Suzuki deixa seu sócio brasileiro na estrada

  • 14/10/2015
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O empresário Eduardo Souza Ramos, sócio de duas grandes montadoras asiáticas no Brasil, trafega entre o rochedo e o mar. De um lado, tem a Operação Zelotes a triscar na lataria da MMC Automotores, representante da Mitsubishi Motors no país e suspeita de participar do suposto esquema de propinas no Carf; do outro, está prestes a ser ejetado da sociedade com a Suzuki, iniciada em 2008. A desativação da fábrica da montadora em Itumbiara (GO), apenas dois anos após sua inauguração, jogou combustível numa relação societária que já vinha aos trancos e barrancos. A Suzuki entende que Souza Ramos tomou a decisão de desativar a fábrica movido única e exclusivamente por seus interesses e negócios pessoais, passando por cima da estratégia traçada para a marca no Brasil. Para os japoneses, o empresário usou a crise no setor automotivo como pretexto para transferir a produção dos veículos Suzuki para a unidade da Mitsubishi em Catalão, também de sua propriedade, reduzindo, assim, a taxa de ociosidade no complexo industrial. Ou seja: tirou da mão direita para encher sua mão esquerda. Procurada, a Suzuki afirmou desconhecer as informações. Pretexto por pretexto, a Suzuki agora tem um bem maior para se desenganchar de Souza Ramos e assumir sua operação no Brasil, decisão que já vem sendo maturada há algum tempo. Antes, no entanto, tem mais um imbróglio para resolver. Os japoneses e o empresário batem de frente em relação ao pagamento dos custos decorrentes do fechamento da fábrica de Itumbiara. Souza Ramos tenta jogar a conta para cima dos sócios. Talvez seja melhor dizer, futuros ex-sócios.

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