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O Ministério da Agricultura estuda um novo modelo para a concessão de armazéns da Conab. Os vencedores das licitações se comprometeriam a investir na construção de centros de armazenamento em áreas estratégicas predefinidas pela Pasta. Seria uma espécie de “toma lá, dá cá do bem”, em prol do agronegócio: a cada pacote de ativos arrematado corresponderia uma unidade instalada do zero. Este formato permitiria ao governo arar dois campos com uma só enxadada: se livrar dos altos custos de manutenção das unidades da Conab e expandir a estrutura logística em novas fronteiras agrícolas, a exemplo de Luis Eduardo Magalhães (BA), Balsas (MA), Urussuí (PI) e Paragominas (PA). O país tem um déficit crescente no armazenamento de grãos. Um terço da produção agrícola nacional – cerca de 80 milhões de toneladas – é um “sem teto”. Grandes grupos do agronegócio já teriam manifestado interesse no negócio, casos de Cargill e Amaggi. A Rumo, operadora ferroviária, também estaria disposta a entrar no segmento como forma de verticalizar sua atuação na área de logística. Procurada, a Conab confirma que “estão sendo estudadas formas de desapossar-se, por meio de venda ou cessão, de imóveis”. Diz ainda que “não há decisão formalizada”.
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