A Shein deixou uma bomba nas mãos da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), e de candidatos do partido a prefeituras no estado. O desafio dos petistas é mitigar o impacto eleitoral do acordo de “mentirinha” dos chineses com a Coteminas. O episódio já está sendo explorado pela base bolsonarista em cidades do interior e, sobretudo, nas redes. Mais do que isso: prefeitos petistas pressionam Fátima Bezerra a adotar um discurso mais duro contra a Shein. Em junho do ano passado, a plataforma de e-commerce firmou uma aliança com a Coteminas, que causou frisson na combalida indústria têxtil do país. A Shein comprometeu-se a apoiar confecções parceiras da companhia mineira, que passariam a produzir peças para os chineses comercializarem não apenas no Brasil, mas também no exterior. A iniciativa beneficiaria centenas de manufaturas de vestuário no Rio Grande do Norte. A ponto de o acordo ter sido anunciado no Palácio do Planalto, com as presenças de Lula e de Fátima Bezerra, além de Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas, e Marcelo Claure, principal executivo da Shein na América Latina. Mas o tempo mostrou que tudo não passava de um teatro dos chineses. Nada aconteceu. Agora, a governadora do Rio Grande do Norte e os candidatos petistas que se virem para explicar aos eleitores.