Recuperação judicial é um vulto nos corredores da PDG

  • 28/10/2015
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   A PDG está no meio de um fogo cruzado, em que o fato e a versão ricocheteiam pelas paredes do mercado sem que se saiba ao certo quem é quem. Desde a última quinta-feira, circula pelas mesas de operação a informação de que a incorporadora está prestes a entrar com um pedido de recuperação judicial. A PDG já teria, inclusive, contratado os serviços da consultoria norte-americana Alvarez & Marsal, especializada em recuperação judicial. Há até um número mágico sobre a mesa: a RJ contemplaria aproximadamente R$ 4 bilhões em dívidas com bancos e fornecedores. Fato ou versão? O RR entrou em contato com a PDG, que não quis se pronunciar sobre o assunto.   Tiros de um lado, tiros de outro: entre os investidores há quem aposte que a informação sobre o pedido de recuperação judicial não passaria de um blefe, um balão de ensaio soprado pela própria PDG, com o deliberado objetivo de forçar um amplo acordão para a repactuação de seu passivo. A ideia de a companhia entrar em RJ sempre causou calafrio entre seus credores. Diante da extrema fragilidade da incorporadora e das condições adversas do mercado imobiliário, o regime especial poderia ter um efeito contrário e lançar a companhia em uma espiral sem volta: com uma dívida líquida de R$ 6 bilhões, o equivalente a cinco vezes o montante de recursos em caixa, a PDG teria cada vez mais dificuldades para financiar seus empreendimentos, as vendas de imó- veis desabariam e a empresa muito provavelmente definharia de vez, sem honrar seus compromissos. O fim deste círculo vicioso seria uma montanha de escombros, que soterraria indiscriminadamente acionistas e bancos. Uma renegociação com as instituições financeiras afastaria este risco e, ao mesmo tempo, livraria os acionistas da PDG de um novo aporte de capital.

#Alvarez & Marsal #PDG Realty

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