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Educação
Informação que circula em um seletíssimo rol de investidores da área de educação: há conversas entre acionistas do Grupo Salta para uma nova rearrumação do quadro societário da empresa. O que se diz à boca miúda é que a Warburg Pincus, o maior acionista individual, já sinalizou o interesse em aumentar sua participação no negócio. O aceno tem endereço certo: a Gera Capital, de Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles.
Qualquer mudança significativa na estrutura acionária do Grupo Salta passa pela gestora. Em fevereiro, a Gera reduziu sua participação de 55% para 23%. No setor, a operação foi interpretada como o primeiro movimento de um processo gradual de saída. A própria forma como está montada a posição da Gera Capital no grupo de educação seria um facilitador para o desinvestimento em etapas.
Em fevereiro, a gestora de Lemann e Telles se desfez de um dos fundos com participação no Salta. Ainda restam dois, que poderiam ser negociados separadamente. Nesse jogo de avanços e recuos, o interesse da Warburg Pincus seria usar a companhia como um aríete para a consolidação de outros ativos no segmento de educação básica. O Salta já é um dos grandes conglomerados desse setor no Brasil, com faturamento de R$ 2,3 bilhões, quase 180 escolas e aproximadamente 130 mil alunos matriculados. Procurada, a Gera Capital não quis comentar o assunto. Também consultada, a Warburg Pincus não se pronunciou.
Em tempo: Jorge Paulo Lemann tem – ou tinha – uma influência direta sobre o Ministério da Educação. Em setembro de 2023, a ONG MegaEdu, financiada pelo empresário, firmou uma parceria com a Pasta para colaborar com decisões administrativas e financeiras na área de educação. De lá para cá, mais nada se viu, mais nada se ouviu sobre o assunto.
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