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O “Chicago Old” mais celebrado pelo mercado, à exceção é claro do hors concours Paulo Guedes, é indiscutivelmente o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. O executivo acerta em todas as direções e está realizando a proeza de pouco a pouco debelar a resistência da corporação a uma gestão de corte liberal. Do período do seu ingresso na estatal aos dias de hoje, a antipatia do funcionalismo com Castello arrefeceu bastante. Soma para isso seu discurso de valorização da estatal.
Castello é um “mercadolatra”, mas joga para cima a imagem da Petrobras. Pois agora, conforme apurou o RR, o executivo está liderando o que se anuncia como o maior programa de corte custos da história recente da empresa. Já para este ano, está prevista uma redução de despesas gerais e administrativas da ordem de 20%, em termos absolutos algo superior a R$ 1 bilhão. Trata-se de uma economia bem superior à obtida pela gestão de Pedro Parente, mesmo com o apoio da consultoria Falconi e aplicando o incensado método do Orçamento Base Zero. Antes que alguém pense em uma carnificina de empregos – o mais tradicional e, na maioria dos casos, o mais preguiçoso instrumento de corte de gastos –, não haverá demissões em massa na estatal.
Uma parte significativa da economia virá, sim, de programas de desligamentos voluntários ainda vigentes e outros PDVs que estão por vir. Mas haverá, sobretudo, um ataque ao desperdício. A direção da Petrobras estipulou uma meta global de cortes e cada setor ficará responsável por identificar onde poderá reduzir mais suas despesas. As áreas de serviços deverão renegociar ou mesmo encerrar contratos com fornecedores, reduzir custos imobiliários, devolver prédios. A orientação, comum a todos os departamentos, é atacar também os gastos miúdos, tradicionais roedores de grandes somas no acumulado: despesas com viagens, transporte, serviços de telefonia, papel para impressão, material de escritório, assinaturas de jornais (nada a ver com a vendeta de Jair Bolsonaro contra a mídia) etc etc.
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