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A direção da Volkswagen já teria na mão um plano de demissões na fábrica de São Bernardo do Campo. Seria uma reação ainda mais drástica à crise no setor. Na semana passada, a montadora anunciou a suspensão, por alguns dias, de toda a sua produção de automóveis no Brasil, com a paralisação das atividades não apenas no ABC, mas também nas unidades de fábricas de Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR). Procurada, a Volkswagen não se pronunciou.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, diz que essa decisão muda a iniciativa do governo de conceder subsídio para os carros populares, pelo menos no cronograma da operação. A impressão é de que o governo dá um torrão de açúcar à montadora com uma das mãos e a empresa dilacera a outra mão com a sua bocarra cheia de dentes, ávida por lucros. Gleisi fala, fala, mas ninguém vai ouvi-la. Um possível recuo no benefício criaria, entre outras fricções, uma divergência direta com Geraldo Alckmin. O vice-presidente e ministro da Indústria é o principal defensor do programa dos veículos populares e nem sequer cogita a reversão da medida.
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