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A reestruturação societária anunciada pela Stone – com a redução do poder do sócio fundador Eduardo Pontes – é vista na própria empresa como antessala para uma operação maior, leia-se uma fusão com outro grande player do setor financeiro. Além do decantado interesse do BTG, há algum tempo apontado como candidato ao negócio, o RR apurou que a companhia estaria mantendo conversações com a Getnet, pertencente ao Santander. No mercado, há, inclusive, quem enxergue mais do que uma mera coincidência no fato da Stone ter anunciado mudanças no bloco de controle simultaneamente ao fechamento de capital da Getnet, já divulgado pelo banco espanhol.
As operações seriam movimentos societários geminados, um preparativo para a posterior associação entre as duas companhias. Procuradas pelo RR, Stone e Getnet não se manifestaram. A eventual combinação de negócios das duas empresas de meios de pagamentos daria origem a um gigante do mercado de “maquininhas”. Stone e Getnet somam receita líquida da ordem de R$ 7 bilhões e um Ebitda superior a R$ 1 bilhão – a números de 2021. Tudo, ressalte-se, potencializado por um sem-número de possibilidades de sinergia com os demais negócios do Santander no Brasil.
Stone e Getnet têm um ponto fundamental em comum: ambas precisam encontrar uma resposta rápida para enfrentar a concorrência de espécies cada vez mais distintas do ecossistema financeiro, de empresas de adquirência a startups com novas soluções de pagamento. O Pix é outro adversário brutal. Não por acaso, as ações das empresas de “maquininhas” derretem. De junho de 2021 para cá, o valor de merca- do da Stone caiu impressionantes 86% – o equivalente a mais de R$ 130 bilhões. A Getnet não chega a tanto. Mas apenas sete meses depois da sua listagem direta em bolsa, o valor da ação da empresa acumula uma retração de 58%.
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