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Sabesp monta PPP para vedar seus vazamentos

  • 10/10/2016
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  A Sabesp vai recorrer a uma Parceria Público-Privada (PPP) para combater um de seus maiores problemas: o desperdício de água. A medida representará um razoável alívio sobre o caixa da estatal. A companhia dividirá com o novo sócio investimentos estimados em R$ 2,5 bilhões ao longo dos próximos cinco anos. Estes recursos serão aplicados na modernização da rede de distribuição e na troca de equipamentos obsoletos, responsáveis pelo “pinga-pinga” que custa à empresa mais de R$ 600 milhões por ano – algo equivalente a 5% do seu faturamento ou pouco menos da metade do lucro da companhia no primeiro semestre (R$ 1,4 bilhão). O futuro sócio privado e a própria Sabesp vão se remunerar com um percentual sobre a receita recuperada. Ou seja: quanto maior a eficiência na contenção de vazamentos maior a rentabilidade da PPP.  Por conta da má conservação da rede e da ineficácia dos programas implantados até hoje, a Sabesp perde cerca de 300 bilhões de litros de água por ano, o suficiente para abastecer quase 11 milhões de pessoas em igual período – ou seja, uma cidade de São Paulo inteira. Outro desafio da PPP será combater a gatunagem, um capítulo à parte. São mais de 120 mil ligações clandestinas no estado, que sorvem cerca de 2,5 bilhões de litros não contabilizados e faturados pela Sabesp.  O mais recente dos programas de combate ao desperdício adotados pela Sabesp previa a redução dos níveis de perda para 19% da água distribuída até 2019. No entanto, este índice só cresceu nos últimos três anos, aproximando-se dos 40%. A meta estabelecida para a futura PPP é mais realista: 25%, exatamente a média das maiores concessionárias de saneamento do país. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Sabesp.

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