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Judiciário
Não há espaço para polarização política no STJ. Mas, para bipolaridade, talvez. Entre os próprios ministros da Corte, a aposta é que a gestão do novo presidente do Tribunal, Herman Benjamin, empossado no último 22, será um pêndulo entre os antípodas da política brasileira. Benjamin foi nomeado para o STJ no primeiro mandato de Lula, em 2006. No entanto, seu relacionamento com o PT se esgarçou durante a sua passagem pelo TSE, quando foi o relator do processo que pedia a cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer. No governo de Jair Bolsonaro, o magistrado procurou se aproximar do presidente e chegou a ser cotado como um possível nome para o STF. O tempo passou. Em sua posse, na semana passada, Benjamin fez vários acenos a Lula e à esquerda, ao citar o combate à fome e à pobreza, defender minorias e atacar a concentração de renda. Pensando bem, diante da entropia institucional do Brasil nos últimos anos, o presidente de uma Corte federal buscar permanentemente uma sintonia com a Presidência da República, seja quem estiver no cargo, é o menor dos problemas.
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