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A transferência do controle da MMartan para o fundo Ordenes, leia-se a Farallon Capital, é apenas a ponta do novelo da reestruturação da Coteminas. A companhia de Josué Gomes da Silva deverá se desfazer da Ammo Varejo, onde estão penduradas as marcas Artex, Casa Moysés e Persono, além da própria MMartan. Trata-se de um negócio com cerca de 240 lojas e receita da ordem de R$ 400 milhões.
Sem o prometido apoio da Shein – candidatíssimo a “Fake deal” do ano -, a venda da subsidiária tornou-se um movimento praticamente inexorável para a Coteminas, em recuperação judicial, com uma dívida de R$ 2 bilhões. Procurada, a empresa não se manifestou.
O próprio acordo com a Farallon Capital foi uma peça fundamental em toda a engrenagem. A gestora exigia receber 100% das ações da Ammo, dadas como garantia a R$ 180 milhões em debêntures emitidas pela Coteminas, em 2022 – ver RR.
Ao ficar com o controle da MMartan, os norte-americanos desistiram da disputa. O fim do litígio abre caminho para a Coteminas vender a Ammo, sem qualquer contestação judicial. E com todos os ativos que estão debaixo do seu guarda-chuva. Pelo acordo firmado com a Farallon, mesmo com a transferência do controle da MMartan para os norte-americanos, a marca seguirá sob operação da Ammo. Ou seja: o eventual comprador do braço de varejo da Coteminas terá a gestão das mais de 150 lojas da rede de cama, mesa e banho.
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