Tag: Argentina
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Infraestrutura
Exportadores brasileiros, preparem o bolso
5/12/2024Em meio às tratativas para um acordo com a União Europeia, surge um…
Empresa
Hidrovias do Brasil avança sobre o território argentino
29/11/2024A Hidrovias do Brasil, leia-se Grupo Ultra, é apontada no setor como pule de dez para disputar a licitação do trecho da hidrovia Paraguai-Paraná em território argentino. O governo Milei iniciou o processo de privatização e anunciou que vai realizar um leilão aberto a investidores nacionais e internacionais. A companhia controlada pelo Ultra já opera os mais de 1,2 mil quilômetros do corredor logístico dentro do Brasil – do lado de cá da fronteira, chamado de hidrovia Paraná-Paraguai. Avançar sobre a porção argentina permitiria à empresa operar cerca de dois terços da mais importante via fluvial para transporte de cargas da América do Sul. Os 1,6 mil quilômetros da Paraguai-Paraná dentro da Argentina, por exemplo, são a grande artéria logística do país, concentrando o equivalente a 80% do seu comércio exterior.
Energia
Argentina vira concorrente do Brasil por investimentos em transmissão
14/11/2024As medidas que começam a ser lançadas pelo governo de Javier Milei para atrair investimentos em transmissão de energia acenderam um sinal amarelo no Ministério de Minas e Energia. O receio é que grandes grupos de energia acabem remanejando sua estratégia de negócios na América do Sul, com a transfusão para a Argentina de recursos anteriormente programados para o Brasil.
Para reduzir o gap de décadas em infraestrutura de transmissão, o governo Milei está flexibilizando a regulamentação e criando mil e uma facilidades para investimentos estrangeiros. Há ainda o chamado programa RIGI, um combo de benefícios fiscais, cambiais e alfandegários que abrange diversos setores da economia. O risco argentino é elevado, muito maior do que o Brasil, mas as oportunidades de ganho são enormes, tamanho o volume de projetos que terá de começar do zero. A chinesa State Grid já sinalizou o interesse em investir no país. A Iberdrola, controladora da Neoenergia, também tem negócios na Argentina.
Política
Bancada ruralista é o benchmarking para parlamentares argentinos
3/10/2024O Brasil está exportando sua expertise na criação de grupos de interesse dentro do Congresso. Ontem, na Câmara, correu a informação de que uma comitiva de mais de 20 deputados argentinos e representantes do agronegócio desembarcará em Brasília nos próximos dias.
Vai se reunir com líderes da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) em busca de uma “consultoria” para replicar, por lá, o modelo da bancada ruralista. Em 2008, houve uma articulação similar que não avançou. A delegação dos hermanos será encabeçada por parlamentares do La Libertad Avanza, do presidente Javier Milei, e do Propuesta Republicana, fundado pelo ex-presidente Maurício Macri – ambos de direita.
O programa de visitas deverá incluir também uma ida ao Instituto Pensar Agropecuária, um híbrido de think tank e braço de lobby do agronegócio.
Política externa
Mais um enrosco à vista no Mercosul
12/08/2024Na última quarta-feira, chegou ao Itamaraty a informação de que o governo da Argentina pretende aumentar, a partir de setembro, o pedágio cobrado para as embarcações que circulam na Hidrovia Paraná-Paraguai dentro do seu território. O valor para cargas internacionais, hoje de US$ 3,00 por tonelada, deverá passar para US$ 5,00. O que chama atenção mesmo é a derrama na navegação de cabotagem: segundo as notícias que correm no Itamaraty, o governo Milei quer aumentar a cobrança dos mesmos US$ 3,00 para US$ 800 por tonelada, uma “inflação” superior a 26.000%.
Caso se confirme, esse reajuste da tarifa para a navegação de cabotagem terá um impacto considerável sobre os custos logísticos nas trocas comerciais entre os dois países. Ressalte-se que essa não é uma polêmica recente nem uma briga exclusiva do Brasil. O imbróglio se arrasta desde o governo de Alberto Fernandez, que instituiu a taxa. Assim como o Brasil, Uruguai e Paraguai também consideram a cobrança ilegal e pressionam a Argentina pela sua extinção. Assim como a gestão Fernandez, o governo Milei faz que não é com ele
Energia
Brasil avança mais algumas jardas sobre o gás de Vaca Muerta
2/07/2024Segundo informações que circulam no Itamaraty, a diplomacia brasileira aproveitou a Assembleia Geral da OEA, em Assunção, na semana passada, para manter contatos com os ministros das Relações Exteriores da Argentina e do Paraguai, Diana Mondino e Rubén Ramírez. Em pauta, a integração energética no Mercosul. Ou, mais precisamente: a compra de gás da reserva de Vaca Muerta, em território argentino, e a possibilidade de construção de um gasoduto até o Brasil. O Paraguai é parte importante dessa equação: os estudos mostram que o traçado economicamente mais viável teria de passar pelo país.
Empresa
Marfrig aumenta investimentos na Argentina
7/06/2024Empresa
Enchentes no Rio Grande do Sul afetam a Toyota na Argentina
16/05/2024O impacto econômico da catástrofe das chuvas no Rio Grande do Sul se reflete nos países vizinhos. Que o diga a Toyota na Argentina. A montadora estaria enfrentando problemas no suprimento de peças para a sua fábrica na cidade de Zárate, onde são montados a picape Hillux e o SUV SW4. Um volume expressivo dos componentes é produzido no Brasil. E há sérias dificuldades de entrega por conta das interrupções em boa parte da malha rodoviária gaúcha. O problema pode voltar feito um bumerangue para o lado de cá da fronteira: se as peças não vão, as Hillux e SW que abastecem o mercado brasileiro não vêm.
Política externa
Brasil e Argentina devem renovar acordo bilateral no setor automotivo
9/05/2024Boa nova para a indústria automobilística: a “rádio Itamaraty” informa que Brasil e Argentina estão em conversações avançadas para a renovação do acordo de reciprocidade em torno da homologação veicular. Na prática, o tratado, em vigor desde 2022, funciona como uma espécie de fast track para as exportações e importações de automóveis entre os dois países. O certificado de segurança veicular expedido de um lado da fronteira vale também do outro. Desde a mudança de governo na Argentina, as montadoras brasileiras temem pelo rompimento do acordo em razão dos ziguezagues diplomáticos entre os governos Lula e Milei.
Política externa
O contato diplomático possível entre Brasil e Argentina
12/03/2024O RR apurou que o diplomata Daniel Raimondi, futuro embaixador da Argentina em Brasília, conversou na semana passada com o chanceler Mauro Vieira, no primeiro contato oficial após ter recebido o agrément do governo brasileiro. Raimondi deverá apresentar suas credenciais ao presidente Lula em abril. Com o simples aperto de mãos, o diplomata já terá
Mais interlocução com Lula do que o seu chefe, Javier Milei. Três meses já se passaram desde a posse, e Milei e Lula jamais trocaram uma palavra sequer.
Política externa
Quem será o novo embaixador da Argentina no Brasil?
22/02/2024De acordo com alta fonte do Itamaraty, o ex-senador Federico Pinedo é o candidato mais forte a assumir o cargo de embaixador da Argentina no Brasil. Pinedo é próximo da ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, nome bastante influente no governo de Javier Milei. Ele teria também o apoio de Daniel Scioli, que deixou recentemente o posto para assumir o Ministério do Turismo, Ambiente e Esportes. Segundo informações obtidas por canais diplomáticos brasileiros, correm por fora Luis Maria Kreckler, atual cônsul argentino em São Paulo, e Diego Guelar, que já esteve à frente da Embaixada argentina em Brasília no segundo mandato de Carlos Menem.
Energia
Setor elétrico quer abrir a porteira para a exportação de energia
8/02/2024Grandes grupos do setor elétrico, entre os quais Eletrobras, AES e Engie, pressionam o ministro Alexandre da Silveira para que o governo libere a exportação de energia hidrelétrica. O alvo é a Argentina, que, nas últimas semanas, aumentou a compra do insumo junto a países vizinhos, em caráter emergencial. O RR apurou que, desde o último dia 29, térmicas brasileiras situadas no Sul e no Nordeste despacharam 1.529 MW para o lado de lá da fronteira, a partir de contratos com a Cammesa, estatal argentina.
As empresas do setor querem aproveitar a janela de oportunidade para vender também energia gerada por hidrelétricas. No entanto, esse tipo de exportação está proibido pelo Ministério de Minas e Energia em meados do ano passado. Eletrobras, AES, Engie e cia. alegam que os reservatórios se encontram em níveis confortáveis e que estão perdendo dinheiro por excesso de conservadorismo do governo.
Negócios
Millei promete um bom Ano Novo para Renner na Argentina
18/01/2024A Renner vai reavaliar suas operações na Argentina à luz do novo sistema de importações (Sira) do governo de Javier Millei, que permite maior abertura comercial. No início do ano foi retirado o sistema estatístico de importações (Sedi), que regulamentava e gerava obstáculos às importações no país vizinho. As mudanças geram boas perspectivas pela agilidade que as aprovações de compras poderão ter. A Renner fechou no ano passado (2023) lojas em pontos estratégicos na Argentina devido à falta de estoques de vários de seus produtos, problema provocado por motivos alheios à varejista gaúcha. A empresa desembarcou naquele mercado em 2019, com um investimento inicial de US$ 12 milhões, para abertura de quatro lojas.
Energia
Brasil faz “doação” de gás para evitar desabastecimento na Argentina
11/01/2024O governo Lula pretende fazer um gesto de boa vizinhança com a Argentina por meio da Petrobras. A estatal deverá liberar uma parcela do gás que recebe da Bolívia para a Enarsa, estatal de energia do país vizinho. A boliviana YPFB também vai entrar no “rachucho”. Fechado o acordo, o insumo desviado para a Argentina seria abatido do valor pago pela Petrobras à Bolívia. Toda essa engenharia tem o objetivo de reduzir o risco de desabastecimento de gás em território argentino.
