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A visita do coronel televisivo Phelippe Daou Jr. ao ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, no início da tarde de ontem, não foi um encontro protocolar entre um concessionário televisivo e o observador-mor da programação nacional. Há mais de geopolítica no papo entre os dois do que suspeita a vã filosofia. Daou Jr., colocada as enormes ressalvas, repete em parte a trajetória de Roberto Marinho. Seria um “Dr. Roberto do Norte do país”.
Assim como o falecido patriarca das Organizações Globo, filho do proprietário do jornal O Globo, Euclides Marinho, Daou Jr. é sucessor de Phelippe Daou, de quem herdou a Rede Amazônica de Rádio e Televisão (RART). A RART, como não poderia deixar de ser, é afiliada da TV Globo. Daou pai é um capítulo na história da conglomeração local, regional e nacional da mídia radiofônica e televisiva no país. É imperador das comunicações na Amazônia, Pará, Rondônia, Amapá e Acre. Foi tríplice laureado pelos militares, ganhando as condecorações de Amigo da Marinha, Exército e da Base Aérea Nacional.
A RART conseguiu acesso ao sistema de satélite na gestão de Antônio Carlos Magalhaes no Ministério das Comunicações pagando “valor simbólico” à Embratel. A justificativa da benemerência era o lema de então das Forças Armadas: “Integrar para não entregar”. O empresário era um agente integrador. A conversa de Daou Jr. com o general Etchegoyen pode ter tido diversos outros motivos, mas será sempre uma operação de informação. Afinal, a consciência da população nortista tem um valor estratégico inestimável.
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