RR Destaques

Orçamento de guerra

  • 6/05/2024
    • Share

O governo Lula segue o roteiro previsto pelo Destaques e, com uma forte operação de gestão e comunicação (embora, como em geral, muito falha nas redes sociais), busca mostrar mobilização crescente no que tange o Rio Grande do Sul.

Nesse sentido, enquanto lida de forma intensa com ações emergenciais, que ainda vão durar um bom tempo e nos quais todas as esferas de governo vêm sofrendo muitas críticas, já se posiciona para o “dia seguinte”.

Mas o que isso significa? A declaração do presidente Lula, propondo retirar o estado da meta fiscal, junto às projeções de gastos de R$ 1 bilhão em recuperação de infraestrutura, confirmam um “modelo pandemia”.

Ou seja, um plano essencialmente extra orçamentário, na linha de uma recuperação de guerra – corroborando a ideia posta na mesa pelo governador do Rio Grande do Sul. E cujos gastos tendem a se avolumar.

Difícil imaginar que haja maiores reações a essas e outras propostas, no Congresso e mesmo na oposição.

O outro polo desse processo será a entrada das mudanças climáticas no centro do debate público, puxado de forma dupla:

  • Pelo governo, como uma agenda positiva, mas que tem como objetivo abrir espaço – e gerar marca – para a sua política ambiental, cujos resultados parlamentares são fracos, até o momento;

 

  • Pela base do governo – e da esquerda -, de maneira muito mais agressiva, tentando fazer do desastre no Rio Grande do Sul um divisor de águas político e uma fonte de desgaste para o governador Eduardo Leite e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo.

Tebet “põe as mangas de fora”?

 

A ministra do Planejamento põe na mesa pela primeira vez, ainda que de forma incipiente, um plano de corte de gastos, cujo maior símbolo seria a desvinculação dos reajustes do salário mínimo no que se refere à previdência. Tudo indica que a medida é uma “dobradinha” com a fazenda e funcionará, nos próximos dias, como um “balão de ensaio” para avaliar as reações dentro do governo e no PT.

STF e pressão sobre o Rio

 

O STF, por meio do ministro Toffoli, embora suspenda a multa ao governo do Rio pelo descumprimento do regime fiscal,  manterá a força de negociação do governo federal, ao negar a suspensão dos pagamentos da dívida em si, como queria o governador Cláudio Castro.

#Lula #PT #Rio Grande do Sul

Leia Também

Todos os direitos reservados 1966-2024.