Trata-se de uma solução temporária, até que o governo Milei consiga tirar do papel a reversão do fluxo do Gasoducto Norte, um investimento em torno de US$ 700 milhões. O projeto permitirá a distribuição de gás da bacia de Neuquén para o norte da Argentina, reduzindo a necessidade de importações da Bolívia.
Empresa
Marcopolo quer levar seus ônibus elétricos para o exterior
14/12/2023A Marcopolo aposta na transição energética para aumentar suas vendas internacionais, notadamente na América do Sul. A empresa já iniciou gestões comerciais em países vizinhos, como Argentina e Colômbia, para a futura exportação do Attivi Integral, seu primeiro ônibus com carroceria, chassi próprio e propulsão totalmente elétrica. A Marcopolo investiu mais de R$ 50 milhões em sua fábrica de São Mateus (ES) para a produção do modelo. Na partida, serão 16 veículos fabricados por dia.
Destaque
Negociação com Emirados Árabes é o novo ponto de cisão no Mercosul
11/12/2023Há novas fissuras surgindo no já craquelado Mercosul. O motivo é a proposta de negociação de um acordo comercial com os Emirados Árabes. Brasil e Paraguai são a favor. Mas, segundo uma alta fonte do Itamaraty, o novo presidente da Argentina, Javier Milei, e o presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, já sinalizaram que são contrários ao tratado e vão trabalhar para brecar as tratativas diplomáticas com o país árabe. Por trás dessa postura está a política do “cada um por si”, que ameaça, se não implodir, ao menos esvaziar o Mercosul por dentro. De acordo com a mesma fonte, há informações no Itamaraty de que o Uruguai, na paralela, tem feito contatos diplomáticos com os Emirados Árabes para um possível acordo bilateral, à margem do bloco econômico. O mesmo estaria ocorrendo com Cingapura – outro país no radar de Brasil e Paraguai. Trata-se da mesma posição adotada pelo presidente Lacalle Pou em relação à China.
A oposição de Argentina e Uruguai às negociações em bloco com os Emirados Árabes atingem, mais especificamente, o Brasil e o próprio governo Lula. A tentativa de aproximação do Mercosul com o país árabe leva a assinatura do presidente brasileiro, assim como as negociações para a entrada dos Emirados no grupo dos BRICs. E mesmo a sintonia entre Brasil e Paraguai em relação ao assunto é um tanto quanto cacofônica. Neste momento, o governo brasileiro concentra seus esforços diplomáticos na conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Ou seja: as tratativas com os árabes teriam de esperar um pouco. Já o Paraguai, que acaba de assumir a presidência rotativa do Mercosul, tem outros planos. No entanto, o que se diz nos meios diplomáticos é que gestão do presidente paraguaio, Santiago Peña, quer abrir de imediato as conversações com os Emirados Árabes, independentemente do que acontecer nas negociações com o bloco europeu. Possivelmente porque não está levando muita fé na assinatura do tratado com a UE
Destaque
Acordo com Argentina mobiliza montadoras brasileiras
7/12/2023Daniel Scioli, embaixador da Argentina em Brasília, tem sido procurado, nos últimos dias, por dirigentes da indústria automobilística. A pergunta é uma só: se o futuro presidente Javier Milei vai manter ou não o acordo automotivo com o Brasil. Scioli, que permanecerá no cargo no próximo governo, vem sinalizando que a resposta é sim. Como abrir mão de um tratado comercial com o país que, neste ano, comprou mais de um terço de toda a produção automobilística argentina, como é o caso do Brasil? Do lado de cá da fronteira, a continuidade do acordo também interessa. É bem verdade que as vendas de veículos para o país vizinho engataram uma preocupante marcha a ré. Entre janeiro e novembro, caíram 15% na comparação com igual período no ano passado. A participação argentina nas exportações brasileiras de automóveis desceu ao menor nível em 30 anos. Ainda assim, no meio de uma crise sem tamanho e com uma brutal escassez de dólares, é um destino que responde por 27% das vendas das montadoras brasileiras no exterior. Ah, e mais: de uma forma sinuosa, Scioli tem feito o lobby pela moeda comercial do Brasil e Argentina. Isso resolveria o problema da falta de dólares. Mas a medida não é um “alakabum, mexicabum”. Ela tem outras implicações, que passam pelo Banco Central.
Dentro da Anfavea, o tema ganha ainda mais importância e premência pela perda de competitividade da indústria automobilística brasileira na América Latina como um todo. No ano passado, o Brasil perdeu para a China a liderança nas exportações de veículos na região. Em dez anos, o share dos asiáticos subiu de 4,6% para 21,2%, enquanto o das montadoras brasileiras caiu de 22,5% para 19,4%. De antemão, já se sabe que a diferença vai crescer neste ano: estimativas da própria Anfavea apontam para uma queda nas exportações de 12% em relação a 2022.
Política
A “logopolítica” que une Bolsonaro, Milei e Ernesto Araújo
27/11/2023Jair Bolsonaro quer levar o ex-chanceler Ernesto Araújo a tiracolo na comitiva que desembarcará em Buenos Aires para a posse de Javier Milei. No entorno de Bolsonaro, corre a informação de que o ex-presidente já teria, inclusive, recomendado a assessores de Milei o nome de Araújo como uma espécie de consultor na área de política externa. Leia-se, sobretudo, um consultor para a ideia de implodir o Mercosul. Licenciado do Itamaraty, o ex-ministro das Relações Exteriores tem se dedicado a vender cursos nas redes sociais. Um dos mais recentes é uma aula de “logopolítica” ao custo mensal de R$ 40.
Política externa
Pimenta ou diplomacia? Planalto discute reação a ataques de Milei contra Lula
23/11/2023Há uma divisão dentro do Palácio do Planalto em relação ao tratamento que deve ser dado aos ataques feitos por Javier Milei contra Lula. O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, tem defendido uma reação mais contundente, com a divulgação de um comunicado oficial da Presidência da República repudiando os termos usados por Milei para se referir a Lula – entre os quais “ladrão” e ex-presidiário.
Um impulsivo Pimenta já disse publicamente que o presidente brasileiro só deveria entrar em contato com o futuro chefe de governo argentino após receber um pedido de desculpas. Na contramão de Pimenta, Celso Amorim tem desempenhado o papel que lhe cabe, o do diplomata. Amorim rechaça a ideia de um posicionamento formal contra Milei. Pragmaticamente, prega que o novo presidente argentino ainda está sob os efeitos da disputa eleitoral e as coisas vão se resolver como sempre se resolveram: a partir das relações de Estado.
Crime organizado
Contrabando de soja da Argentina entra no radar da PF
9/11/2023Como se não bastasse o cigarro, agora é a soja que alimenta o contrabando no Mercosul. O RR apurou que a Polícia Federal está investigando um esquema tripartite de contrabando do cereal envolvendo Brasil, Argentina e Paraguai. O ponto de partida é a região de Soberbio, na província argentina de Misiones, de onde saem os maiores volumes do produto, de acordo com a mesma fonte. Do lado brasileiro, a estrutura de interceptação estaria concentrada no Rio Grande do Sul, nas proximidades da cidade de Tiradentes do Sul, localizada a apenas 80 km da divisa com a Argentina. De lá, a commodity seria exportada para o Paraguai como se tivesse sido produzida no Brasil. De acordo com as investigações, o esquema já teria movimentado cerca de R$ 80 milhões
Energia
Argentina busca no Brasil sócios privados para gasoduto
6/11/2023O RR apurou que Daniel Scioli, embaixador da Argentina no Brasil, iniciou uma rodada de conversações com empresas de energia e fundos de investimento do lado de cá da fronteira. Busca parceiros para a construção da chamada fase 2 do gasoduto Nestor Kirchner, o trecho de 467 km que ligará Buenos Aires à província de Santa Fé. Esta pode ser a última grande missão de Scioli no cargo: a saída do ex-ministro da Economia da Argentina do posto de embaixador está prevista para 10 de dezembro.
Política externa
Um raro engasgo nas relações entre Brasil e Argentina
27/10/2023A embaixada argentina em Brasília vai enviar uma reclamação formal ao Itamaraty pela decisão governo brasileiro de mudar as regras para a travessia da fronteira entre Puerto Igúazu e Foz do Iguaçu. É um caso curioso de mudar uma legislação que nunca existiu, pelo menos devidamente regulamentada. Desde o último fim de semana, todos os cidadãos argentinos ou estrangeiros que cruzam a Ponte Tancredo Neves têm sido obrigados a cumprir os ritos de imigração. Até então, por um acordo tácito entre os dois países, o trânsito era livre para permanência em território brasileiro por até 24 horas. O RR apurou que a mudança de procedimento não teria sido previamente informada aos país vizinho. Some-se a isso o fato de que a fila de espera para a imigração chega a três horas, devido ao número insuficiente de agentes da Polícia Federal.
Empresa
GM do Brasil é acionada para socorrer fábricas do grupo na Argentina
26/10/2023A crise econômica na Argentina está ricocheteando na General Motors do Brasil. O RR apurou que a subsidiária brasileira deverá despachar componentes para as fábricas da GM nas províncias de Santa Fé e Rosário. Trata-se de uma medida emergencial. As duas unidades na Argentina estão paralisadas devido à falta de peças, consequência da escassez de dólares e da política do governo local de restringir as licenças para importação. A solução interna encontrada pela matriz da GM, de tirar de uma mão para colocar na outra, permitiria a retomada da produção na Argentina, sobretudo da montagem do Tracker, o SUV mais vendido no país vizinho. Procurada pelo RR, a montadora informou, por meio de sua subsidiária argentina, que “continua trabalhando para recompor a cadeia de fornecimento de vários provedores que suspenderam o envio de peças devido à falta de pagamentos externos.”. Perguntada especificamente sobre o suprimento de peças para as fábricas na Argentina, a GM não se manifestou.
