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O PT, notadamente Gleisi Hoffmann, trabalha para aparar arestas entre lideranças do movimento sindical. Um personagem central nesse enredo é o presidente da CUT, Sergio Nobre. Sua postura tem provocado rusgas no relacionamento com outros líderes sindicais, como o deputado Paulinho da Força, Miguel Torres, atual presidente da Força Sindical, e Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).
A interpretação é que Nobre tem feito movimentos com o objetivo de descolar a CUT das demais centrais e dar a ela protagonismo político na campanha. Consultadas, CUT, Força Sindical e CTB não se pronunciaram. A questão já rendeu puxões de orelha da presidente do PT. Em eventos de campanha, Gleisi se referiu mais de uma vez à necessidade de unificar as representações dos trabalhadores.
Os desentendimentos não vêm de hoje. Em abril, Nobre causou mal-estar junto a seus pares ao entregar a Lula propostas em prol da classe trabalhadora. Empacotou como uma iniciativa da CUT um documento elaborado em parceria com outras centrais. No mês passado, mais uma ação do “partido do eu sozinho”. Nobre reuniu-se com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas. Foi agradecer o envio de oxigênio para hospitais de Manaus. A doação foi resultado de uma articulação conjunta com outras entidades sindicais, que não teriam sido chamadas para o encontro.
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