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A expectativa entre os procuradores da Operação Calicute é que a prisão de Henrique Alberto Ribeiro, ex-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio (DER-RJ), seja decisiva para desenterrar cobras, lagartos e outros répteis entocados na estatal. O alvo prioritário é o Arco Metropolitano do Rio, uma das maiores obras do DER-RJ no governo de Sérgio Cabral. Ribeiro era responsável pela negociação de contratos com as empreiteiras.
Segundo o RR apurou, há indícios de que recursos teriam sido desviados para financiar campanhas de aliados de Cabral. Procurado, o Ministério Público Federal não se pronunciou até o fechamento da edição. O projeto do Arco Metropolitano começou em R$ 1 bilhão. Ao ser inaugurado, em 2014, havia consumido mais de R$ 2 bilhões em meio a uma teia de aditivos contratuais.
Entre a construção do Arco e manutenção e reparos de rodovias vicinais, o empreendimento envolveu mais de três dezenas de empreiteiras, entre elas Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Delta e Carioca – todas devidamente devassadas pelas Lava Jato. Não custa lembrar que projeto também está na mira do Cade. Com base em acordo de leniência com a OAS, o Conselho investiga a formação de cartel nas obras de construção do Arco Metropolitano que envolveriam 23 empreiteiras.
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