Há um zum de besouro perturbando o início da gestão de Carlos Fávaro no Ministério da Agricultura. O Brasil tem sido pressionado pela Organização Mundial de Saúde Animal a emitir um alerta formal sobre a presença do aethina tumida em algumas das principais regiões produtoras de mel do país. Trata-se de uma espécie de besouro que costuma devastar colmeias e impor prejuízos a apicultores. Já há registros do inseto no Rio Grande do Sul e Espírito Santo, além de relatos, ainda não confirmados oficialmente, de casos em Santa Catarina. Trata-se de um problema de razoável dimensão para ser administrado por Fávaro e sua equipe. A disseminação do aethina túmida pode custar o bloqueio à entrada de mel brasileiro em diversos países, justo no momento em que a apicultura nacional vive o maior salto da sua história. No ano passado, o Brasil bateu seu recorde, com a produção de 60 mil toneladas. Em 2021, as exportações de mel cresceram 120%. Entre os principais mercados estão Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Países Baixos e Reino Unido.

O aethina tumida é uma das maiores ameaças à apicultura. O besouro entra nas colmeias e deposita uma larva que infecta todas as abelhas. O primeiro registro da doença no Brasil data de 2015, mas, até então, sua incidência era esporádica. No entanto, o número de casos cresceu significativamente ao longo dos últimos meses.