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Os tucanos vão dizer que é mais uma fantasia conspiratória, no entanto a teoria da dominância fiscal é em tudo parecida com as macarronadas acadêmicas grudentas que a Casa das Garças lança no ventilador. A grosso modo, a dominância fiscal se caracteriza por uma circunstância em que a fragilidade da política fiscal e o crescimento acentuado da dívida pública fazem os agentes econômicos preverem que o Banco Central chegou ao seu limite para promover uma política monetária ativa. Nesse momento, o mercado anteciparia a inflação a cada rodada de aumento de juros. Se o BC continuar o receituário clássico de subir os juros, teríamos a hiperinflação. Não há concordância em relação à tese de que o Brasil está dominado nem na PUC-RJ, bunker dos economistas emplumados.O Banco Central e a Fazenda, mesmo reconhecendo o astucioso pensamento dos defensores da dominância, discordam que a situação tenha chegado a esse ponto. Aliás, a sacada maior é ter feito desse espaguete teórico uma nova forma para excitar as expectativas do mercado. A técnica dos tucanos é jogar a pensata enlouquecidamente na mídia e, a partir daí, encurralar o governo, obrigando-o a responder overnight se estamos ou não em dominância fiscal. Diria o coro dos ingênuos: “Ó, descrente newsletter, não estariam os melhores entre os melhores da oposição querendo ajudar o ministro Joaquim Levy, descortinando a dramaticidade da situação e facilitando a aprovação das duras medidas do ajuste? Não estariam abrindo os olhos do presidente Alexandre Tombini sobre o limite do regime de metas e a urgência de bandas cambiais?” Se houvesse qualquer interesse cooperativo, ele se daria em outros foros, nos quais a oposição exerce seu papel de retaliar, dificultar e buscar o impedimento do governo. A maior disseminação da dominância provém da incansável economista Monica De Bolle, um híbrido de pavão com garça,cercada de nuvens de mídia por todos os lados. Monica tem o luxuoso auxílio intelectual de Gustavo Franco, o economista tucano mais bem aquinhoado encefalicamente. Até prova em contrário, não está nada dominado. Os economistas da oposição ignoram as reservas cambiais, acham um ajuste patrimonial desimportante e o superávit primário impossível ainda por um longo tempo. A dominância fiscal está mais para conversa fiada, com objetivo claro de desestabilizar a política econômica, fazendo terrorismo com a hiperinflação
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