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O ministro da Economia, Paulo Guedes, cogita a suspensão geral do pagamento dos gastos públicos se a tramitação da reforma da Previdência engasgar. Em outras palavras vai aplicar um shutdown, ou melhor dizendo, a suspensão das atividades do governo. Por essa ótica, o Plano B do ministro, de entregar a feitura do orçamento ao Congresso, fica sendo na verdade o Plano C. Pode ser até que não seja plano algum. Em outros idos, quando o senador Antônio Carlos Magalhães defendia com unhas e dentes o chamado orçamento autorizativo, Guedes não mostrava entusiasmo com a medida.
Isto porque o mesmo Congresso que tinha por obrigação zelar pelo equilíbrio das contas roía a estabilização aprovando caminhões de medidas provisórias. O assunto da suspensão dos gastos já foi tratado anteriormente com o presidente da República, Jair Bolsonaro. A palavra de ordem é negociar com o Congresso até a última gota de saliva. Mas o prazo é até junho. Se as conversações se estenderem, o governo corta os tubos das despesas. Não cabe tergiversação.
Guedes tem um compromisso junto com sua equipe de zerar o déficit primário neste ano. Não há a menor chance, sendo ele o ministro, de não vir sequer a cumprir a meta de R$ 139 bilhões do primário. Sem a Previdência, as contas públicas degringolam e o ajuste terá de ser maior no próximo ano. Um amargo tira-gosto já está sendo servido: o governo vai fazer um bloqueio preventivo de gastos até os números fiscais serem mais bem analisados. Até o fim de março libera 1/8 mensal do orçamento para cada ministério. Em tempo: o Brasil não tem a experiência de ter vivido um shutdown.
Curioso! Há uma estranha simbiose da nossa realidade com a da América de Donald Trump. Nesse momento, Trump negocia para evitar uma nova paralisia parcial dos gastos. O problema dele é uma prosaica obsessão com a entrada de mexicanos. Nossas questões fiscais, a começar, com a Previdência, são mais sérias. É melhor que parem por aí as semelhanças e que Trump não inspire Bolsonaro a aplicar um shutdown em função da migração venezuelana. De bizarrices já estamos cheios.
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