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Natura corta operações da Avon International

  • 8/05/2023
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Após se desfazer da australiana Aesop, vendida para a L´Oréal, a Natura parte agora para a reestruturação da Avon International, braço que reúne os negócios da marca em 38 países na Europa, África e Ásia. O corte na carne vai ser profundo. Segundo o RR apurou, a Avon International vai ser retalhada, com o encerramento das atividades em diversos mercados deficitários, notadamente na África e no Leste Europeu. Rússia e Ucrânia vão puxar a fila. Na esteira da guerra, o faturamento da Avon nos dois países caiu mais de 30% no ano passado. As operações na Romênia, Bulgária e Moldávia também estão na linha de tiro. A tendência é que, ao fim da reorganização, a Avon International esteja reduzida a menos da metade dos países em que atua hoje. E, em alguns casos, sem operação própria, mas somente por meio de franquias. Consultada, a Natura não se manifestou. 

Ao contrário dos negócios da marca na América Latina, a Avon International tem sido sinônimo de perdas recorrentes. Em 2022, a receita combinada caiu 23% em relação ao ano anterior. O negócio tem queimado o caixa da Natura seguidamente. A divisão fechou o ano passado com Ebitda negativo de R$ 74 milhões. No entanto, quando se olha especificamente para o quarto trimestre, o estrago foi bem maior: um Ebitda de R$ 223 milhões negativos. Segundo o RR apurou, a direção da Natura, à frente o CEO, Fabio Barbosa, chegou a avaliar a venda integral da operação. A proposta, no entanto, teria sido engavetada em razão da resistência do Conselho de Administração, onde estão aninhados os três controladores da empresa – Pedro Passos, Guilherme Leal e Antonio Luiz Seabra.   

#Avon International #L´Oréal #Natura

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