Política externa
Sergio Massa quer Lula como seu garoto-propaganda
20/10/2023Em meio às solicitações de financiamento que têm marcado as relações da Argentina com o Brasil, eis que surge um pedido razoavelmente singelo: ontem, assessores de Sergio Massa fizeram chegar ao Palácio do Planalto um pedido para que Lula grave um vídeo de apoio ao candidato governista à Presidência da República. O objetivo é viralizar o filmete nas redes sociais no fim de semana – as eleições ocorrem no próximo domingo. Seria uma clara resposta ao vídeo que Jair Bolsonaro gravou pedindo aos argentinos que votem em Javier Milei, o candidato de oposição. O depoimento foi postado por Milei em suas redes sociais na última terça-feira, ao lado da frase que já virou um bordão de campanha: “Viva la Libertad, carajo”.
Destaque
Iveco corre contra o relógio para colocar seus blindados na Argentina
19/10/2023Às vésperas das eleições presidenciais na Argentina, uma negociação comercial com o país vizinho agita os bastidores nas áreas diplomática e militar. A Iveco mantém gestões junto ao governo, notadamente ao ministro da Defesa, José Múcio, para que o Brasil feche até o fim de novembro os termos da venda dos blindados Guarani produzidos em Sete Lagoas (MG) ao Exército argentino. Por termos, entenda-se, principalmente, o financiamento do BNDES, condição fundamental para que a Argentina consiga sacramentar o pedido.
Segundo o RR apurou, na tentativa de viabilizar a operação, a companhia e o próprio governo brasileiro já trabalham com a hipótese de uma cisão na encomenda. Nesse caso, o banco financiaria uma primeira tranche, envolvendo a venda de metade dos 161 veículos previstos originalmente – o que significaria um contrato da ordem de R$ 1 bilhão.
O timing é fundamental. A negociação está diretamente ligada ao pleito do próximo dia 22, na Argentina. A Iveco tenta criar um fato consumado, um hedge para o caso do oposicionista Javier Milei vencer as eleições. Durante a campanha, o candidato de extrema direita tem repetido que vai aumentar consideravelmente os gastos na área de Defesa.
Fala, inclusive, em retornar a níveis de 30 anos atrás, quando o país investia quase 2,5% do PIB no setor – hoje, esse índice não passa de 0,8%. No entanto, em relação especificamente ao projeto de compra dos novos blindados para o Exército, Milei é uma incógnita. Até agora, não deu pistas do que pretende fazer.
O risco é que, uma vez eleito, ele enxergue a operação mais seu fardamento político do que militar. O negócio ficou razoavelmente carimbado como um acordo entre Lula e Alberto Fernandez, sobretudo pela garantia de financiamento do BNDES.
As tratativas para o fechamento do contrato são complexas. Passam não apenas pela Iveco, fabricante dos blindados, e também por canais diplomáticos e militares entre os dois países. O Exército brasileiro está diretamente envolvido nas negociações.
Em maio, o próprio comandante da Força, general Tomás Miguel Paiva, esteve em Buenos Aires, quando teria tratado do assunto com o seu congênere argentino, o general Guilherme Pereda. Além de trabalhar por uma operação importante para a indústria de defesa brasileira, o Exército tem um interesse especial no acordo: detentor dos direitos sobre o Guarani, a instituição pode arrecadar até R$ 140 milhões em royalties caso os 161 veículos sejam vendidos.
Em tempo: há ainda um componente adicional nesse enredo. Na leitura da Iveco, o governo Lula tem um “débito” para honrar. Em julho deste ano, o Departamento de Assuntos Estratégicos, de Defesa e de Desarmamento do Itamaraty vetou a negociação de 450 viaturas Guarani para a Ucrânia. Os veículos seriam transformados em ambulâncias blindadas.
Até hoje, as razões para a decisão não foram esclarecidas pelo governo brasileiro. A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados já requereu ao Itamaraty que explique os motivos do veto. O fato é que a Iveco viu escapar um contrato que poderia chegar a R$ 3,5 bilhões.
Política externa
Argentina e Venezuela tentam surfar na estiagem de chuvas na Amazônia
10/10/2023Segundo informações filtradas do Itamaraty, nos últimos dias tanto a Argentina quanto a Venezuela sondaram o governo brasileiro sobre o interesse em comprar energia, respectivamente, das hidrelétricas de Yacyretá e Guri. Noves fora a relação de proximidade com o presidente Lula, os países vislumbram a oportunidade de se aproveitar da estiagem no Norte do Brasil e seus efeitos sobre as usinas locais, notadamente Santo Antônio. A hidrelétrica foi forçada a interromper suas atividades devido à forte queda dos níveis de vazão do Rio Madeira, o que levou o governo a acionar as térmicas a gás Termonorte I e Termonorte II. Em contato com o RR, o Ministério de Minas e Energia afirmou que “por ora, descarta a necessidade de recorrer a fontes externas.”. Não custa lembrar que o governo Lula retomou a aquisição de energia da Venezuela, exatamente da hidrelétrica de Guri, que havia sido suspensa logo no primeiro ano de mandato de Jair Bolsonaro. Nesse caso, o insumo é usado exclusivamente no abastecimento de Roraima, que está fora do Sistema Interligado Nacional.
Energia
Déficit de energia na Argentina é um bom negócio para o Brasil
14/09/2023A Edenur, maior distribuidora do setor elétrico na Argentina, está batendo à porta de grandes empresas brasileiras, como CPFL e Engie, para comprar energia. A súbita necessidade decorre de decisão tomada pelo novo governo paraguaio. O presidente Santiago Peña determinou que o Paraguai use 100% da sua cota na usina binacional de Yaciretá, uma associação com a Argentina.
Historicamente, os paraguaios sempre ficaram com apenas 15% da produção, deixando o excedente com o país vizinho. Parte desse volume atende exatamente à Edenur. A empresa busca energia no Brasil para afastar o risco de desabastecimento a seus clientes na Argentina. Em tempo: a necessidade da Argentina serve como combustível ao lobby das grandes geradoras brasileiras para que o governo volte a flexibilizar as regras para exportação de energia.
Em junho, o Ministério de Minas Energia restringiu a venda do insumo ao exterior, por conta da proximidade do período de redução das chuvas no país. Os grandes grupos do setor elétricos classificam a medida como excesso de conservadorismo, dado o elevado nível dos reservatórios das hidrelétricas.
Política externa
O Brasil ganha ainda mais gás nas relações com Argentina e Bolívia
4/09/2023Economía Negócios, tradicional publicação chilena, trouxe agora uma notícia que mexe consideravelmente com o tabuleiro geoeconômica da área de energia na América do Sul. O presidente da estatal YPFB, Armin Dorgathen, afirmou que, ao longo dos anos, a Bolívia deixará de exportar gás natural à Argentina. A declaração parte de uma premissa razoavelmente óbvia: a produção no campo de Vaca Muerta, que reduzirá gradativamente a necessidade de a Argentina importar gás boliviano. No entanto, o que mais chama a atenção é a declaração mais enfática e de viva-voz de Dorgathen sobre um assunto que tem sido tratado com certo cuidado, quando não através de um jogo de dissimulações cruzadas entre Bolívia e Brasil. Parece até que o executivo quis dar um recado a outro país da América do Sul…
Obs RR: Os desdobramentos de Vaca Muerta sobre o mercado sul-americano não serão imediatos. Mas, olhando-se para o médio prazo, o Brasil começa a ficar em uma posição mais confortável em relação ao gás sul-americano. Ao reduzir as exportações para a Argentina, a Bolívia terá de vender esse volume em outro mercado. E que outro mercado seria se não a maior economia da América Latina? Os movimentos da Petrobras para retomar investimentos em óleo e gás em território boliviano aumentam o poder de negociação do Brasil em relação aos bolivianos. E ainda Vaca Muerta. A possibilidade de o BNDES financiar a construção do gasoduto, vinculada a uma extensão do pipeline ao Rio Grande do Sul, colocam o país em uma posição privilegiada para negociar com a Argentina o fornecimento de gás de Vaca Muerta. E se a Margem Equatorial sair, aí, então, o Brasil fica em uma situação ainda mais positiva à mesa de negociações com seus vizinhos.
Política externa
Imbróglio logístico entre Brasil e Argentina chega ao fim
29/08/2023Uma novela diplomática que o RR vem acompanhando no backstage da diplomacia, detalhe por detalhe, está perto do fim: segundo uma fonte do Itamaraty, a Argentina já comunicou ao governo brasileiro que vai suspender a cobrança de pedágio na hidrovia Paraná-Paraguai. Para todos os efeitos, a decisão dos argentinos vai vigorar por 60 dias, o tempo para que o assunto seja discutido no Comitê Intergovernamental da Hidrovia. No entanto, no Ministério das Relações Exteriores, ninguém leva fé que o governo Alberto Fernández vai retomar o pedágio às embarcações que atravessam o corredor logístico. Sobretudo depois que Lula abriu a porta dos Brics para a Argentina e propôs que, na falta de dólares, o país vizinho possa pagar as exportações brasileiras com Yuan. Estava escrito nas estrelas – e no RR – que o governo Lula tinha crédito de sobra para acabar com o contencioso multilateral.
Política externa
Lula tenta ganhar tempo no difícil encaixe do Mercosul com a China
17/08/2023Informação de alta fonte do Ministério das Relações Exteriores: o governo brasileiro avalia solicitar uma reunião entre os presidentes dos países membros do Mercosul até o fim de outubro. Seria um movimento de Lula, com o apoio da Argentina e do Paraguai, com o objetivo de se antecipar à viagem do presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, a Pequim, programada para novembro. Lacalle Pou insiste na negociação de um acordo bilateral com a China em detrimento de um tratado entre o Mercosul e o país asiático. De acordo com a mesma fonte, Lula deverá colocar sobre a mesa a garantia de que o Brasil não fará mais reduções unilaterais de tarifas de importação de produtos de fora do bloco econômico.
