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Uma nova ideia para a revitalização da Zona Portuária do Rio paira sobre uma das áreas mais degradadas da cidade. O ponto de partida é projeto “Waterfront”, como é chamada dentro da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) a proposta de construção de terminais portuários na Ilha da Popemba, na Baía de Guanabara. A ideia da estatal é ceder uma faixa do Cais da Gamboa para a instalação de empreendimentos imobiliários – tanto residenciais quanto comerciais -, abrindo espaço para a reurbanização da região. Os recursos amealhados com a concessão dos terrenos seriam usados para financiar o novo complexo de terminais portuários da estatal. O projeto já foi apresentado ao Conselho de Autoridade Portuária, órgão que reúne representantes dos Poderes federal, estadual e municipal – informação confirmada ao RR por Docas. Já existe um acordo de cooperação técnica com o BNDES, a quem caberia coordenar os estudos. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas a missão é hercúlea: buscar investidores no meio de uma pandemia para um ousado projeto imobiliário em uma das regiões mais complexas do Rio. Nem mesmo na Olimpíada, no auge dos aportes na cidade, o projeto de reurbanização da Zona Portuária atingiu o sucesso esperado. O Porto Maravilha só saiu do papel com dinheiro público. Os Certificados do Potencial Adicional de Construção (CEPACs), títulos emitidos para financiar as obras, foram integralmente comprados pela Caixa Econômica, com recursos do FGTS. Será que o banco, eventualmente, estaria disposto a repetir a dose?
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