Governo
Será mesmo que o arroz importado vai chegar no prato do brasileiro em 60 dias?
Está para nascer uma operação com tantos equívocos e perturbações quanto a recente importação de arroz pelo governo. O problema da vez é a logística de distribuição do produto. Dentro do próprio Ministério da Agricultura, existem fortes dúvidas sobre a capacidade da Pasta de cumprir os prazos já anunciados publicamente pelo diretor presidente da Conab, Edegar Pretto, segundo o qual as 263 mil toneladas chegarão aos supermercados dentro de 45 a 60 dias. O que se diz no Ministério é que até o momento não foi iniciado o processo de contratação de transporte para o escoamento do cereal. É um gargalo crítico. Em geral, esses contatos são feitos com razoável antecedência. Normalmente, os caminhões estão em uso, cumprindo programações feitas anteriormente, e, há, portanto, um gap até que os veículos fiquem disponíveis para o serviço. Existe ainda outro complicador. A Agricultura decidiu espalhar os desembarques por 11 estados. Se, por um lado, a medida permitiu a desconcentração das entregas por um raio geográfico maior, por outro exigirá uma mobilização logística mais complexa, provavelmente com diversas contratações de empresas de carga em paralelo. Um contratempo a mais para uma operação cheia de polêmicas – da judicialização, que quase impediu à importação, às denúncias de que entre as empresas que participaram do leilão de compra do arroz constam uma fabricante de sorvetes, uma mercearia e uma locadora de veículos.
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