura. Some-se a isso uma queda de 13,5% no Ebitda, único recuo entre as subsidiárias do grupo. Neste ano, a situação se agravou: no primeiro semestre, o faturamento da Avon International caiu 24% em comparação ao mesmo período em 2021.

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