Petrobras engata uma marcha lenta na F-1

  • 21/09/2015
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A sangria no orçamento da Petrobras poderá atingir um dos mais emblemáticos investimentos de marketing da companhia. A direção da empresa discute o rompimento da parceria com a equipe de F-1 Williams ao fim desta temporada, portanto um ano antes do término do contrato. O valor do contrato é guardado a sete chaves pela estatal, mas, segundo especialistas da área de marketing esportivo, gira em torno dos US$ 15 milhões por ano. Oficialmente, a Petrobras nega a suspensão do patrocínio. Ressalte-se que a decisão racha a diretoria. Há os que enxergam a medida como uma demonstração de austeridade e até uma resposta social vis-à-vis os cortes e as demissões em curso na companhia. Os favoráveis ao rompimento do acordo argumentam também que os ganhos de imagem da empresa com a F-1 são declinantes, devido à notória queda do interesse do brasileiro pela categoria. O mesmo raciocínio justificaria também o fim do patrocínio ao próprio Grande Prêmio Brasil, em Interlagos. Do lado contrário, uma parte da diretoria entende que o cancelamento do contrato com a Williams e mesmo a saída da F-1 representarão uma economia tola. A companhia perderá uma importante vitrine internacional justamente no momento em que ela se apequena cada vez mais. O patrocínio à escuderia inglesa permite à Petrobras dividir a curva com grandes petroleiras mundiais, como Shell, ExxonMobil e Total, que exibem suas marcas, respectivamente, nos carros da Ferrari, McLaren e Red Bull. Deixar esse clube teria um impacto simbólico negativo para a estatal.

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