Quanto mais a Treecorp, acionista majoritária da SAF do Coritiba, nega a intenção de vender parte do capital, mais surgem informações cruzadas no mercado sobre conversas que estariam sendo mantidas com investidores, tanto no Brasil quanto no exterior. Há até quem cite o percentual que seria colocado sobre a mesa: 20% das ações da SAF – a Treecorp detém 90% do capital. No entanto, o que mais chama a atenção é um dos nomes especulados para entrar no negócio: Paulo Guedes. Por mais inusitado que possa soar, faz algum sentido. Já existe um meio de campo de ligação entre o ex-ministro e a SAF, que atende pelo nome de Roberto Justus. O publicitário é sócio minoritário e integrante do Conselho Consultivo da Treecorp. E é notório que Justus e Guedes têm discutido negócios em conjunto. Recentemente, o ex-ministro esteve perto de se associar à Legend Capital, que tem o ex-apresentador de “O Aprendiz” como um de seus acionistas.

Paulo Guedes receberia uma pequena parcela minoritária da SAF do Coritiba para emprestar seu prestígio e abrir portas. Ou seja: arriscaria umas embaixadinhas financeiras em um campo onde nunca jogou: o futebol. O pedacinho do capital cedido ao ex-ministro funcionaria também como um hedge caso o business não dê certo. Se der, além do retorno em si, o economista ainda ganharia como bônus uma redução da antipatia popular decorrente da sua participação no governo Bolsonaro. Pelo menos, entre os alviverdes de Curitiba.