Destaque
Fator Mantega provoca forte mal-estar no comando da Vale
10/08/2023As sinalizações de que o governo Lula quer emplacar Guido Mantega na presidência da Vale têm provocado um grande mal-estar no comando da companhia. O mais incomodado é o atual CEO da mineradora, Eduardo Bartolomeo, que seria “sacrificado” para dar lugar ao ex-ministro. Segundo o RR apurou, conselheiros da empresa também já se manifestaram, intramuros, contra a possível mudança – em tese, a eventual indicação de um novo presidente da Vale teria de ser submetida ao board. Como se não bastasse a tentativa de ingerência do governo em uma empresa privada, a reação adversa é alimentada por outras informações que chegaram ao conhecimento de dirigentes da mineradora. Mantega já teria falado a terceiros de pelo menos dois nomes que levaria para as vice-presidências da Vale. O ex-ministro é boquirroto. Ele também teria dito que, se estivesse à frente da companhia, não faria agora a venda de parte da operação de metais básicos, leia-se a Vale Base Metals (VBM). Há cerca de duas semanas, a empresa anunciou a transferência de 13% do negócio para a Manara Minerals, joint-venture entre o fundo soberano da Arábia Saudita e a companhia de mineração estatal Ma’adene, e o fundo californiano Engine No.1. Ressalte-se que o mercado considerou o acordo bastante positivo para a Vale. A companhia amealhou US$ 3,4 bilhões, o que significou um valuation de US$ 26 bilhões para 100% da VBM. O RR enviou uma série de perguntas à Vale, mas a empresa não se manifestou.
Mantega prega a ideia de que a Vale Base Metals tem um valor ainda não mensurado de seus ativos, que permitiria uma precificação maior. Mais uma do ex-ministro: Mantega defende que a VBM ou a própria Vale seja um agente do Brasil para a costura de acordos multilaterais, a começar pela entrada do país na “Opep do Lítio”. Trata-se do grupo que está sendo criado por Bolívia, Argentina e Chile, detentores de quase 70% das reservas globais do metal. Até o momento, o Brasil, dono de algo em torno de 8% das jazidas já comprovadas, está fora da mesa de negociações. Hoje, por sinal, já haveria tentativas do governador Romeu Zema para que a Vale se tornasse um dos investidores no Vale do Jequitinhonha, onde estão concentrados cerca de 85% do lítio brasileiro. Ressalte-se que a VBM tem ainda outro ativo estratégico e com potencial de grandes reservas, o cobalto, também valioso para a transição energética.
Na Vale, a leitura é que as “confidências” de Guido Mantega foram feitas sob medida para serem vazadas. Elas quase que configuram um programa de campanha de Mantega na tentativa de emplacar seu nome na presidência da mineradora com o apoio ou talvez seja mais adequado dizer a intervenção direta de Lula. É como se o ex-ministro já estivesse atropelando o Conselho da companhia de antemão. Além disso, as afirmações atribuídas a Mantega foram interpretadas dentro da Vale como mais uma evidência da disposição do governo de “reestatizar” a empresa, sem necessariamente mexer na sua composição societária, mas, sim, com um take over da sua gestão. Desde 2020 a Vale deixou de ter um bloco de controle com a pulverização do seu capital. Ainda assim, o governo tem um certo peso decisório. A Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, é o maior acionista individual, com 8,72%. Não seria nada improvável que o fundo de pensão tivesse capacidade de aglutinar outros sócios relevantes para a construção de um bloco de influência, capaz, entre outras decisões, de impor mudanças na gestão da empresa.
Empresa
Hidrovias do Brasil sobe o tom contra o governo argentino
9/08/2023A Hidrovias do Brasil vai acionar a Justiça com o objetivo de derrubar a tarifa extra cobrada pela Administração Geral de Portos da Argentina aos navios que trafegam no Rio Paraná entre Santa Fé e Confluência. Segundo informações apuradas pelo RR, outras empresas de navegação e operadores logísticos devem seguir o mesmo caminho. O “pedágio” é considerado ilegal. Consultada, a Hidrovias do Brasil confirmou que “tratará o assunto judicialmente”. A empresa diz que “em seu entendimento a cobrança da taxa é indevida por ferir o acordo da hidrovia Paraguai Paraná de livre circulação”.
Conforme o RR antecipou, no fim de julho um rebocador da Hidrovias do Brasil foi apreendido pela autoridade portuária da Argentina pelo não pagamento da tarifa. A embarcação foi liberada na última sexta-feira, após a companhia pagar o valor cobrado “sob protesto”. O próprio Palácio do Planalto tem feito gestões junto ao governo argentino na tentativa de suspender a cobrança da taxa.
Destaque
Brasil usa seu crédito com a Argentina para resolver imbróglio fluvial
2/08/2023O governo brasileiro já entrou em campo para desatar um raro nó nas relações diplomáticas com a Argentina. O Palácio do Planalto trabalha para que o governo argentino suspenda a tarifa extra imposta aos navios que circulam no Rio Paraná entre Santa Fé e Confluência, um trecho de aproximadamente 550 quilômetros. Denominada “Via Navegável Troncal”, a taxação consiste na cobrança de US$ 1,47 por tonelada de registro bruto da carga. O “pedágio” fere acordos firmados entre os países do bloco. O assunto subiu para o andar mais alto da República e tem sido objeto de conversas entre o Lula e o presidente Alberto Fernández. O Brasil tem a faca e o queijo na mão para equacionar o imbróglio, dada a notória ascendência de Lula sobre Fernández. Isso para não falar que a Argentina está pires de mão, pleiteando o apoio brasileiro a diversos projetos, a começar pela construção do gasoduto Nestor Kirchner.
A cobrança da tarifa está impondo um custo adicional a empresas de navegação e de logística que operam na Hidrovia Paraguai-Paraná, um dos principais corredores de escoamento de cargas do Cone Sul. Há um pleito de entidades representativas, a exemplo da Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Navegação, de que o governo brasileiro interceda no caso. Na última sexta-feira, um episódio aumentou o senso de premência do Itamaraty em resolver a questão. Segundo o RR apurou, a Administração Geral de Portos da Argentina apreendeu o rebocador “HB Grus”, pertencente à Hidrovias do Brasil, que circulava no Rio Paraná. O órgão exigiu o pagamento de US$ 4.232,13 para liberar a embarcação. Consultada pelo RR, a empresa não quis se pronunciar.
No que depender das relações entre Lula e Fernández, os setores e empresas interessados no assunto já podem olhar o futuro com um pouco mais de tranquilidade. É o caso da Arauco. O grupo chileno está investindo mais de R$ 15 bilhões em uma fábrica de celulose em Inocência (MS). No plano logístico do grupo, o Rio Paraná será uma rota fundamental de escoamento. De acordo com informações obtidas junto a fontes do Ministério das Relações Exteriores, além das gestões do presidente Lula junto à Casa Rosada, o chanceler Mauro Vieira vai levar a discussão para o âmbito do Mercosul, na tentativa de acelerar um acordo com a Argentina.
Política externa
Alckmin tem um abacaxi para descascar com a Argentina
13/07/2023Há um problema cítrico sobre a mesa de Geraldo Alckmin, híbrido de vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio. Grandes exportadores de frutas foram a Alckmin pedir que ele interceda junto ao governo argentino para estancar o crescente atraso no pagamento dos embarques ao país. Há relatos de contratos de exportação com inadimplência superior a 120 dias. Do lado de lá da fronteira, as empresas que estão na ponta importadora jogam a culpa para o Fisco argentino, que estaria retendo valores indevidos na aduana. Em tempo: a princípio, pode soar estranho que o setor tenha batido à porta de Geraldo Alckmin e não do Ministério da Agricultura ou mesmo do Itamaraty. No entanto, o segmento, por meio da Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas), se aproximou do vice-presidente durante a campanha eleitoral e o período de transição. O presidente da entidade, Guilherme Coelho, já levou a Alckmin propostas para o governo aumentar os investimentos em irrigação.
Política externa
Há um palanque em Buenos Aires à espera de Lula
10/07/2023Segundo informação filtrada do Itamaraty, Lula fará uma viagem à Argentina até outubro para se reunir com o presidente Alberto Fernández. A data é simbólica: o petista desembarcará em Buenos Aires às vésperas das eleições presidenciais argentinas. Para todos os efeitos, a agenda oficial vai passar por temas prementes, que estão na pauta bilateral: como a venda de gás e o financiamento à construção do gasoduto de Vaca Muerta. No entanto, pelo timing, será difícil dissociar o Lula presidente da República do Lula cabo eleitoral. Na semana passada, por exemplo, ele teve um encontro com o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, candidato da situação à Presidência. Do lado de lá da fronteira, a reunião foi interpretada como uma manifestação de apoio velada – ou nem tanto – de Lula a sua candidatura. Nada muito diferente do que Jair Bolsonaro fez em 2019, ao visitar a Argentina durante a campanha eleitoral. Seu candidato, o então presidente Maurício Macri, foi derrotado.
Política externa
Lula desponta como o maior cabo eleitoral de Michelle Bachelet na ONU
6/07/2023Há uma outra sucessão, também em 2026, no radar do governo Lula. Mais precisamente do Itamaraty. Segundo o RR apurou, Argentina e Chile têm buscado o apoio do Brasil para a possível candidatura de Michelle Bachelet à Secretaria Geral das Nações Unidas. Atualmente, o posto é ocupado pelo português António Guterres, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro de 2026. A ex-presidente chilena sempre teve a simpatia tanto de Lula quanto de Dilma Rousseff. Em 2019, Bachelet foi alvo de ataques do então presidente Jair Bolsonaro. À época, na condição de Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, fez duras críticas à política de Bolsonaro para a área – ou à falta de uma política. A candidatura de Simone Bachelet seria construída a partir de uma coalizão entre países da América Latina, com o apoio de nações africanas. O presidente Lula teria um papel fundamental na construção dessa aliança e na busca de votos.
