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Nos últimos dias, a informação de que Stone e PagBank negociam sua fusão voltou ao mercado com força redobrada. Há até quem diga que já existe um esboço da estrutura de capital da futura empresa. A Stone pertence a um grupo de investidores, com destaque para André Street, fundador e principal acionista da empresa, com 37% dos papéis com poder de voto. O PagBank, por sua vez, é controlado pelo Grupo UOL. Em julho, o Itaú BBA soltou um relatório afirmando que o M&A seria a melhor solução para as duas companhias. Ambas ainda conduzem um negócio respeitável, com receita combinada na casa dos R$ 22 bilhões. Mas as suas “maquininhas” de cartão, que renderam prósperos resultados nos últimos anos, vêm perdendo espaço para outras modalidades de pagamento digital, sobretudo o PIX. Essa erosão tem levado o mercado a olhar para as duas companhias com enorme desconfiança. Na última quinta-feira, o Morgan Stanley soltou um relatório devastador, cortando o preço-alvo da ação da Stone de US$ 16,50 para US$ 7 e do PagBank de US$ 14 para US$ 6,50. Além disso, previu uma queda de 40% a 50% nos preços dos ativos das duas empresas. No caso da Stone, há ainda um ponto particular que acentuou a piora da sua percepção junto aos agentes financeiros. Em março, Street deixou o cargo de chairman da empresa, o que foi interpretado como um sinal de descrédito do próprio criador em relação a sua criatura.
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