“Risco Bolsonaro” ameaça sucessão no MP do Rio

  • 17/12/2020
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Segundo o RR apurou, o ex-chefe do Ministério Público do Rio Marfan Vieira articula junto ao Palácio Guanabara a nomeação de Luciano Matos como novo procurador geral de Justiça do Estado – a palavra final cabe ao governador Claudio Castro. Matos foi o mais
votado na eleição do MP-RJ, na semana passada. Em outro front, o atual procurador-geral, Eduardo Gussem, trabalha a favor da indicação do procurador Virgilio Stavidis.

Embora tenha ficado em terceiro lugar na votação, Stavidis tem maior apoio político entre seus pares do que a segunda colocada, Leila Costa. Ainda que com candidatos próprios, as diferentes alas do MP-RJ têm um objetivo em comum: blindar a instituição e evitar o risco de take over pela família Bolsonaro. O clã manobra para interferir naescolha do novo  Procurador Geral de Justiça do Rio. No que depender do presidente e de seus filhos, Claudio Castro vai rasgar a lista tríplice do Ministério Público e escolher o procurador Marcelo Rocha Monteiro, que foi apenas o quarto colocado na eleição da semana passada.

Não custa lembrar que, em 2019, o próprio Bolsonaro criou “jurisprudência” ao ignorar os três nomes mais votados no MPF e empossar Augusto Aras na PGR. Marcelo Monteiro é tido dentro do MP-RJ como próximo à família, assim como o próprio governador Claudio Castro. No Ministério Público, o temor é que Castro não tenha – ou não queira ter – força política para resistir às pressões bolsonaristas. Ressalte-se que o MP-RJ é responsável pelas investigações contra Flavio Bolsonaro e do suposto esquema das “rachadinhas”.

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