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O Itamaraty e o Ministério da Agricultura negociam com o governo Biden a liberação de mais duas cotas extras para as exportações de açúcar brasileiro aos Estados Unidos com tarifas reduzidas. A medida beneficiaria usinas das Regiões Norte e do Nordeste, que fariam dois novos embarques com imposto diferenciado até o fim de outubro. Seria um ponto a mais para o governo brasileiro. No atual ciclo 2021/22, os Estados Unidos já concederam duas cotas adicionais para o açúcar importado do Brasil, dentro do regime de baixa tarifa conhecido pela sigla TRQ.
Com o volume extra, as usinas do Norte e Nordeste fecharam, até o momento, embarques 36% acima da chamada cota preferencial, de 139,28 mil toneladas. Caso a ex- tensão do acordo seja confirmada, a estimativa é que o volume de açúcar exportado para os Estados Unidos em condições tributárias mais vantajosas supere em 50% a quantidade inicialmente prevista. Os Estados Unidos não figuram entre os dez maiores importadores do açúcar brasileiro – China, Argélia, Nigéria, Bangladesh e Malásia despontam nas cinco primeiras posições.
Os embarques para o mercado norte-americano representam algo em torno de 2% do total. Ainda assim, as tratativas do governo têm um significado especial diante das circunstâncias comerciais. Mesmo que um processo lento, o gradativo avanço do açúcar brasileiro no mercado norte-americano se dá no momento em que os Estados Unidos têm aumentado sucessivamente as importações do produto. O mais recente relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ampliou de três milhões para 3,5 milhões de toneladas a estimativa de compra do produto no mercado internacional ao longo do ciclo 2022/23.
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As doces notícias para o agronegócio não se restringem ao açúcar. A China não só liberou as importações de milho brasileiro como deve credenciar em breve uma nova leva de exportadores do cereal. Os primeiros embarques estão previstos para outubro. Trata-se de mais uma importante vitória do Ministério da Agricultura, a partir de intensas articulações iniciadas ainda na gestão de Tereza Cristina. A China é o maior importador global de milho, com mais de 30 milhões de toneladas por ano.
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