O nome de Bachelet desponta com um apelo natural: a Secretaria Geral das Nações Unidas nunca foi comandada por uma mulher. Na América Latina, há outra potencial candidata: a mexicana Alicia Bárcena Ibarra, que disputou – e perdeu – com o brasileiro Jarbas Barbosa a eleição para a direção da Organização Pan-Americana de Saúde. Alicia, que assumiu o Ministério das Relações Exteriores do México, poderia ter o apoio dos Estados Unidos.
Tecnologia
Startup argentina cruza a fronteira
28/06/2023A startup argentina Moova, especializada na área de logística, prepara sua entrada no Brasil. A empresa desenvolveu uma plataforma voltada à contratação de motoristas e caminhões ociosos. Uma espécie de “Uber do transporte de cargas”. Os argentinos já têm feito sondagens junto a empresas de logística brasileira para possíveis parcerias. A Moova recebeu um aporte de recursos da Toyota e uma série de fundos de venture capital, entre eles os norte-americanos Kalei e FJ Labs e o britânico Aybe Investments.
Política externa
Brasil e Argentina avançam em negociações na área de energia
28/06/2023Na esteira do recente encontro entre Lula e Alberto Fernández, na última segunda-feira, a secretária de Energia da Argentina, Flavia Royón, deverá desembarcar em Brasília nos próximos dias. Na agenda, duas missões: negociar com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, um acordo para a compra de gás do Brasil e discutir o possível empréstimo do BNDES à construção do gasoduto Nestor Kirchner.
Política externa
Argentina busca apoio do governo Lula para compras gás
2/06/2023O presidente da Argentina, Alberto Fernández, aproveitou sua passagem por Brasília para negociar com o governo Lula um acordo para a compra de gás. A operação envolveria a transferência de aproximadamente 10 milhões de metros cúbicos por dia, em um acordo pelo menos até o fim do ano. Na prática, o Brasil atuaria quase como um trader, um intermediário na venda do gás boliviano. O país andino estaria atrasando a entrega de insumo já contratado pela Argentina, algo não muito diferente do que a estatal boliviana YPFB fez com a Petrobras entre 2019 e 2020.
Política externa
Brasil e Argentina navegam em direções opostas sem perder a ternura jamais
18/05/2023Uma raríssima ocasião em que os governos de Lula e Alberto Fernández estarão em lados opostos. Segundo fonte do Itamaraty, o Brasil fechou questão e vai se alinhar a Bolívia, Paraguai e Uruguai contra a cobrança de pedágio imposta por autoridades argentinas na Hidrovia Paraguai-Paraná, no trecho entre o Porto de Santa Fé e a confluência do Rio Paraguai. A posição brasileira será levada, nos próximos dias, à Comissão Intergovernamental da Hidrovia, que reúne os cinco países. Conforme o RR já informou, do lado brasileiro há pressões do agronegócio e do setor de mineração, leia-se a Vale, para que o governo Lula interceda pela derrubada do pedágio de US$ 1,47 por tonelada.
Finanças
Política de boa vizinhança com a Argentina chega ao BB
16/05/2023O Banco do Brasil não apenas suspendeu o processo de venda da sua participação de 80% no Banco Patagônia como pretende fortalecer sua participação na instituição financeira argentina. Um dos projetos é transformar o Patagônia em ponta de lança para o financiamento de empresas brasileiras que atuam no país vizinho. Outra ideia é que o banco preste serviços a outras províncias argentinas. O Patagônia é o agente financeiro de Río Negro, administrando as contas e a folha de pagamentos de funcionários públicos da região. Em boa parte, a guinada estratégica do BB em relação à instituição financeira deve ser creditada na conta das siderúrgicas relações entre Lula e o presidente da Argentina, Alberto Fernández.
Justiça
Receita e PF tentam conter disparada do contrabando de alho
18/04/2023O crime organizado ganhou novo tempero. A Receita e a Polícia Federal articulam uma operação conjunta para combater o contrabando de alho para o Brasil. As diligências vão se concentrar na divisa entre a Argentina e o Rio Grande do Sul, onde já foram mapeadas as principais rotas de entrada ilegal do produto no país. Recentemente, cerca de 350 toneladas de alho foram apreendidas por agentes da Receita. As investigações mostram que esse é apenas um aperitivo do problema. Pelo menos o triplo desse volume estaria sendo trazido mensalmente para o Brasil por quadrilhas especializadas. Ressalte-se que há uma superoferta de alho do lado de lá da fronteira: os argentinos consomem apenas um terço da quantidade produzida. O restante é destinado ao mercado externo – como se vê não apenas pelas vias heterodoxas. O crime tem ainda um efeito danoso sobre o agronegócio brasileiro: o alho contrabandeado entra no país a preços mais baixos do que os praticados pelos agricultores locais.
Internacional
Lula e Fernández constroem uma ponte para a União Europeia
11/04/2023Lula deverá se reunir com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, até o início de maio. Entre outras pautas, segundo o RR apurou, vão discutir os próximos passos para a finalização do acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. No momento, o governo argentino ocupa o comando pro tempore do bloco econômico. O tratado, assinado em junho de 2019, ainda precisa ser ratificado pelos quatro membros do Mercosul e pelos 27 países da UE. Lula e Fernández tentarão aparar arestas relacionadas ao setor agrícola e ao meio ambiente, o maior entrave para que o acordo seja sacramentado. Os dois presidentes têm certa pressa. A ideia é levar uma nova proposta aos europeus até meados de junho, quando será realizada a Cúpula UE-Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, em Bruxelas.
Empresa
Com que roupa a Renner vai na Argentina?
10/04/2023A Renner está penando para manter suas operações na Argentina. A companhia tem buscado um número maior de fornecedores locais na tentativa de abastecer suas duas lojas que ainda permanecem abertas no país – na Avenida Santa Fé, em Buenos Aires, e no Patio Olmos, em Córdoba. Segundo o RR apurou, ambas estão funcionando com níveis de estoques bastante reduzidos. A rede varejista, assim como outras empresas do setor, tem sido duramente impactada pela decisão do governo Alberto Fernández de sobretaxas as importações de uma série de itens, entre quais produtos têxteis. Proporcionalmente a participação da indústria local sempre foi pequena no catálogo da companhia no país. Mais de 70% dos produtos de vestuário vendidos pela Renner na Argentina são importados, notadamente do Brasil – a maior parcela – e da Ásia.
Neste momento, o ambiente econômico é bastante hostil à permanência da Renner na Argentina. No seu segmento específico, o “tarifaço” do governo de Alberto Fernández provocou um “inflacionaço” – na média, os preços dos itens de vestuário subiram mais de 120% em 2022. A falta de mercadorias já levou a Renner a fechar – para todos os efeitos, “temporariamente” – outros dois pontos de venda na Argentina, conforme o RR revelou em janeiro. Ressalte-se que, por motivos similares, a chilena Falabella, um gigante do varejo, encerrou suas atividades na Argentina. Em contato com o RR, a Renner informou que “desde que chegou ao país vem desenvolvendo fornecedores argentinos”. A empresa confirmou que “as lojas na Calle Florida, em Buenos Aires, e no shopping Paseo del Jockey, em Córdoba, estão fechadas temporariamente, desde o começo do ano, devido à falta de estoque de produtos por motivos alheios à empresa.”
Internacional
As águas do Rio Paraguai estão turbulentas
31/03/2023De acordo com informações apuradas pelo RR, representantes dos governos do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia deverão se reunir na próxima semana, em Montevidéu, na tentativa de equacionar um imbróglio multilateral. O alvo é a tarifa extra cobrada de forma unilateral pela Argentina para os navios que circulam pelo Rio Paraguai, no trecho entre Santa Fé-Confluência. O governo Lula já fez chegar às autoridades argentinas que é contra o “pedágio”. Uruguai e Paraguai também exigem a suspensão da taxa. Segundo o RR apurou, os paraguaios já subiram o tom: prometem recorrer a uma corte de arbitragem internacional caso a Argentina insista na cobrança. Do lado brasileiro, a tarifa de US$ 1,47 por tonelada de carga afeta, sobretudo, o agronegócio e o setor de mineração, notadamente a Vale. A hidrovia do Rio Paraguai tem sido uma rota importante para as exportações de minério de ferro, além de grãos.
Destaque
Itamaraty trabalha para debelar um “motim” na OEA
30/03/2023A diplomacia brasileira está trabalhando nos bastidores para desarticular uma espécie de intentona sul-americana na Organização dos Estados Americanos (OEA). Segundo o RR apurou, o Itamaraty tem feito gestões junto aos países vizinhos para barrar um movimento liderado pelo Chile e pela Argentina. De acordo com informações filtradas do Ministério das Relações Exteriores, a dupla tem buscado o apoio de governos da região para pressionar o secretário-geral da OEA, o uruguaio Luis Almagro, a antecipar o fim do seu mandato, que se encerra apenas em 2025. Dessa vez, a gestão Lula está na mão contrária dos presidentes da Argentina, Alberto Fernández, e do Chile, Gabriel Boric, seus aliados. Um dos principais motivos atende pelo nome e sobrenome de Joe Biden. Nos meios diplomáticos, a informação é de que a Casa Branca é contrária a uma ruptura institucional na OEA – ainda que Almagro tenha sido reconduzido ao cargo, em 2020, com o apoio do então presidente, Donald Trump. Ressalte-se que os Estados Unidos têm o maior número de votos dentro do órgão multilateral. Praticamente nada é aprovado sem o seu aval. Nesse contexto, qualquer movimento para tirar o diplomata uruguaio da presidência da OEA pode gerar um ruído diplomático desnecessário com o governo Biden. Além disso, Almagro teve um papel de razoável relevância para Lula na eleição. Logo após o resultado do segundo turno, a OEA não apenas atestou a segurança das urnas eletrônicas, por intermédio de uma comissão enviada ao Brasil, como foi uma das primeiras vozes internacionais a reconhecer formalmente a vitória do petista.
