Política externa

OEA vai impor sanções aos países devedores: o Brasil é um deles

  • 23/06/2023
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A participação do Brasil na 53a Assembleia-Geral da OEA, que se encerrará logo mais, às 22 horas de Brasília, foi cercada de uma certa dose de constrangimento. A delegação brasileira, chefiada pela secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura Rocha, foi porta-voz da promessa do governo brasileiro de que o país quitará integralmente sua dívida com a entidade até agosto. Ressalte-se que os valores estão longe de ser uma fortuna. Há cerca de duas semanas, segundo o RR apurou, o Brasil pagou cerca de US$ 20 milhões. Ainda deve, no entanto, algo em torno de US$ 13 milhões, cifra relativa à cota de 2023, que deveria ter sido quitada em 2 de janeiro. De acordo com fonte do Itamaraty, o assunto ganhou relevância nas discussões a porta fechadas por conta das dificuldades orçamentárias da OEA. Tanto que, ainda hoje, a entidade votará uma proposta com sanções mais rigorosas aos países devedores. A norma sugerida prevê que as nações em débito não poderão indicar candidato para integrar qualquer organismo da entidade; seus estudantes não terão direito a bolsa para custeio de ensino, não poderão sediar a assembleia-geral ou outras reuniões da organização e muito menos votar em qualquer debate, entre outros vetos. 

Do jeito que está, a conta não fecha. O atual passivo acumulado dos países membros soma US$ 73 milhões, mais de 65% do orçamento anual da entidade – US$ 110 milhões. A relação de devedores, curiosamente, é encabeçada pelos Estados Unidos e reúne, além do Brasil, Argentina, Barbados, Bolívia, Belize, Equador, Dominica, Granada, Guiana e Haiti. 

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