Um algodão entre os cristais nas relações entre Brasil e EUA

  • 1/03/2021
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O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, tem se revelado um personagem fundamental no distensionamento das relações entre os governos Bolsonaro e Biden. Segundo informações filtradas junto ao Itamaraty, Chapman costura um encontro, em Washington, entre o chanceler Ernesto Araújo e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken. O diplomata já esteve reunido com Araújo no início do mês, quando, inclusive, intermediou um primeiro contato telefônico entre o ministro e Blinken.

Poucos dias antes, encontrou-se com o general Hamilton Mourão em uma audiência dominada por um assunto espinhoso: meio ambiente. De certa forma, Chapman tem sido correspondido em sua cruzada diplomática. Bravatas ideológicas à parte, o governo Bolsonaro vem, pragmaticamente, se aproximando da gestão Biden. Há temas fulcrais sobre a mesa. Na conversa entre Araújo e Blinken, devem ser abordados assuntos comerciais de interesse dos Estados Unidos, a exemplo da venda de etanol, e do Brasil, como a redução das alíquotas para a entrada do aço nacional no mercado americano.

Há ainda uma questão delicada que paira no ar após a saída de Donald Trump do poder: qual será o futuro do acordo estratégico para o uso da Base de Alcantara pelos norte-americanos? Há uma pressão de ONGs e do meio acadêmico nos EUA para que a Casa Branca rompa a parceria. Entidades do terceiro setor e um grupo de 10 universidades enviaram um documento à Casa Branca contra a manutenção do acordo e com pesadas críticas ao governo Bolsonaro, notadamente nas áreas de meio ambiente e direitos humanos.

#Jair Bolsonaro #Joe Biden #Todd Chapman

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