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A Oi está colocando à venda uma pilha de sucata. São centenas de centrais telefônicas e placas de telecomunicações, além de milhares de quilômetros de cabos de cobre etc. Um ferro velho de dar dó. Seria cômico se não fosse trágico. Durante anos, a empresa esteve impedida de vender esses equipamentos por se tratar de bens reversíveis – ou seja, voltariam às mãos da União no caso de fim da concessão. No último dia 14 de novembro, enfim a Anatel aprovou a migração da Oi do modelo de concessão para o de autorização, desobrigando-a a manter essa parafernália de estruturas anacrônicas. Agora, ao menos nesse caso específico, é tarde. Os equipamentos ficaram obsoletos, a maior deles inutilizável. Por essas e outras, a Oi move um processo de arbitragem contra a União reivindicando reparações de até R$ 50 bilhões pela “falta de sustentabilidade e de equilíbrio financeiro” nos contratos de telefonia fixa. Bem, talvez fosse o caso de acionar também os responsáveis por seguidas gestões desastrosas que levaram a companhia a duas recuperações judiciais.
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