Um setor blindado contra os tiros da pandemia

  • 3/05/2021
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Jair Bolsonaro pode contar com um setor de segurança privada vitaminado em 2022. Notório apoiador do presidente, o segmento tem contrariado todos os prognósticos de declínio e driblado circunstâncias que pareciam ser devastadoras – isolamento social, encolhimento do comércio presencial, redução do número de agências bancárias, entre outras. A maior parte das empresas não publica balanço, mas as recém-divulgadas demonstrações financeiras da Protege, um dos grandes grupos de segurança privada do país, dão uma amostra da recuperação do setor. Em 2020, o lucro chegou a R$ 191 milhões, um crescimento de 124% na comparação com o ano anterior. Já a receita saltou de R$ 890 milhões para R$ 1,3 bilhão. Os números são surpreendentes até para a própria Protege. No primeiro trimestre do ano passado, a empresa estimava uma queda de 40% no faturamento em 2020.

Aos poucos, as armas de fogo vão dando lugar ao digital. A redução do serviço presencial tem sido compensada pela migração para a segurança eletrônica. Essa mudança vem estimulando, inclusive, o surgimento de novos players. É o caso da Intelbras, fabricante de equipamentos de telecomunicações. A Seventh, seu braço no setor, fechou 2020 com um aumento da receita de 140% e do Ebitda em 210%.

O segmento de segurança patrimonial tem pautas delicadas a tratar com o governo. Um dos maiores motivos de insatisfação – só para não variar – é o grosso calibre da carga tributária. Interlocução com o Poder não é o problema. Que o diga Washington Cinel, dono da Gocil, uma das maiores empresas de segurança de São Paulo. Cinel tem linha direta com Bolsonaro – foi, inclusive, o anfitrião do recente jantar do presidente com empresários em São Paulo.

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