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Um cosmopolita sob medida para o governo

  • 28/11/2018
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O ex-presidente do Banco Central, Carlos Geraldo Langoni, sondado para colaborar com a equipe econômica, tem um perfil sob medida para tratar de questões internacionais, com ênfase na diplomacia empresarial. Langoni é hoje provavelmente um dos economistas mais cosmopolitas do país. Dirige o Centro de Economia Mundial da FGV, onde realiza simpósios com autoridades internacionais e grandes empresas transnacionais. É provável que Paulo Guedes queira um assessor com essa senioridade para uma
secretaria de relações externas ou comércio exterior. Ficaria a cargo do Itamaraty a grande política de relações externas. Langoni trabalharia no micro, aliás, nem tão micro assim, negociando com as grandes corporações e buscando lubrificar acordos de comércio bilaterais. O ex-presidente do BC caberia como uma luva nessa função, já que é jeitoso e de fala mansa, o que reduziria atritos com o Ministério das Relações Exteriores. Langoni é o decano entre os “Chicago Oldies” (Apud Guedes). Foi professor do futuro ministro da Economia e de quase toda a sua turma. Em tempo: Langoni foi autor da mais polemica tese da década de 70, na qual colocava a educação como base dos problemas de desigualdade da renda. Pagou um preço na época por ser considerado conservador até mesmo na FGV. Voltou por cima. Hoje, seu pensamento é considerado um clássico mesmo por escolas econômicas refratárias.

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