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O ex e o futuro concessionários do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) estão às portas de um contencioso. A Zurich Airport, que arrematou a licença do terminal no último mês de maio, pretende entrar na Justiça para se livrar de uma dívida deixada para trás pela Inframérica, leia-se a Corporación America, do empresário Eduardo Eurnekian – diga-se de passagem, dono de uma das maiores fortunas da Argentina. Trata-se de um passivo da ordem de R$ 30 milhões referente ao pagamento do IPTU entre 2012 e 2017. A Inframérica contestava na Justiça a cobrança do tributo pela Prefeitura de São Gonçalo do Amarante. O caso foi bater no STF, e, na semana passada, o ministro Luis Roberto Barroso decidiu que o município tem direito de recolher o imposto. A questão é: quem paga?
A Inframérica entende que a dívida pertence à concessão, agora nas mãos da Zurich Airport. Os suíços, por sua vez, vão tentar provar na Justiça que a responsabilidade pelo débito não cabe ao Aeroporto, mas, sim, aos seus antigos acionistas, a Corporación América e a própria Infraero, minoritária do consórcio. Procuradas pelo RR, Zurich Aiports e Inframérica não quiseram se pronunciar. Esta é mais uma nuvem espessa que paira sobre uma das mais turbulentas concessões do setor aeroportuário. Após uma longa queda de braço, a Inframérica conseguiu devolver a licença à União e chegar a um valor de consenso pela indenização a que tinha direito, fechada em R$ 550 milhões. O dinheiro, por sinal, vai sair do bolso da própria Zurich, que descontará a cifra do preço de outorga do aeroporto.
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