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Há um curto-circuito diplomático em Itaipu. O RR apurou que o governo do Paraguai está exigindo que a hidrelétrica binacional repasse US$ 200 milhões para a estatal Administración Nacional de Eletricidad (Ande). Os paraguaios querem o olho por olho dente por dente. No último dia 11 de dezembro, o Conselho de Administração de Itaipu aprovou a transferência de igual valor à brasileira Furnas.
Além do dinheiro, o Paraguai reivindica os mesmos termos do acordo firmado com a estatal brasileira, com o repasse feito ao longo dos próximos 60 meses. De acordo com a mesma fonte, diante da pressão a diretoria de Itaipu já informou aos paraguaios que o pleito será analisado pelo Conselho da empresa em fevereiro. O episódio é um fio solto que já antecipa a tensão esperada para 2023, quando Brasil e Paraguai terão de renovar o Tratado Bilateral de Itaipu.
Há forte pressão política do outro lado da fronteira: os paraguaios cobram do presidente Mario Abdo Benitez uma postura mais firme nas negociações com o governo brasileiro. Ainda que o repasse à Ande venha a ser aprovado, a decisão não apagará o mal-estar causado pelo caso. O governo do Paraguai alega não ter sido consultado sobre a operação financeira. Procurada, Itaipu confirma o repasse dos recursos para Furnas. A empresa nega que o governo paraguaio não tenha tomado conhecimento prévio da operação: “Todos os repasses de verbas e investimentos, como nesse caso do convênio com Furnas, precisam ser aprovados binacionalmente”. Sobre o pleito dos paraguaios de transferência para a Ande, Itaipu limitou-se a dizer que “a mesma quantia poderá ser empregada no sistema elétrico do país vizinho”.
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