Outubro é candidato a “mês da virada” da intervenção militar no Rio de Janeiro

  • 13/06/2018
    • Share

O general Braga Netto está convicto de que antes de dezembro, prazo previsto para o término da intervenção militar no Rio de Janeiro, o estado será entregue com avanços expressivos na repressão ao crime e à violência. Os relatórios da evolução do cenário têm sido apresentados ao Alto Comando do Exército com forte acento de otimismo. A dinâmica das operações é perversa para os militares. No início da intervenção, ocorreu, inclusive, um aumento dos índices de violência.

Diga-se de passagem, as estatísticas permanecem altas. É a fase do teste, quando os criminosos desafiam a “avis rara” na floresta. O processo vai se desenrolando através das ações de apoio, vigilância, ocupação de pontos estratégicos e, especialmente, “Inteligência mais Inteligência mais Inteligência”. Braga Netto tem certeza de que esse momento está chegando, quando os meliantes serão mapeados de tal forma que o planejamento das operações se desenrolará com a apurada precisão dos focos de ataque. A segurança sobre os caminhos do crime e os becos e vielas onde se malocam os marginais e a definição rigorosa dos pontos focais terão no tempo um importante efeito de dissuasão. A violência cairia lentamente até esta redução se fazer claramente percebida.

Nessa área não cabem previsões. Mas o mês de outubro, o mesmo das eleições, seria uma boa aposta para a virada da percepção. A cúpula das Forças Armadas não planeja com outro cenário. Esse resultado, além da missão institucional cumprida, fortalece a imagem dos militares junto à opinião pública nacional. O comandante do Exército, general Villas Bôas, tem revelado que a credibilidade das Forças Armadas em relação aos demais estamentos se tornou uma variável importante. Ele vem repetindo essa preocupação nas entrelinhas das suas demonstrações de orgulho diante do elevado prestígio que os militares têm junto à opinião pública.

Hoje, o general Braga Netto vai à Associação Comercial do Rio falar para os empresários. Boa parte do que foi escrito aqui será dito lá. Estará frente a um público ansioso por bater palmas ou estampar sorrisos na face, pois o evento é capitaneado pelo ex-presidente da ACRJ, Paulo Protasio, que, na primeira hora da intervenção, articulou um grupo de apoio constituído das principais entidades empresariais. As vivandeiras da ação militar no Rio bem que tentaram, mas não obtiveram animação recíproca. Os militares estão mais cascudos em relação a afagos. E o general Braga Netto, neste momento crucial dos trabalhos, não está nem aí para aplausos.

#Exército #General Braga Netto #General Villas Bôas

Leia Também

Todos os direitos reservados 1966-2024.