Segundo informações que circulam no Itamaraty, Argentina e Chile alegam que Luis Almagro vem negligenciando pautas de interesse da América do Sul na OEA. No caso específico do governo de Alberto Fernández, há um fator adicional que acirra a oposição ao diplomata: ainda que indiretamente, seria uma vendeta contra o próprio Uruguai, por divergências no âmbito do Mercosul. O presidente uruguaio, Luis Alberto Lacalle Pou, é um notório defensor da flexibilização as regras do bloco para que os participantes possam negociar individualmente acordos comerciais internacionais. A Argentina é contra. Argentinos e chilenos tentam se aproveitar também do momento de vulnerabilidade de Luis Almagro. Desde o fim do ano passado, ele é alvo de uma investigação aberta pela própria OEA. O diplomata é acusado de promover indevidamente a um alto cargo na entidade uma funcionária com quem teria mantido um relacionamento amoroso.
Destaque
Brasil tenta cavar um lugar na “Opep do lítio”
28/03/2023A proposta da Bolívia de criação de uma “Opep do lítio” com a Argentina e o Chile, deixando o Brasil fora de um jogo tão estratégico quanto esse, causou forte estranheza no Itamaraty. Seja por todos os acenos de parceria que têm sido feitos por Lula ao presidente Luiz Arce, seja pelo tamanho das reservas brasileiras. Estima-se que o país tenha o equivalente a 8% de todo o lítio existente no mundo. Ainda que o poderio de Argentina, Chile e Bolívia à mesa de negociações seja muito maior – o trio detém algo em torno de 68% das reservas globais -, o Brasil carrega um ativo nada desprezível, que lhe permite pleitear um assento nesse “Country Club do lítio”. Por isso mesmo, a ordem em Brasília é reagir com a velocidade e a ênfase que a situação exige. O embaixador brasileiro em La Paz, Luís Henrique Sobreira Lopes, já teria sido acionado para costurar a visita de uma comitiva oficial do governo brasileiro à Bolívia. O Brasil tem moedas de troca razoavelmente valiosas. É o maior comprador de gás boliviano. Além disso, Lula já disse repetidas vezes que pretende liderar um grande projeto conjunto entre os países sul-americanos rumo à transição energética, tema de encontros recentes entre o presidente e Luiz Arce.
O surgimento de uma aliança multilateral entre os grandes produtores de lítio do mundo já era pedra cantada há algum tempo. No ano passado, a Bolívia abriu conversações com outros países em busca de parceiros para a extração do mineral no seu próprio território. Argentina, Chile, Rússia e China saíram na frente. Os asiáticos, por sinal, já conseguiram fincar sua bandeira no solo, ou melhor, no subsolo boliviano. Há pouco mais de um mês, o governo de Luiz Arce anunciou uma parceria com o consórcio chinês CBC – liderado pela Contemporary Amperex Technology (Catl), uma das maiores fabricantes de baterias para automóveis do mundo – para investimentos de US$ 1 bilhão para a produção de lítio.
Natural que o Brasil tenha ficado para trás no tabuleiro sul-americano do lítio. O governo Bolsonaro pouco ou nada vez para colocar o país em uma posição privilegiada. Ignorou a “chamada pública” da Bolívia e não levou adiante qualquer negociação diplomática a respeito do assunto – conforme o RR já noticiou. Jair Bolsonaro, como se sabe, estava mais preocupado com o grafeno, por muito tempo um inexplicável fetiche mineral do ex-presidente. Em agosto do ano passado, por exemplo, durante a Cúpula das Américas, nos Estados Unidos, Argentina e Chile lançaram o Grupo de Trabalho Binacional sobre Lítio e Salinhas, um dos primeiros movimentos mais agudos de parceria multilateral na América do Sul em torno do mineral. Não há notícia de que o Brasil tenha buscado uma participação nesse bloco. Isso em um momento em que a demanda global tende a disparar. O mundo consome atualmente algo em torno de 350 quilotoneladas (kt) de carbonato de lítio por ano. Há estimativa de que esse número passará das duas mil quilotoneladas em 2030.
Empresa
Petrobras segura venda de subsidiária e já estuda novos investimentos na Argentina
22/03/2023Segundo informações apuradas pelo RR, a Petrobras estuda suspender o processo de venda da Petrobras Operaciones (Posa), sua subsidiária na Argentina. Por trás da medida estariam planos de retomada dos investimentos no país vizinho – uma decisão que viria de cima para baixo. Os presidentes Lula e Alberto Fernández têm conversado sobre a possibilidade de negócios conjuntos na área de energia, a começar pelo financiamento para a construção do gasoduto Nestor Kirchner. Nesse cenário, a Posa seria ponta de lança para futuras parcerias com a estatal YPF. Ressalte-se que a subsidiária da Petrobras e a petroleira argentina são sócias no campo de Rio Neuquén.
Para além da Argentina, a freada na venda da Posa indica uma disposição da Petrobras de travar, ao menos em parte, o plano de alienação de ativos herdado da gestão anterior. São mais de 20 processos em aberto, alguns já em fase de recebimento de ofertas vinculantes e outros em estágio menos avançado, como é o caso da própria subsidiária argentina. Ao menos a gestão de Jean Paul Prates exorcizou o fantasma de que a estatal rasgaria contratos já assinados.
Internacional
Peso argentino made in Casa da Moeda?
15/03/2023Entre outros negócios, a sintonia entre Lula e o presidente Alberto Fernández pode acabar gerando um “troco” para a Casa da Moeda. Segundo o RR apurou, há gestões entre os dois países para que a estatal brasileira participe da concorrência para a produção de novas cédulas do peso argentino. O país vizinho vai imprimir mais dinheiro na esteira do lançamento da nota de dois mil pesos.
Empresa
Fábrica de carros elétricos da Chery perde velocidade
24/02/2023Circula no setor automotivo a informação de que a chinesa Chery estuda instalar uma fábrica de veículos elétricos na Argentina. Má notícia para o Brasil. A se confirmar, o projeto pode empurrar para o acostamento os planos da Caoa Chery – associação entre o Grupo Caoa e a montadora asiática – de reabrir a fábrica de Jacareí (SP). No ano passado, a companhia demitiu os mais de 400 trabalhadores da unidade, prometendo reabri-la em 2025, com a produção de carros elétricos. O Grupo Caoa é acionista majoritário da joint venture. No entanto, é pouco provável que o investimento em Jacareí seja levado adiante caso a Chery decida produzir seus automóveis elétricos na Argentina. Nesse caso, a planta no país vizinho teria o papel de abastecer outros países da América do Sul.
Agronegócio
Ministério da Agricultura reforça segurança sanitária nas fronteiras
16/02/2023O Ministério da Agricultura vai reforçar o esquema de vigilância sanitária nas fronteiras. Segundo a mesma fonte, a Pasta pretende também emitir um alerta aos governos estaduais em regiões de divisa recomendando a adoção de procedimento semelhante. A ameaça da gripe aviária, que parecia razoavelmente distante, chegou às franjas do território brasileiro, com a confirmação dos primeiros casos da doença no Uruguai e na Argentina, anunciados ontem pelas autoridades dos dois países. As ações profiláticas do Ministério da Agricultura se somam a medidas que já vinham sendo adotadas pelos maiores frigoríficos do país, entre as quais a suspensão de visitas em aviários. O Brasil tem uma invencibilidade para defender: jamais foi registrado um caso de gripe aviária no país. A balança comercial agradece.
Internacional
Bolívia também quer dinheiro do BNDES
14/02/2023Além do gasoduto Nestor Kirchner, na Argentina, outro projeto da “vizinhança” poderá cair no colo do BNDES. Segundo fonte do Itamaraty, o governo da Bolívia já fez uma primeira consulta ao Brasil sobre a possibilidade de o banco de fomento financiar a construção de usinas de biodiesel no país. A primeira leva envolveria a instalação de três plantas, um investimento previsto da ordem de US$ 150 milhões. A ideia dos bolivianos é que a primeira planta, com capacidade de produção de 1.500 barris de biodiesel/dia, entre em operação ainda neste ano. No Ministério das Relações Exteriores, há informações de que o próprio presidente da Bolívia, Luiz Arce, pretende se reunir com Lula para tratar do assunto.
Infraestrutura
Planos de Alckmin passam longe de gasoduto argentino
24/01/2023O possível apoio do BNDES ao projeto de construção do gasoduto Nestor Kirchner, na Argentina, sinalizado ontem pelo presidente Lula, encontra, a princípio, um foco de resistência dentro do governo. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, alimenta outros planos para o setor. Segundo o RR apurou, em encontro na quarta-feira passada, com dirigentes de centrais sindicais, o também ministro da Indústria e do Comércio disse que está empenhado em acabar com a desindustrialização do Brasil e que, para tanto, além da reforma tributária, é preciso oferecer às empresas juros mais baixos, crédito e infraestrutura. Ato contínuo, mencionou a necessidade de investimentos internos na oferta de gás. De acordo com a fonte do RR, Alckmin citou, com eloquência, o gasoduto Rota 1 e Rota 2 da Petrobras (a Rota 3 atrasou e tem previsão de entrada em operação em 2024), que levará o gás do pré-sal à costa brasileira, com alguns trechos passando pelo mar. Alckmin defendeu a construção da Rota 4 e revelou já ter conversado com o seu colega Márcio França, ministro de Portos e Aeroportos, sobre a importância dos investimentos em gasodutos. Foi além, afirmando que ambos esperam a posse de Jean Paul Prates na estatal, para tratarem deste assunto. Segundo ainda o vice e ministro, não faz sentido a reinjeção de gás nos campos petrolíferos, em função da falta de gasodutos que leve o produto às empresas consumidoras.
