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Advocacia
O Projeto de Lei 1.743/24, em tramitação na Câmara, vale mais pelas suas entrelinhas do que exatamente pelo que está escrito. Para todos os efeitos, a proposta do deputado Doutor Luizinho (PP-RJ) estabelece a criação de dois novos cargos no Conselho Federal da OAB – diretor administrativo e diretor executivo. No entanto, dentro da própria entidade, o que se diz é que o projeto tem segundas intenções: abrir uma brecha para a primeira reeleição de um presidente na história da OAB, com a justificativa da nova estrutura organizacional. Ou seja: como se o jogo começasse do zero. O principal lobby para a aprovação do PL vem de aliados do atual no 1 da Ordem, o amazonense Beto Simonetti. O advogado foi eleito em 2022. Ele pertence a um grupo que comanda a OAB desde 2013, quando da gestão de Marcus Vinicius Furtado Coêlho. O estatuto da OAB não proíbe a reeleição do presidente. Mas o rodízio no cargo é um consuetudo consagrado na instituição. Ao que parece, esse costume está prestes a cair.
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