Universidades federais correm risco de um apagão financeiro

  • 27/12/2021
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As universidades federais estão ameaçadas de entrar em colapso em 2022. Segundo o RR apurou, reitores reunidos na Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Adinfes) têm feito seguidos alertas ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre o risco de interrupção das atividades ao longo do próximo ano devido a restrições orçamentárias. O total das verbas discricionárias previstas para o ano que vem é o menor do governo Bolsonaro: cerca de R$ 5,1 bilhão – em 2019, essa cifra chegou a ser de R$ 7,1 bilhão.

De acordo com um reitor ouvido pelo RR, esses recursos só cobrem os gastos das 69 universidades vinculadas ao Ministério da Educação até julho. Nos cálculos dos dirigentes dessas instituições, essa dotação precisaria praticamente dobrar para que todos os compromissos financeiros de 2022 sejam honrados. Caso contrário, pouco depois do meio do ano, o que se verá é uma onda de calotes involuntários em serviços terceirizados, obras e mesmo programas de assistência estudantil cobertos pelas verbas discricionárias.

Procurados pelo RR, o Ministério da Educação e a Adinfes não se pronunciaram. Há ainda um agravante: ao longo de 2022, o Ministério da Educação deve criar cinco novas universidades federais, a partir da cisão de estabelecimentos já existentes, sem acrescentar as verbas correspondentes. Segundo o RR apurou, reitores vem fazendo articulações junto às bancadas parlamentares de seus respectivos estados na tentativa de criar um fato político e pressionar o governo a aumentar as verbas das universidades federais. É o que resta diante da postura de Milton Ribeiro. Até agora, o ministro tem feito ouvidos de mercador ao pleito.

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