O governo de Alberto Fernández solicitou um financiamento do BNDES da ordem de US$ 700 milhões para a construção de uma linha do gasoduto Nestor Kirchner, com cerca de 500 km, entre Vaca Muerta, na Patagônia, até a Província de Santa Fé, a nona cidade mais populosa daquele país, na região centro-leste. A partir dali, com outro aporte, o empreendimento traria o gás a Uruguaiana (RS), para em seguida abastecer Porto Alegre. Em dezembro, o banco admitiu que havia conversas sobre a operação de crédito, mas não confirmou o aporte.
Negócios
Crise afeta negócios da Renner na Argentina
6/01/2023A operação da Renner na Argentina está na corda bamba. A rede varejista tem sido duramente atingida pela crise econômica no país vizinho. Nesta semana, fechou, temporariamente, uma de suas duas lojas em Buenos Aires, localizada na Calle Florida. Já é o segundo ponto de venda desativado provisoriamente pela empresa – o outro foi no Shopping Paseo del Jockey, na cidade de Córdoba. Como se não bastasse a retração do consumo, nos últimos meses a Renner passou a conviver com mais um problema: a falta de produtos em estoque, notadamente no segmento de vestuário. Trata-se de uma consequência, por um lado, do fechamento de indústrias locais e, por outro, da elevada taxação sobre produtos importados imposta pelo governo de Alberto Fernández.
Até o momento, ressalte-se, as outras duas lojas da Renner na Argentina – uma em Buenos Aires, na Avenida Santa Fé, e outra também em Córdoba, mais precisamente no Patio Olmos – seguem funcionando. Em conversa com o RR, a rede varejista confirmou que “devido à falta de estoque de produtos por motivos alheios à empresa, as operações na Calle Florida, em Buenos Aires, e no shopping Paseo del Jockey, em Córdoba, permanecerão fechadas temporariamente.” Até quando? A companhia não diz. Garante apenas “que continuará trabalhando para a reabertura das lojas e reafirma seu compromisso com a Argentina e com seus clientes, colaboradores e fornecedores no país.”
Política
Brasil e Argentina a pleno vapor
3/11/2022Para a Argentina, é como se Lula já tivesse assumido a Presidência. Na esteira do encontro entre Alberto Fernández e o petista, na última segunda-feira, o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, agendou para a próxima semana uma reunião com assessores de Lula na área de política externa. Um dos temas ser discutido é a simplificação de regras aduaneiras para exportadores e importadores frequentes. A Argentina chegou a levar o pleito ao governo Bolsonaro. Mas desse chão nada brotou.
Política
O perigo mora ao lado
24/10/2022Spoiler dos próximos programas de Jair Bolsonaro no horário eleitoral: Bolsonaro vai vincular duramente Lula ao presidente Alberto Fernández e à crise econômica argentina, com direito a cenas de prateleiras vazias em supermercados. A premissa do staff de campanha é que a Argentina cala mais fundo no eleitorado da classe média do que a já surrada vinculação do PT à Venezuela.
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Porta de saída
18/10/2022O Grupo Votorantim está preparando o terreno para a venda da Acerbrag, sua usina de aços longos na Argentina. Neste ano, aumentou em 50% os investimentos na subsidiária, com o objetivo de reduzir o grau de obsolescência da planta. Sem o “banho de loja”, vai ser difícil se desfazer da empresa, o último ativo dos Ermírio de Moraes na siderurgia.
Acervo RR
Risco Argentina
30/08/2022O Grupo Dass, representante de marcas como Nike, Adidas e Asics, está reavaliando suas operações na Argentina. Nas últimas semanas, teria demitido mais de 100 funcionários. Não deve parar por aí. As novas medidas sobre a mesa vão de cortes de produção à suspensão de algumas de suas fábricas de calçados. Dona de três grandes unidades fabris no país vizinho, a empresa tem sido atingida pela decisão do governo de Alberto Fernández de impor cotas à importação de matérias-primas e pela escassez de dólares.
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Passaporte
30/08/2022O Grupo Vincentin, um dos principais players do agronegócio na Argentina, busca sócios brasileiros para a compra de terras do lado de cá da fronteira.
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ESG na veia
29/08/2022O Land Innovation Fund, da Cargill, já aportou até o momento US$ 6 milhões em 28 projetos ligados ao plantio sustentável de soja na Amazônia e no Cerrado, além da região do Gran Chaco, na Argentina. Novos projetos vão germinar em breve. O fundo reservou no total US$ 30 milhões.
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Idas e vindas na diplomacia
10/08/2022Reviravolta na diplomacia entre Brasil e Argentina. Na semana passada, o governo do presidente Alberto Fernández oficializou ao Itamaraty que Daniel Scioli vai reassumir a Embaixada da Argentina em Brasília apenas dois meses após deixar o posto para assumir o agora extinto Ministério do Desenvolvimento Produtivo. Segundo a mesma fonte, a princípio, a volta de Scioli ao cargo é temporária, até dezembro. O governo argentino vai avaliar o perfil do próximo embaixador de acordo com o resultado da eleição presidencial brasileira.
…
Há questões sensíveis nas relações entre Brasil e Argentina que passam pelo pleito de outubro. Um exemplo: no Itamaraty há informações de que o presidente Alberto Fernández espera pelas eleições brasileiras para propor a reintegração da Venezuela ao Mercosul. Uma eventual vitória de Lula abriria caminho para o waiver aos venezuelanos. Entre os integrantes do bloco econômico, o governo Bolsonaro é a maior barreira nesse sentido. A Venezuela está suspensa do Mercosul desde 2017, por “ruptura da ordem democrática”. De certa forma, Alberto Fernández “legisla” em causa própria ao afagar o governo de Nicolás Maduro. Em grave crise econômica, a Argentina precisa comprar petróleo e gás dos venezuelanos em condições mais vantajosas.
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Mercosul da varíola
5/08/2022O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mantém conversações com seus pares na Argentina, e Uruguai sobre um plano de cooperação para o enfrentamento da varíola dos macacos. Uma das ações é o rateio de vacinas para a imediata imunização de profissionais da saúde.
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Ameaça de terrorismo faz voo rasante sobre o lado de baixo do Equador
14/07/2022Investigações em curso na Justiça da Argentina apontam para uma participação da Abin num intricado caso que envolve a apreensão de um cargueiro da venezuelana Emtrasur, no Aeroporto Internacional de Buenos Aires. No início de junho, o órgão brasileiro alertou a Agência Federal de Inteligência da Argentina sobre o vaivém suspeito da aeronave. Outros dois países fizeram o mesmo no mês passado. Assim, tão logo pousou, o Boeing foi apreendido. E a tripulação confinada em um hotel, sob investigação. O foco principal está no piloto e no copiloto, ambos iranianos.
Desconfia-se que tenham vínculos com a Força Quds, um braço paramilitar da Guarda Revolucionária Iraniana, responsável pela execução do programa atômico e de mísseis de Teerã. Havia mais 12 pessoas a bordo, todas venezuelanas, aparentemente algumas sem qualquer conhecimento de aviação. Todos negam irregularidades. O voo de Querétaro, no México, a Buenos Aires, trazia peças automotivas para a SAS Automotriz.
A empresa ligada ao francês Faurecia admite que a carga era sua – componentes destinados à produção de painéis de instrumentos e assentos para o Volkswagen Taos. Mas algumas coisas intrigam os investigadores. As peças para o modelo pesavam cerca de 45 toneladas no todo, em um imenso avião com capacidade de transportar o dobro. Sobre o copiloto pesa a suspeita de ter feito uma cirurgia plástica que mudou as feições de seu rosto.
O mesmo cargueiro esteve recentemente no Paraguai. Dali saiu carregado com tabaco, destinado a Aruba (outra carga leve). Depois de breve passagem por Cuba chegou ao México. Outro dado curioso sobre o avião é que ele só foi detido na Argentina depois de ter decolado dali e ido ao vizinho Uruguai para ser abastecido. Como não foi autorizado a pousar, ele retornou a Buenos Aires, onde acabou apreendido. Consultada pelo RR, a Abin não negou participação. Preferiu responder apenas que não iria comentar o caso.
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Camil tem fome de aquisição
13/07/2022A Camil Alimentos, um gigante do setor que fatura mais de R$ 10 bilhões por ano, vai acelerar seu projeto de internacionalização. O RR tem a informação de que a empresa pretende entrar, ainda neste ano, no México e na Argentina, por meio de aquisições. De acordo com a mesma fonte, há conversações avançadas para a compra de uma processadora de arroz argentina. A Camil, ressalte-se, já atua no Chile, Uruguai e Peru – neste último, é dona da maior fabricante de arroz do país, a Costeño. A decisão da Camil de apertar o ritmo dos seus investimentos internacionais se dá em um momento nevrálgico do ponto de vista geoeconômico. Entre outros segmentos duramente atingidos, a guerra entre Rússia e Ucrânia está chacoalhando o setor de alimentos, com elevação dos preços e risco de desabastecimento.
Acervo RR
Tartaruga
14/06/2022Ontem, no fim de tarde, a Receita trabalhava internamente com a estimativa de que a circulação de cargas entre Brasil e Argentina será reduzida à metade hoje e amanhã. Saldo da paralisação de advertência convocada pelos auditores fiscais agropecuários.
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Semente na terra
13/06/2022O El Tejar, um dos maiores grupos do agronegócio na Argentina, está buscando investidores brasileiros para se associar a operações na área de soja no país vizinho. No ano passado, os argentinos venderam seus negócios no Brasil para a Amaggi, de Blairo Maggi.
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Embaixador do business
9/06/2022Segundo informações que circulam no Itamaraty, o governo Alberto Fernández quer indicar um empresário para o posto de embaixador da Argentina em Brasília. O atual titular, Daniel Scioli, está deixando o cargo para assumir o Ministério do Desenvolvimento Produtivo da Argentina.
