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Há uma história de blefes, despistes e ambição desenfreada envolvendo a TT Investimentos e seus sócios, Antonio e Arthur Fraga Baer Bahia, sobrinhos de Armínio Fraga. Na quarta-feira, dia 31 de agosto, o RR recebeu a informação de que a TT havia perdido mais de R$ 300 milhões em operações de option futuras por meio do fundo Tt Global Equities Investimento no Exterior FI Multimercado. O assunto era extremamente delicado. Em contato com fontes do mercado, a newsletter ouviu relatos de denúncias de fraude na gestão da carteira.
Essas mesmas fontes citaram o próprio Armínio Fraga como um dos investidores do fundo. Como não poderia deixar de ser, o RR procurou ouvir todos os personagens citados. Às 14h34 do próprio dia 31, enviou um e-mail à TT Investimentos com uma série de perguntas. Às 14h44, a redação do RR recebeu uma resposta. Em um breve mensagem, a TT afirmou que “não existe nenhuma investigação corrente ou histórica contra a TT. O fundo está posicionado em ativos listados em bolsa nos EUA e sofreu perdas com esses ativos”. No mesmo e-mail, a gestora garantiu que “a Gávea e Arminio Fraga não possuem nenhuma participação na TT Investimentos.”
A instituição negou o que sequer havia sido mencionado, ou seja, uma eventual relação societária entre a Gávea ou Armínio e a empresa de investimentos. Mas silenciou sobre a pergunta do RR se a própria Gávea ou o ex-presidente do Banco Central tinham participação no fundo Tt Global Equities. A resposta, no entanto, veio da própria casa de investimentos de Armínio Fraga. Em contato com o RR, através de e-mail encaminhado às 16h24 também do dia 31 de agosto, a Gávea disse que “não tem participação no TT Global Equities Investimento no Exterior FI Multimercado.” Mas confirmou que “Arminio Fraga é investidor do fundo na pessoa física”.
A instituição financeira disse ainda não ter conhecimento das “denúncias mencionadas” em relação ao Tt Global Equities. O RR insistiu em falar com os sócios da TT Investimentos. No dia 2 de setembro, às 15h56, a newsletter fez contato com Arthur Fraga Bahia. Na conversa, Bahia voltou a negar a existência de qualquer fraude na gestão do fundo e afirmou categoricamente que as perdas da carteira eram bem inferiores ao valor de R$ 300 milhões apurado pelo RR. A newsletter, como não poderia deixar de ser, agiu de boa fé e não desacreditou o posicionamento de Arthur Bahia. Boa fé que, tudo indica, faltou ao investidor, ao menos no episódio em questão.
Ontem, a colunista Neuza Sanches publicou no site da revista Veja que “sobrinhos de um ex presidente do Banco Central” perderam meio bilhão de reais “por decisões equivocadas”. A nota cita, inclusive, que a gestora foi à “bancarrota” com os prejuízos. A colunista não revelou os nomes da instituição financeira e de seus sócios. Mas, ao longo do dia de ontem, não se falou de outra coisa no mercado: vários gestores ouvidos pelo RR cravavam, com 101% de certeza, que se trata da TT Investimentos e de Antônio e Arthur Bahia. Havia informações, inclusive, de que os valores das perdas alcançavam os R$ 700 milhões, contabilizando-se a chamada de margem. Ou seja: a julgar pelo que diz a Veja e comenta-se no mercado, o rombo no fundo Tt Global Equities é ainda maior do que os R$ 300 milhões inicialmente informados ao RR. Junto à perda astronômica, vai-se também a credibilidade dos sócios da TT.
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