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Canto da sereia
2/06/2022O embaixador da Argentina em Brasília, Daniel Scioli, está acelerando para cima de montadoras. Acena com um generoso pacote de incentivos a empresas que transferirem investimentos do Brasil para o país vizinho.
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Lítio é mais uma oportunidade perdida
16/02/2022A incompetência do governo Bolsonaro em valorizar os principais ativos brasileiros no exterior se manifesta agora no mercado de lítio. Na edição da última segunda-feira, o Financial Times revelou que, entre os países detentores de grandes reservas, Argentina e Chile são os mais avançados na atração de investimentos internacionais. A Bolívia, por sua vez, está começando agora a buscar parceiros para o negócio.
O trio forma uma espécie de “Opep do lítio”, com o equivalente a 70% das reservas globais. O Brasil, que soma aproximadamente 8% das jazidas mundiais, poderia muito bem fazer parte desse bloco. No entanto, o país sequer é citado na reportagem. Pudera.
O governo não está movendo nem uma palha para potencializar a produção do mineral. Tampouco tem buscado oportunidades conjuntas com os países vizinhos. Ou seja: a um só tempo, o Brasil está perdendo a corrida pelo dinheiro e pela afirmação no exterior de uma nação comprometida com a redução de poluentes e o uso de um insumo vital para a produção de baterias de veículos elétricos.
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Sangue latino
13/12/2021A Dasa avança a passos largos em seu processo de internacionalização. Após abrir laboratórios na Argentina e no Uruguai, a empresa prepara sua entrada no Chile e na Colômbia. É projeto para o primeiro semestre de 2022. Consultada, a empresa não se pronunciou.
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Encontro marcado
6/12/2021Segundo fonte do Itamaraty, Jair Bolsonaro e o presidente da Argentina, Alberto Fernández, terão um encontro reservado, em Brasília, na terceira semana de dezembro, durante a reunião de cúpula do Mercosul. Uma das pautas será a construção de um gasoduto para ligar as jazidas de gás de Vaca Muerta ao Rio Grande do Sul.
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Lusco-fusco bilateral
29/11/2021Mais uma faísca nas relações entre Brasil e Argentina: a sincronização das hidrelétricas de Itaipu e Yaciretá, que estava prevista para este ano, deve ficar para 2022. Será o segundo adiamento em um ano e meio. No governo brasileiro, os atrasos são atribuídos à estatal argentina do setor elétrico Cammesa. A cada momento, a empresa apresenta uma nova exigência. É como se a Argentina não quisesse mais sincronizar os ciclos de produção das duas usinas.
Acervo RR
Al mare
18/11/2021A reivindicação dos governos da Argentina e do Uruguai (ver RR de 25 de outubro) surtiu efeito. Para alívio do setor turístico, o governo brasileiro vai baixar uma portaria estendendo a rota dos cruzeiros que circulam pela costa do Brasil aos dois países. A travessia está suspensa por conta da pandemia.
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Como uma onda no mar
25/10/2021Segundo fonte do Itamaraty, os governos da Argentina e do Uruguai estão reivindicando ao Brasil que libere a circulação de cruzeiros marítimos internacionais. Por conta da pandemia, a travessia de navios de passageiros está restrita a águas territoriais brasileiras, notadamente em cidades do Sudeste e do Nordeste. Por tabela, a medida tem atingido duramente o setor turístico na Argentina e no Uruguai: historicamente, os dois países recebem muitos cruzeiros internacionais que partem ou passam pelo Brasil. Procurado, o Itamaraty não se pronunciou. Já a Pasta do Turismo informou que “os Ministérios da Saúde, Infraestrutura e Justiça, juntamente com a Anvisa, seguem definindo os critérios técnicos e protocolos, de modo a possibilitar uma retomada gradual e segura (dos cruzeiros) para todos.”.
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Menos gás para as térmicas brasileiras
6/10/2021Em meio à crise hídrica, um fator a mais de pressão para o governo. Grandes grupos da área de geração têm encontrado dificuldade para fechar novos contratos de importação de gás da Argentina. A redução da oferta se deve ao acordo fechado pelo governo de Alberto Fernández com o Chile, que prevê o fornecimento de seis milhões de metros cúbicos do insumo por dia até abril de 2022.
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Embaixador-adviser
13/09/2021Segundo o RR apurou, o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, tem mantido contatos diretos com indústrias do setor de laticínios, sobre-tudo no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Está pavimentando o caminho para a entrada de empresas argentinas no Brasil, por meio de aquisições.
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Efeito cascata
16/07/2021Grandes produtores de soja já trabalham com a estimativa de aumento dos preços em até 10% no mercado interno nos próximos dois meses. O motivo é o aumento das exportações para a Argentina, que enfrenta uma quebra de safra da commodity.
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Um aceno diplomático à Argentina
9/02/2021A diplomacia bolsonarista parece viver um raro momento em que a ideologia abre brechas para o pragmatismo. Além dos acenos à China, motivados pela necessidade de importação da Coronavac, o governo brasileiro tem feito movimentos de aproximação com a Argentina. Há dois interesses prioritários sobre a mesa. O mais premente é garantir a continuidade do acordo de fornecimento de energia da Compañía Administradora del Mercado Mayorista Eléctrico (Cammesa) para o Brasil. Nos últimos dias, a Cammesa vem reduzido o suprimento do insumo para o lado de cá da fronteira por conta do aumento da demanda doméstica na Argentina. Em outro front, o governo brasileiro vislumbra espaço para a exportação de veículos militares blindados produzidos pela Iveco. No vácuo deixado por Ernesto Araújo, o chanceler invisível, quem vem ganhando espaço na interlocução com a Argentina é o almirante Flavio Rocha, secretário de Assuntos Estratégicos do Palácio do Planalto. Rocha esteve recentemente com o presidente Alberto Fernández. Tem mantido também contato regular com o embaixador argentino em Brasília, Daniel Sciol.
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Em tempo: num sinal de boa vizinhança, nos últimos dias o governo brasileiro liberou a exportação para a Argentina de 1,5 milhão de doses do medicamento Midazolam, usado como indutor de sono em pacientes com Covid-19.
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Uma política anti-Argentina?
26/01/2021Mais uma rusga diplomática entre Brasil e Argentina: o governo de Alberto Fernández fez chegar ao Itamaraty seu descontentamento com o decreto assinado por Jair Bolsonaro, fixando em 750 mil toneladas anuais o volume de trigo que o Brasil poderá importar de qualquer país de fora do Mercosul com isenção tributária. Os argentinos, que exportam cerca de cinco milhões de toneladas para o mercado brasileiro por ano, são potencialmente os principais prejudicados pela medida. Eles temem perder espaço para países como Estados Unidos e Canadá. E daí?
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O Rio Paraguai virou sertão
14/08/2020As autoridades do setor elétrico do Brasil, Argentina e Paraguai discutem o aumento temporário da vazão das hidrelétricas no Cone Sul, na tentativa de facilitar o tráfego de barcaças no Rio Paraguai. Há praticamente um apagão no transporte fluvial de grãos na região, onde a navegação de cabotagem sofre os efeitos da pior seca nos últimos 40 anos. Há mais de cem mil toneladas de carga paradas em portos ao longo do rio, devido à falta de navegabilidade. Estima-se que as perdas para os agricultores já esteja na casa dos US$ 30 milhões. Com viés de alta.
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O problema não atinge apenas o agronegócio. No Porto de Ladário, há cerca de 1 milhão de toneladas minério de ferro da Vale paradas, esperando o embarque para a Argentina.
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Aliás, a seca na região descortinou outro problema: o aumento do número de barcos com produtos contrabandeados que foram “naufragados” propositadamente, para evitar o flagrante da Polícia Federal.
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Trigo pode virar pimenta nas relações entre Brasil e Argentina
3/12/2019Pode ser até coincidência… Mas no momento em que os “comunistas” Alberto Fernández e Cristina Kirchner estão prestes a assumir o Poder na Argentina, o governo Bolsonaro planeja facilitar o aumento da participação de outros países nas importações brasileiras de trigo – quase um mercado cativo dos hermanos. O primeiro da lista são os Estados Unidos. Segundo fonte do Ministério da Agricultura, a cota de 750 mil toneladas isenta de taxação oferecida aos norte-americanos é apenas o hors d’oeuvres. A ideia é aumentar gradativamente esse volume a partir de 2020, independentemente de contrapartidas. De Trump para Putin, a Rússia é outro país que poderá ser paulatinamente beneficiado por cortes nas barreiras alfandegárias. Competitividade para isso não lhe falta. Nos últimos três meses, o trigo russo tem chegado aos portos brasileiros a um preço médio de US$ 252 a tonelada, contra US$ 260 do argentino. O movimento do governo brasileiro pode acicatar as relações bilaterais, na esteira do seu efeito potencial sobre a balança comercial argentina. O trigo da Argentina é quase hegemônico entre as importações do cereal. Do volume total que chega ao Brasil, 83% vêm dos vizinhos – de janeiro a setembro, foram 5,1 milhões de toneladas.
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Diplomacia da distância
13/11/2019A diplomacia do Brasil e da Argentina bem que tentou costurar um armistício. Segundo uma fonte do Itamaraty, na semana do dia 28 de outubro, logo após a eleição de Alberto Fernández, assessores do futuro presidente argentino na área de relações exteriores abriram diálogo com a embaixada brasileira em Buenos Aires. Os dois lados sondaram o terreno para uma visita de Fernández ao presidente Jair Bolsonaro. As conversas, no entanto, não passaram do primeiro degrau. Poucos dias depois, mais precisamente em 1º de novembro, Jair Bolsonaro confirmou que não iria à posse de Fernández
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Canto da sereia
31/03/2015Marta Suplicy já soprou ao pé do ouvido de Delcídio Amaral o convite do PSB. Delcídio é um pote até aqui de mágoa com a própria Dilma Rousseff, que passou ao largo da sua campanha ao governo do Mato Grosso do Sul.